CAPITULO 55

1382 Words
LUIGI Chego no hotel, perco totalmente a minha serenidade, e quebro o quarto como nunca havia feito, ligo para minha mãe, que me aconselha, novamente, como ela já havia feito antes, e diz para eu seguir o meu coração e sair de perto dos Castellani. Vou até eles, preciso descobrir, qual o próximo passo deles, para poder defendê-la e tentar contar todo o meu lado da história, chego onde Senhor Vicenzo tem morado, é um prédio, bem luxuoso, tem ‘boate’, jogos, explico que não consegui pegá-la, sem contar o nosso envolvimento amoroso, falo que Dante me bateu, ainda tenho os hematomas, então, sou apresentado a Axel. Vicenzo, serve-me uma bebida, senta, e enquanto fuma o seu charuto fala-me: - Luigi, vamos deixar que Axel a pegue para nos, melhor não nos envolvermos assim, pode complicar na organização, e você ainda esta limpo por la, eu já devo estar sendo procurado. - Certo, vou tentar me desculpar com Dante, mas qual será o próximo passo? Posso ajudar? - Pode deixar com Axel, ele sabe o que fazer, quando tiver ela, e resgatarmos Laura, você terá a sua vingança, como falei, preciso de você limpo. - Preciso inteirar-me dos negócios do meu pai, essa vingança, acabou ocupando os meus dias. - O seu pai, tinha muitos ramos, os dentro da organização, e os externos, os mais rentáveis, era por fora, a base de muita violência, se você, for igual a ele, Don Rossi, vai gostar Fico intrigado, referente aos negócios, e quando tomar as rédeas muita coisa que eu não concordo vai mudar. Eles não me contam, o plano, e fico mais nervoso, vou ter que segui-lo pessoalmente, não posso deixá-la nas mãos deles, poderia avisar Tony, mas não vou entregá-la de mão beijada a ele, após contar tudo a ela, se ela o quiser, então a deixarei ir, mas a princípio eu vou tentar tirá-la, do que mesmo a coloquei. E faço isso, vou até a porta da academia, e os vejo saindo juntos de moto e os sigo. AURORA Adormeço do jeito que me deitei, e acordo com Dante, me trazendo café na cama: - Bom Dia, aceita um café de desculpas? - Bom Dia, eu que devo pedir desculpas, tenho sido imprudente, e você está certo, não posso brincar com a máfia, não vou mais sair da linha. - Fico feliz que tenha entendido, tem situações dentro da organização que podem nos levar a morte. Não tem por que não desculpá-lo, Dante nunca perde a educação, entendo que se ele agiu assim, tem motivos, sentamos para comer juntos, e pergunto: - Mas, por que não gostam do Luigi? - Diferenças na organização, a família dele é uma das mais temidas, por serem extremamente implacáveis e violentos, não respeitam regras e ordens, Luigi, é um Don. - p***a! que m***a…. Como eu consigo fazer essas coisas. Me levanto, engasgando o café, totalmente incredúla da minha "sorte" no amor. - Ele não te contou? Não é culpa sua, só vamos nos manter seguros, e sem segredos, com muita precaução, os Ricci, são os mais poderosos aqui da Europa, Tony, sempre terá muitos inimigos, não podemos confiar em qualquer um. - Luigi tentou-me contar algo, mas fomos interrompidos, e a essa hora Dante, Tony, já deve estar casado com outra megera louca, porque eu seria um alvo. - Mesmo assim, você tornou-se um alvo, não será esquecida fácil. - Qual o nome da família de Luigi? - Outra hora, te conto tudo, quando eu puder, agora, melhor não, por segurança. Ele despede-se, e sai, e deixa-me muito intrigada, o dia decorre, e não deixo isso atrapalhar-me, arrumo-me para academia, hora de encontrar, Axel, ainda bem, que ele, não demonstrou nada, além de uma amizade, e gostei muito dele, da forma com que ele leva as coisas. Chego na academia, pronta para treinar, Axel, esta na frente, na sua moto, me esperando. - Oi, Axel? Não vamos para nosso treino? - Hoje, vou-te mostrar, outra coisa, sobe aqui. - Não posso, estou sendo um pouco imprudente, causando problemas aos meus amigos… Nem termino a frase, ele me corta: - Não vamos causar problemas, antes do horário, você estará em casa, vem. Penso rapidamente, e resolvo ir, andamos um tempinho, chegamos num lugar, parece uma ‘boate’, mas entrando, é totalmente ao contrário, vejo pessoas apostando, tem um ringue de luta no meio, o clima é bem tenso, Axel, é bem conhecido por aqui, e como no casino, muitos mafiosos, e poderosos, em lugares vips, e os simples apostadores, ficam nas grades, quase tocando nos lutadores. Totalmente clandestino, a proncipio me assuto, depois fico curiosa, puxo Axel e falo: - O que é esse lugar? vamos embora… - Fica tranquila, você esta segura comigo, vou-te levar até o meu canto, e hoje, você, vai assistir-me lutar. - Você é doido? Isso não tem segurança, nem regras, olha o tamanho desses caras, você pode morrer. Vejo um lutador passar desacordado, ele ri alto, puxa-me com ele, falando: - O seu professor aqui, é o melhor desse lugar, você vai ver, e assim vai aprender mais algumas coisas olhando, você fica aqui. Ele coloca-me numa cadeira, fora do ringue, com alguns amigos dele, que são bem simpáticos, me dá a sua garrafa de bebida, após virar um gole, e eu aproveito e bebo também, ele bate em um, em outro, e segue invicto, nem é tão demorado, ele machuca-se pouco, mas nada, como ele deixa os oponentes, todos desacordados e bem machucados, ele gosta do que faz, e parece outra pessoa no ringue. Quando o conheci, reparei que tinha alguns hematomas, mas liguei eles, a sua profissão na academia, fiquei um pouco eufórica, confesso, levantei-me, e torci por ele, ele para um pouco, senta comigo, e bebe mais, um rapaz se aproxima de nos e diz: - Axel, os chefes la em cima, querem conhecer a sua amiga, ela tem preço? - Não tem não, mas se algum deles quiser apanhar, só me desafiar. Ele pega o menino pela gola da camisa e o espanta, vendo que fiquei com medo, e logo-me fala: - Mônaco, é lotado de mafiosos, que acham que podem comprar tudo, mas fica tranquila, você ta segura comigo. Sorrio com receio, parece que acabaram as lutas, e Axel, vai ganhar todo o dinheiro, mas um rapaz, entra no ringue, estranho, todo coberto, com roupas pretas, capuz, e mascara, impossível reconhecer, o locutor anuncia que ele esta desafiando Axel. Axel estranha, a princípio, já ensaiávamos para ir embora, mas, sorri, e pula animadamente, se reaquecendo, da mais um gole na sua bebida, pisca um dos seus olhos para mim, tento segurá-lo e argumentar para irmos, mas ele sussurra “moleza” e entra de volta no ringue, não sei explicar, fiquei tensa, de estar sozinha, e dessa nova luta. E como senti, foi mais difícil, ambos são muito fortes, e ficaram alguns longos minutos se agredindo, deixando a plateia eufórica, que fizeram um escândalo maior, quase impossível se comunicar ali dentro nesse momento, e Axel perde, fica caído, um pouco zonzo, rapidamente senta, mas, não levanta, vejo que ele não esperava por isso, tento ir até la, tudo vira um caos, algumas pessoas invadem o ringue e levantam o mascarado, me deixando curiosa, totalmente distraída, sinto uma arma discretamente nas minhas costas, vejo um rapaz bem-vestido, ele segura na minha cintura e fala: - Sem gracinhas, e movimentos bruscos, você vem comigo. Eu tento ficar calma, e aceno que sim, o lutador misterioso, tira o capuz, ele é Luigi, e procura-me na multidão, quando os nossos olhos se encontram, estou sendo puxada pelo estranho, mais uma vez, sendo puxada para o círculo dos mafiosos, saio, nos fundos, ele entende o meu olhar, e sai correndo do ringue, deixando prémio, e tudo para trás, tenta passar pelas milhões de pessoas que estão na multidão, todas comemorando, e o segurando, o perco de vista quando passo pela porta, entramos num estacionamento. Agora, o rapaz me puxa fortemente, em direção a um carro grande e luxuoso, vejo um senhor dentro, me aguardando, antes de chegarmos próximo ao carro, consigo jogar a arma dele para longe, e dar uma cotovelada, como Axel me ensinou, alguns homens do carro, saem para ajudá-lo, a pegar-me, corro em direção de volta.
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