CAPITULO 51

1373 Words
AURORA: Falo sorrindo e ela fica inconformada, ela ama saber sobre romances, e encontros casuais, bem como uma amiga mesmo. - Poxa Aurora, Tá bom… não esquece, hoje tem casino, e teremos convidados de fora, uns amigos de Dante, ainda não sei quem são, só que vem da nossa terra… - Italianos, da máfia, to fora, mas profissionalmente, pode deixar. Arrumo-me impecável, como sempre, mas hoje coloquei um vestido preto, colado, cavado nas costas, até a parte de cima das minhas nádegas, e uma gargantilha, que desce um fio dourado, pelo decote das costas, estou ficando boa nisso, prendo os meus cabelos, para o decote ficar a mostra, quero que todos se impressionem comigo, e que chegue nos ouvidos de Tony. Quando apareço no casino, paro literalmente o lugar, até Dante fica sem palavra, os amigos de Dante, estão perto de chegar, confiro a cabine, desta vez não está com sobrenome, e sim “Luigi”, vejo que Dante, não está tão feliz, nem empolgado, com essas visitas, e sim nervoso, pergunto, ele desconversa. - Dante, tudo bem? Com essa visita? - Aurora, você esta fenomenal hoje, fiquei sem palavras, e sim, tudo bem, só faz, desta vez o que eu pedir, é importante, que eles sejam bem recebidos, e sem dor de cabeça, para logo eles irem, tá bom? - Tá bom Dante, pode deixar. Eles chegam, mafiosos, sabem se vestir, sempre em ternos muito elegantes, e joias discretas, mas com valores inestimáveis, o tal Luigi, é o mais bonito deles, alto, forte, cabelos bem preto, bem cortados e arrumados com gel, com tatuagens, sorriso branco, e bem cafajeste, o que me faz revirar os olhos, todas as mulheres o olham, na verdade, no fundo, todas têm uma queda pelos mafiosos legítimos italianos. Ele vem até mim, e me cumprimenta, me fuzilando com os olhos, não sei decifrar, admiração, sede ou raiva, mas esses são olhares de todos os mafiosos que já conheci, principalmente se são Don, fora Dante, que é sempre relaxado e cordial, por isso estranhei vê-lo tenso. Ele segura a minha mão, por um tempo, e me come com os olhos, morde os lábios, arruma o cabelo e o terno, totalmente sem ação na minha frente, gosto dessa sensação, de te-los nos meus pés, sorrio, e mantenho-me com a cabeça erguida, sem perder o ar de desinteresse, não falamos nenhuma palavra, só com os olhos, Dante e muralha, interrompem esse transe que ficamos, Dante fica incomodado com essa aproximação, e eu, nem imaginava o porquê: - Querida, busca bebidas, charutos, e, fichas para as mesas, como cortesia da casa, por favor. - Sim, Senhor, com licença senhores, fiquem a vontade. Viro-me, para sair, e ele vê as minhas costas, a minha pele branca em contraste com o preto aveludado do vestido aberto, o colar caído, na ponta tem um brilhante, que fica quase na curva das minhas nádegas, e agora, ele literalmente, abre a boca, e disfarça a sua ereção repentina, eu percebo, e sorrio de canto, o deixando desconfortável, que rapidamente senta, tentando disfarçar. Fico afastada, por ordem de Dante, durante a conversa particular deles, os vejo tensos, os dois, e em algumas vezes discutindo, mas Anne, tranquilizou-me, eles têm “negócios” diferentes de todos, quando Dante vem, ele pede-me, que toda a vez que tiver que ir até lá, que eu não vá sozinha, sempre com ele, ou muralha, e eu obedeço. TONY: Dias decorrem, e novamente adoeço, procuro um médico, que me pede o mesmo, tenho que parar de beber e fumar, e ter uma vida saudável, menos noturna, não falo nada, e nem paro de beber, quando resolver tudo, e Aurora for minha, eu paro e me cuido. Agora, desta vez, não consegui t*****r com absolutamente ninguém, até tentei, loiras, morenas, ruivas, estou no meu limite s****l, mas, nada me animou, ela aceitou se casar comigo, o meu corpo não reagiu, espero, que ela, desta vez, também não conheça e nem durma com ninguém, se não eu não aguentaria. Sonho com ela, constantemente, e estranhamente a febre tem-me feito sonhar com a minha mãe, que não vejo desde os meus 7 anos, nem me lembro direito da sua feição, somente poucos detalhes e um perfume, que ela sempre usou o mesmo, vejo, situações que acredito que vivi, e não me lembrava, vejo, eu Mateo e mais um menino, mais velho que nós, brincando nos jardins da mansão, ele protegia-me, e cuidava de mim. A minha mãe, não foi uma mãe amorosa, comigo, sempre rígida, e nos meus sonhos, demonstra mais amor por esse menino, estranho, tento não colocar isso na minha cabeça, preciso perguntar a Mateo, se ele se lembra de algo parecido. Luigi, esta estranhamente quieto, deve ter algo em mente ou já está tramando, quem também sumiu foi o pai de Laura, verificamos e ela continua isolada, porem sofreu um aborto e perdeu o filho que ela esperava de Luca, eu não consigo sentir pena dela, pior, ainda tenho desejo de matá-la, com as minhas mãos. Colocamos homens atrás do Sr. Castellani, Luigi, logo verei, Dante diz que esta tudo bem com Aurora, procuro ficar tranquilo, mas é temporário, entro no banho, e quando saio, meu celular cheio de fotos, o maldito, Luigi, esta no casino, em seguida, Dante envia mensagem, tentando-me tranquilizar. Sei que ele não faria nada, antes do julgamento, mas nada me acalma, troco-me, pensando, de carro em menos de quatro horas estou lá, já tenho tudo em mente, saio como um louco do quarto, dou de cara com Mateo, que me segura, tento sair, mas, ele consegue-me conter: - Calma aí irmão, Dante, me ligou, disse que esta tudo sobre controle, o casino está cheio de mafiosos, que matariam por Dante, e cercado de homens de confiança, você fica aqui… - Ele está me deixando louco, se ele tocar nela… - Não vai, ele está só querendo mexer com você, você sabe bem como são essas coisas Tony, ta com amnésia. Mateo fala irritado, entendo ele, estou agindo feito uma criança, recomponho-me, tenho que desacelerar. - Voce ta certo, ta certo Mateo... Descemos, e sentamos na nossa sala de estar, pego bebidas, e entro nos outros assuntos importantes: - Descobrimos algo do Castellani? - Nenhuma notícia ainda. - Mateo, você se lembra de quando éramos crianças? Das nossas brincadeiras, éramos sempre nos dois? - Lembro pouco, sempre fomos nos dois, mas geralmente tinham outras crianças, filhos e familiares dos membros das organizações, mas nada anormal, por quê? - Por nada, só andei sonhando, sonhos estranhos, mas acredito que seja só sonho mesmo. - Você precisa descansar Tony, desde que você conheceu Aurora, que você não relaxa. - Deve ser isso mesmo. Volto para o quarto, deito, no escuro, com a janela aberta, e resolvo fumar um charuto, fazia tempo que não fumava, olho as fotos que Luigi me mandou de Aurora, ela é magnifica, de tão linda, e me deixa louco de ciúmes, lembro dela nua, nos meus braços, toda minha, Aurora foi a maior perdição da minha vida. E felizmente adormeço, e tenho novamente o mesmo sonho, dessa vez, vejo a minha mãe, indo embora de casa, e levando esse garotinho, ela tira-o, do meu quarto, eu chamo-a, ela olha para trás, cai uma lágrima dos seus olhos, mas ela não volta e vai. Acordo muito ofegante, o sol ainda está nascendo, resolvo-me exercitar, o médico disse que me faria bem, depois vou me enfiar no trabalhar, e sigo isso, durante os dias que decorrem, e realmente, começo melhorar, já não tenho mais febre, e voltei a me alimentar bem, ganhei até mais massa muscular. Fiquei longe de mulheres, e da ‘boate’, Mateo, trabalhou bastante comigo, e também sumiu atrás de Stela, ele ainda não me contou, mas, algo de errado também se passa com ela e a relação deles, ele, é mais controlado, e serio, e mesmo assim anda sem paciência, tenho que admitir, que mudar a rotina, pela minha saúde fez bem, eu parando de beber e Aurora começando a beber, em algum das fotos que Luigi me enviou, a vi bebendo. Enfim, chega o dia da nossa reunião, sobre a morte do Don Rossi, logo, terei o controle da minha vida novamente.
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