CAPITULO 28

1296 Words
AURORA: Faço um gesto, para ele tirar o fone, ele tira sorrindo: - Não me viu ali? Você passou correndo, e me lavou de areia. - Na verdade, não! Mas já peço perdão, você de forma alguma é impercetível. Ele é inteligente, fala bonito e difícil, e é lindo, físico perfeito, alto, sorriso branco, bronzeado, olhos e cabelos castanhos, volumosos, sem tatuagem alguma, tem um ar refinado, educado, calmo. Relaxo e volto para minha manta, juntando tudo, para colocar na bolsa, e ir embora, estou colando, do sol com areia, ele vem atrás falando. - Deixa eu me desculpar direito, sou Tristan Cullen. Ele entra na minha frente e estica a mão, eu olho relutante, e estico a minha, apertando a mão dele. - Aurora. - Posso te dar uma carona, fazer algo? - Não precisa, já esta tudo bem. Neste instante um senhor com um carrinho de sorvetes, encosta ao nosso lado, para não me perder de vista ele já emenda: - Um sorvete, deixa eu te pagar um sorvete? A gente senta e conversa um pouco, cinco minutos. - Não precisa, tá tudo bem! - Por favor! - Ta bom! Um sorvete, cinco minutos, não posso demorar. Ele sorri, o seu sorriso faz qualquer uma, perder a linha, ele sai correndo para pegar os sorvetes, e volta, senta na areia mesmo, me ajeito, de novo na manta, e começamos a conversar. Conto como cheguei, o que estou fazendo por aqui, menos o porquê vim parar aqui, quando ele ia começar a falar sobre ele, o meu celular não para mais de tocar, Romeo, já esta doido, com minha demora, olho o relógio, dou um pulo, recolhendo as minhas coisas e indo para a bicicleta. - Meu deus! Perdi a noção da hora, preciso ir. - Porque tanta pressa, você ainda não me deu o seu telefone. Dou um sorriso, e antes de sair, literalmente correndo, eu digo: - Você já sabe bastante, onde estudo, e onde venho toda tarde, até mais Tristan. Ele acena, e fica, parado, com aquele sorriso perfeito, me olhando ir, foi muito agradável, a tarde, a conversa, a companhia, mas não posso me envolver com ninguém, não tenho dedo bom para homens. Em casa Romeo, me recebe, desesperado, eu não conto, exatamente o que houve, digo que distrai, mas…. Entendo Romeo, eu também, m*l durmo, com pesadelos, das coisas que passei no último mês. Antes de eu sumir, da vista dele, de novo, ele entra na minha frente, segura nos meus braços, levemente e fala: - Amanha tenho treino, antes de voltar as corridas, você vai comigo, sem desculpa, depois vamos ficar bastante tempo longe. - Tá bom Romeo! TONY: Perdi as contas das semanas, não saio do ‘flat’ da ‘boate’, embriagado, e escondido do Mateo, usei algumas coisas, a minha vida virou de cabeça para baixo, tinha tudo sob controle, em meses tudo desandou, tornei-me Don, perdi o meu pai, senti o amor, e perdi, Mateo esta mantendo tudo em ordem, na minha ausência, não consigo entrar na mansão que o meu pai morreu, nem na mansão que dormi com Aurora. Estou jogado no sofá, não sei quando foi a última vez que tomei um banho, Mateo chega, com alguns homens, já abrindo tudo, trouxe pessoas para a limpeza, me chuta, falando: - Bom dia chefe! Levanta, se lava, o barbeiro está aqui, para te arrumar….. Não deixo ele terminar, e respondo: - Sai Mateo, me deixa. Ele pega-me no colarinho e fala seriamente na minha cara. - Tony, você tem que voltar a organização, hoje! Se não, eles vão substituir o Sr., é o legado do seu pai, você não pode deixar isso acontecer, eu não aceito. Eu sento, e só balanço a cabeça que sim, então lavo-me, faço o cabelo e barba, rapidamente, deixam o ‘flat’ em ordem, respiro fundo e vou, no caminho falo a Mateo. - Preciso de outra mansão, até a minha cabeça se reorganizar, providencia isso para mim. - ok chefe! - E…… você sabe algo dela? Pergunto para Mateo, sem o olhar nos olhos, sobre Aurora: - Não chefe, não sabemos nada, mas se quiser….. - Não Mateo, melhor não. Chego na mansão da família, a minha ama recebe-me em lágrimas, passo o dia a inteirar-me das situações, e no final do dia, vou até o escritório do meu pai, preciso olhar documentos pessoais, o cofre, roupas, resolvo começar por aqui. Separo alguns documentos, para entregar ao advogado da família, ele conhece o meu pai desde a infância, ele saberá o que fazer, a noite se estende, estou um pouco exausto, fiquei, semanas embriagado, então preciso dormir sóbrio, já terminei boa parte, preparo-me para ir deitar, o cofre do meu pai é antigo cheio de segredos. Ele está aparentemente limpo, quando vou fechá-lo, vejo uma a******a na lateral, puxo, então ela cai, vejo uma pasta, com algumas cartas, documentos e fotos, fico intrigado, sento para entender tudo aquilo. Quando termino de ler, fico extasiado, uma emoção toma conta de mim, choro e sorrio ao mesmo tempo, pelo que entendi MATEO é meu IRMÃO! Irmão de sangue, ele é filho do meu pai. Tem uma carta da mãe de Mateo, com a sua certidão de nascimento, e mais algumas cartas do meu pai, ela foi embora, pois a minha mãe a expulsou, ela foi o amor do meu pai, ele teve que casar com a minha mãe, ela não suportou, de tanto ciúmes, e se foi, o meu pai, não renunciou a Mateo, Logo após ela ir, ele expulsou a minha mãe, entendo, o meu pai sempre dizer, sobre o amor ser uma fraqueza, com certeza ele escondeu a mãe de Mateo, como fiz com Aurora e a perdeu. Pelo que entendi aqui, só falta oficializar a paternidade, não sei o porquê, do meu pai não ter feito isso, esses anos todos, já está tudo em ordem, até o DNA está feito, Mateo é mais velho, temos alguns anos de diferença. Ele sempre cuidou de mim, e esta me ajudando, nessa fase terrível que enfrento, teria que estar amadurecendo e tornando-me um Don, mas tantas coisas me aconteceram, que se não fosse a lealdade dele, já teria perdido tudo. Tento acalmar-me, mas, IMPOSSÍVEL…..na primeira noite que teria, uma noite tranquila, não consigo pregar o olho, na minha vida, nada é tranquilo, nem amanhece, já mando buscar o advogado. O Advogado chega, Mateo, não entende, o porquê desta vez eu deixá-lo de fora, mas preciso confirmar a veracidade de tudo, e depois, contar-lhe, na verdade, eu estou ansioso, para dividir com ele, tudo que temos, nesses anos todos ele me ajudou, a manter, e ele confirma tudo. - Então é verdade? Somos irmãos? - Sim, Sr. Tony! O que quer fazer? - UAL! .... Como o meu pai escondeu isso? O porquê ele não me contou? Ou assumiu ele? - O Sr. Sabe perfeitamente como é a vida de um Don, por ele ser ilegítimo, se tornaria um alvo para os inimigos, o seu pai, queria que você se casasse, urgente, para reconhecê-lo, assim que você se tornasse o Don, então, ele poderia descansar e assumi-lo, procuramos a mãe de Mateo, mas, ela já faleceu, ha alguns anos, quando o seu pai recebeu a notícia, na noite anterior a sua morte, ele entristeceu-se, e na manha da sua morte, ele estava vindo pegar esses documentos, para me entregar. - E Mateo…. ja sabe? - Não sabe, Sr., o seu pai pretendia contar a vocês dois juntos, e ele não tomará o seu lugar, mesmo reconhecido, ele é um bastardo. - Ele é meu irmão, não usa mais essa palavra, já da entrada nos documentos, em segredo, vou contar, só no dia que você retornar com tudo certo, ok! - Ok Sr.
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