Paixão Avassaladora

CAPITULO 57

TONY:

Chega o dia da reunião, que acontece um umas das minhas mansões, todos os membros da organização estão presentes, menos Luigi, o que me intriga, me deixando um pouco inquieto, ele estava em mônaco, rodeando Aurora, nunca fico desconfiado de algo sem motivos.

Ele chega, estourando o relógio, com alguns machucados, e um pouco acelerado, olha-me com muita raiva, e a minha vontade é estourar a cara ele, por ele ter se aproximado de Aurora.

Começamos a reunião, e por incrível que pareça, Luigi não se defende, e concorda, que, o que pai dele fez, foi errado, e fora das leis da organização, sabia, tem algo aí, meus sentidos aguçados, deixam-me louco de raiva, ele me fez a abandonar, pois queria que assumi-se o erro do pai dele, agora ele aceita as acusações, algo fora do normal aconteceu, e descubro mais rápido do que pensava.

Os nossos advogados, deixam tudo resolvido, e sem punições alguma, então pergunto:

- Não devo mais nada? Nenhuma explicação?

O meu Advogado, responde:

- Não senhor Ricci, ouvimos todas as partes e de comum acordo, entendemos, que Laura agiu sem a sua autorização, e erroneamente, ela já cumpre a sua punição, o casamento dos senhores já está anulado, e a família Castellani, não faz mais parte de nenhuma organização….

Estou impaciente, para avisar que farei de Aurora minha esposa, Luigi sente isso, com o copo de bebida na mão, vejo os seus dedos feridos, também estou bebendo, a contra gosto de Mateo, que se matem no nosso meio, esperando alguma atitude precipitada da minha parte, Luigi, não deixa o advogado termina de falar, se aproxima falando:

- Senhor, eu conheci Aurora pessoalmente, para averiguar toda a situação, e, nos envolvemos, quero deixar aqui notificado, que vou pedir Aurora Belmonte em casamento.

Quando ele fala essas palavras, eu jogo o copo no chão, voando cacos para todos os lados, saco a minha arma, e coloco na testa dele, ele também faz isso imediatamente, e instauramos um caos, no final da reunião, meus homens e os dele, sacam as armas, e os advogados e Mateo, são os únicos que ficam no meio, sem armas na mão.

É quase impossível, me segurar, eu falo:

- Você só pode estar louco, Aurora é minha, MINHA, se você…

- Se eu o que, eu tive ela, nos meus braços, hoje ainda, eu quero ela para mim.

- Você o quê? Impossível, ela com você... Você a estuprou?

Nessa hora, eu pulo por cima de Mateo, e o pego pelo pescoço, o desgraçado sabe lutar, então começamos uma agressão sem fim, todos se afastam, ficamos muito machucados, e bem cansados, caídos no chão, todos nos olham, Mateo, senta bebendo e nos olhando, e em fim ficamos sozinhos, exaustos, Mateo fala:

- Acabaram? Podemos conversar como seres humanos?

Nem respondo Mateo, falo para Luigi:

- Me fala agora… o que você fez a ela?

- Não fiz nada, sem a permissão dela, aproximei-me, por vingança, a beijei, e em um dia, já estava apaixonado…

- E ela… ela… também…

- Não Tony, ela ama você, só me retribuiu, porque está magoada, ela não sabia quem eu era quando me beijou, e isso, me faz querê-la, vou lutar, para te-la como esposa,

- Só por cima do meu cadáver, nunca a deixaria…

- Você já a deixou.

- Por sua culpa, e com medo de vocês matá-la.

- E agora Tony Ricci, amamos a mesma mulher.

Vejo que ele esta sendo sincero, e eu fico com muito ódio, ameaço ir para cima dele novamente, Mateo me segura, ele continua:

- Você, precisa me ouvir, tenho algo serio para contar, que envolve a segurança dela.

- O que houve? Ela está bem?

- Só deixa eu falar, escuta civilizadamente.

- vou tentar.

Falo, me sentando, limpando os meus ferimentos, ele também, chamamos os de confiança, e Luigi conta tudo, sobre Vicenzo, Laura, e agora Axel, fico louco, em pouco tempo, Vicenzo conseguiu sumir, e reunir os meus inimigos, e trazer novas pessoas, para a sua “organização”, roubou fornecedores, e juntou homens, tudo pelas nossas costas, odeio ter que pensar isso, mas, Luigi ter conhecido Aurora, me ajudou a descobrir tudo isso.

Quero correr para fazer algo, pego o celular, e ligo para Dante, pergunto se ela esta segura, que me confirma, que ela esta em casa, conto tudo a ele, e continuo a pedir, que ele não conte nada a ela, e que a mantenha longe desse Axel, quanto menos ela souber, melhor, Luigi fala:

- Precisamos de cautela, Vicenzo, hoje se tornou o nosso maior inimigo, e está bem poderoso, as organizações que o apoiam, são as piores, sem escrúpulos, e estão a um passo dela, se aparecermos juntos, agora, ela morre, e ele não vai hesitar.

- p***a Luigi! Isso é culpa sua…

Levanto-me, e bato na mesa, imagino o tempo inteiro, eles se beijando, quero matá-lo, quero arrancar, cada dedo da mão dele, ele não abaixa a cabeça e também se levanta falando:

- É culpa sua, ter se casado com aquela louca, por mim, hoje eu teria pego Aurora, e fugido, só não fiz, porque ela não quis.

- Eu ia atrás de você, e te mataria, seu...

Mateo, tentam nos conter novamente, e o advogado, diz gritando, e batendo na mesa, no nosso meio:

- Vocês estão livres de qualquer acusações, mas ela, se casa com quem ela quiser, então, vamos parar com isso por aqui, pobre dessa garota.

Luigi, é mais velho que eu, e ficou por muito tempo afastado da máfia, morou na Inglaterra, desde pequeno, estudou, e tem muita educação, eu também estudei, e fui bem-criado, mas por viver no meio da organização, sou mais rústico, e não tenho medo de colocar a mão no trabalho, por sempre estar perto do meu pai, e da organização, aprendi muito sobre lealdade, e dar total valor ao meu cargo, de chefe da p***a toda.

Construí a minha fama, e mesmo sendo novo, sou temido, Luigi por sua vez, como mesmo disse, teria fugido, e largado tudo o que o seu pai construiu, com sangue, para qualquer um, somos diferentes, nessa fuga, ele poderia morrer, e Aurora também, eu morreria por ela, mas não a deixaria morrer, ou colocaria um alvo na testa dela, temos formas diferentes de ver a nossa vida.

Don Rossi, e meu pai, Don Ricci, por um tempo foram cordiais, e depois de alguns acontecimentos, nem isso mais tinham, os Rossi, mantém casas de prostituição forçadas, com garotas raptadas de todos os lugares do mundo, as drogam, usam e descartam, viciam os clientes, fazem dividas e extorquem, ou matam, fazem serviços com assassinos de aluguéis, sem ao menos estudar o trabalho, e muitas vezes, os mortos, são inocentes.

O meu pai era o inverso, as nossas ‘boates’, são frequentadas por todas as classes sociais, as garotas trabalham por pela vontade própria, claro com regras e sigilo, e as drogas, também, livre arbitro, de quem compra e consome, e sempre a vista, nada de dívida, e morte, só em último termo.

Assim o meu pai era bem recebido, e respeitado, por onde ia, ao contrário de Rossi, que teve, que manter a família escondida, Luigi, voltou inesperadamente, porque eu matei o seu pai, e agora ele quer o que é meu.

Levanto-me, busco bebida, cigarro e um analgésico, a minha febre está-me matando, mas agora, minha raiva, e o ciúme, que é maior que qualquer doença, prometi a ela, que ninguém nunca mais a tocaria, a deixei esperando para proteje-la, e preciso cumprir essa promessa, mesmo que eu morra.

Acendo o meu cigarro, Mateo tenta pegar, eu olho-o com ira, que se afasta, solto a fumaça e falo:

- Então Luigi, Aurora, sabe como funciona a sua organização? Se você conheceu Aurora, sabe o quanto ela odeia a máfia, e odeia coisa errada.

- Ainda não parei para olhar os negócios da família, m*l assumi, e me dediquei a vingar a morte do meu pai, que veio através das suas mãos.

- Se você visse como eu a resgatei das mãos do seu pai, se você está apaixonado por ela, o teria matado também.

Novamente, estamos alterando as nossas vozes.