CAPITULO 34

1352 Words
AURORA: Olho para mim, e vejo como estou vestida e falo: - Vestida assim? - Aurora, você é linda de qualquer forma, e se acostuma, você não vai se ver livre de mim tão fácil. Estou com os cabelos desgrenhados presos num coque, e com uma roupa simples, ele também, mas tudo nele fica incrivelmente chique, e perfeito, ele tem um ar nobre, tênis e um conjunto de calça de moletom e camiseta, acho que o relógio que ele esta usando da para comprar um carro. Chegamos num restaurante, até que moderado, tem música, pessoas falando animadamente, fico mais calma, e vontade, ele pede uma mesa, entramos ele segura a minha mão, e todos nos olham, e eu corro para o banheiro, para tentar-me arrumar. Solto o meu cabelo, que chega no meio das costas, e chama muito atenção pela cor, sou loira, natural, o arrumo com as mãos, passo um gloss, fico apresentável, viro-me para sair, alguém entra e fecha a porta. Com o tanto de atentado que passei, assusto-me fácil, o meu coração automaticamente acelera, é Beatrice, ela parece uma pintura, de tão linda, com os seus cabelos castanhos, muito bem arrumados, ela é magra, está num vestido lindo, combinando com as suas joias e salto alto, tudo muito elegante. Ela olha-me de cima a abaixo, com desprezo, tanto que ma faz sentir vergonha, estou com uma blusa azul marinho, mostrando só uma minúscula parte da minha barriga, uma calca jeans, cintura baixa, coma barra mais larguinha, e tênis, totalmente informal. Coloco as mãos no peito, respirando de alívio, dou um leve sorriso e falo: - Meu Deus! Que susto, você é amiga do Tristan, muito prazer sou Aurora, ….. Estico a mão, e ela não me cumprimenta, cruza os braços, apoiando o queixo em uma das mãos delicadamente e sorri de canto, ameaço passar por ela para sair, ela dá um passo ao lado bloqueando a passagem e fala: - Sou mais que amiga dele, fiquei sabendo, que hoje vocês passaram o dia juntos, se divertiram? Sinto a ironia, querendo-me tratar como uma oportunista, com quem ele se “divertiu” então lembro dele pedindo para eu confiar nele, e dele entrando comigo de mãos dadas, levanto a cabeça e falo: - Muito, ele é maravilhoso, e tentou-me agradar o dia inteiro, até um piquenique, ele fez para nos. Ela prende o maxilar, pega no meu cabelo com cara de nojo e me fala com raiva: - É temporário, logo ele cansa de você, isso acontece com todas as vagabundas, ele pega, joga fora e volta para minha cama rapidinho. Eu tiro a mão dela dos meus cabelos, e respondo: - Serio? Por que então, até hoje não é você que esta na cama dele? Sinal que a v*******a aqui, é outra pessoa não acha? Ela acerta-me, um t**a na minha cara, que sangra o canto da minha boca, e deixa o meu rosto dormente, pega pelo meu pescoço, na parte de trás, empurra-me no espelho do banheiro e fala: - Você não vai ficar com ele, se não sair da vida dele, vou fazer da sua vida um inferno, sua v********a. Fico sem ação, com as mãos na pia e olhando para baixo, sem saber o que fazer e falar, ela solta-me, lava as mãos, mostrando ter nojo de ter-me tocado, as seca e sai tranquilamente. TONY: Mateo insiste tanto em ir a Monaco, que não argumento mais, e decido ir, ele já está bem adaptado a nossa nova vida de patrão, parece mais feliz e está muito animado, para a primeira viagem como chefe, sempre viajamos juntos, para outros países, quando ele era meu homem, ele não saia, não curtia, não comprava nada, só cuidava da segurança e dos negócios. Agora é diferente, vai como herdeiro, e tem os seus próprios homens, carro, dinheiro e poder, antes mesmo de ser reconhecido como o meu irmão, Mateo já havia formado a sua fama de, temido, implacável, e sem piedade, sempre fazia e faz o necessário pela organização. Nunca nenhuma mulher penetrou a armadura dele, que sempre se negou a gostar de alguém, por fazer parte da máfia, São sempre elas que nos procuram, quando conheci Aurora, o que me chamou a atenção, a princípio foi a rejeição, depois foi o fato de não ter sido tocada por ninguém, o desejo de um homem do nosso meio, são as intocadas, mesmo que depois não fiquemos com elas, mas a rejeição, pesa diferente, o ego de um mafioso e dos seus homens, é grande. Pela primeira vez, vi Mateo mudar, o seu olhar estava diferente, Stela, chamou atenção do todo-poderoso Mateo, ele procurava-a com os olhos, e ela desviava, ele estava impaciente, e pela primeira vez o vi ter uma atitude de chefe superior, dispensou todos os homens, da mesa de café, rigorosamente, era notável que se algum deles, a tocasse, ele perderia a elegância, estava com a arma solta em cima do seu joelho. Eu gostei de ver, só observei e claro não perdi a oportunidade de brincar com a situação. No carro, ele dirige impaciente, não perdeu o costume de dirigir para nos, diz ele que gosta, hoje não saiu do celular, vejo ele falando com o advogado, pergunto, ele diz não ser nada, confio nele, então fico tranquilo. Deixamos tudo ok, na empresa, e na organização, que cuida da parte obscura da nossa vida, reservamos um andar de Suítes, num hotel cinco estrelas, e o jato nos espera mais tarde, vamos em casa, pegamos as coisas e no caminho para o aeroporto, novamente ele passa na mansão. Ele fica desconfortável, quando eu dou risada dele, e falo: - Por que passar aqui? Já pegamos tudo que precisávamos. - Preciso arrumar uma ponta solta aqui, já vamos, me espera aqui ou la dentro, já volto. Entramos, vou tomar uma dose, vejo ele ir até os homens do covil, e falar energicamente com eles, dando ordens, vejo ele separar um deles, o qual ele confia mais e escuto quando ele pede; “ Me avisa sobre tudo, ninguém entra aqui, ou sai, sem autorização, entendeu” Vejo Stela chegar, vestido e bolsa, ela estuda, na mesma faculdade de Aurora, vai e volta a pé, nos cumprimenta timidamente e entra para os fundos, onde fica a casa que ela mora, minha ama, fica na casa principal, e algumas vezes aqui, então entendo o cuidado de Mateo, ela tem ficado sozinha. Ele espera ela entrar, e a segue, demora um pouco ele sai, segurando o terno, magas desabotoadas e dobradas, mas, nada satisfeito, isso tá-me divertindo, até ontem, ele estava quase me internando, por sofrer por Aurora, num piscar de olhos, o vejo na mesma situação. Mal entramos no carro, já falo: - Agora entendi tudo, a caipirinha, te laçou, já era Mateo. - Não tem nada a ver, só estava cuidando da segurança dela, ela está sozinha em alguns dias, e os nossos homens também, pedi que a respeitassem. - Tá certo Mateo, mas… você não me convenceu. Continuo a rir, ele fala sem paciência, não quer perder a pose: - Com mulheres, eu só me divirto Tony, é só diversão, não passa disso. - É, sim, irmão. Quero ajudá-lo, não quero que ele cometa os mesmos erros que eu, casa logo, antes que ela vire um alvo, agora ele é um Ricci. Decolamos, é um voo rápido, bem rápido, estamos levando a nossa segurança pessoal, pedimos bebidas, e chegam as comissárias de bordo. Eu, nesses últimos meses, vivo embriagado, e transo, sem vontade alguma, transo, porque Aurora dói em mim, e queria tirá-la, agora, desisti, ela nunca vai sair de mim, ela é meu primeiro amor, então só me alivio, uma delas nao para de olhar Mateo, faco um gesto mostrando-lhe, que ignora, se estica e chochila, prefiro não insistir, e o acompanho no sono. Chegamos, sinto-me muito bem, havia-me esquecido, de como Mônaco é maravilhosa, em todos os sentidos, clima, pessoas, lugares, chegamos no Hotel, Dante vem nos recepcionar pessoalmente, serão tantos convidados neste final de semana, que acho muito interessante da parte dele, se preocupar em nos receber.
Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD