CAPITULO 30

1279 Words
AURORA: Ele não retribui, o beijo, a empurra e me olha, ela vira-se, me olha, de cima a abaixo, com desprezo, e fala: - Porque está parada aí, vai, volta ao trabalho, aproveita, e traz um café para mim. Fico sem reação, ela grita: - Xô, vai….. Ele tanta sair dela, que não o solta, tenta falar, mas eu não deixo, faço um gesto, para ele parar, levanto a minha cabeça, endureço a minha face, e saio rapidamente, ele tenta vir, ela segura-o, quando viro na saída do box, trombo com Romeo, com os meus olhos marejados, ele mostra, para onde devo continuar a ir, e fica la, parado esperando Tristan vir, e ele vem, Romeo o segura e fala. - Cara, eu gosto de você, mas ela... eu amo, e ela sofreu muita coisa esse ano, melhor as coisas continuarem assim, ela la e você aqui, e nem tô pedindo. - Romeo, eu só queria explicar, que eu e a Beatrice, não temos... - Por mim, ela vai pensar que tem, fica longe dela. Romeo, vem até mim, e Tristan fica olhando, seu sorriso, agora é um olhar triste, e o meu também, como sou b***a, todos me humilham, e pisam, não aguento mais esse sentimento, Romeo tenta falar, mas, falo que não, ele respeita, pelo menos no caminho, em casa ele fala: - Aurora, você não me contou da praia, e dele, eu preciso saber de tudo, e se ele fosse alguém das organizações, inimigas de Tony? - Romeo, você tem até a minha alma rastreada, eu obedeço em tudo, mas, preciso refazer a minha vida. - Tony quase morreu, para te salvar, como pode pensar em outro. Eu começo chorar e falar gritando: - Eu não penso em outro, não tem como alguém ocupar o lugar de Tony, todos os dias sonho com Tony, ou com os meus atentados, eu procuro-o em todos os lugares, eu preciso esquecê-lo, se não eu vou enlouquecer. Romeo me abraça e eu me acalmo. - Você tem que me falar tudo Aurora, ouviu? E o Tristan, é um bom menino, de verdade, mas é rico a gerações, mundos diferentes, seria outro problema. - Entendi, Romeo, falar tudo, e ficar longe de Tristan. Saio, tomo um banho e tento descansar um pouco. TONY Mateo e eu jantamos, foi ótimo, conversamos e rimos, essa notícia, sobre Mateo, me ajudou, a amenizar o que estava sentindo por perder Aurora, ele não entendeu nada, como o estou tratando, mas era percetível, que ele, estava a vontade, então, esticamos para a nossa ‘boate’. - Tony, só não vamos exagerar, amanha temos trabalho…. Eu interrompo-o, falando: - Eu sei, todo o seu discurso, já conheço! Não se preocupa, vamos só beber, e fumar um charuto. O meu medo, não é ficar embriagado, o problema é dormir sóbrio, e ver Aurora entrando no meu quarto, nua, com os seus cabelos loiros soltos, como vejo ha semanas, quando, não sonho com ela sendo atacada, como quando a resgatei. No outro dia, o advogado-me liga, no final do dia, que está a caminho com os papéis, para Mateo assinar, fico um pouco ansioso, chegou a hora de contar-lhe tudo, mando chamá-lo - Me chamou chefe? - Já falei Mateo, para de me chamar de chefe, precisamos ter uma conversa seria, senta. Ele senta-se, com receio, e então mostro tudo a ele, cada carta, cada foto, ele lê, sem falar uma palavra, sem levantar a cabeça, vejo uma lágrima cair, quando olha uma foto dele e a sua mãe, deixo ele por minutos naquele momento, então ele pergunta. - E a minha mãe, sabe algo dela? - Sim, e eu sinto muito, mas ela faleceu, o meu…. Nosso pai, descobriu no dia anterior da sua morte, por isso a tristeza dele. O advogado chega, estamos no meio da conversa, já estou de pé ao lado de Mateo, que segue imóvel, e com olhar triste, fiquei tão feliz por descobrir que somos irmãos, que esqueci, que ele teria as suas tristezas, não deve ter sido fácil, todos esses anos, sem saber nada sobre de onde veio, ou onde estava a sua família. Ele se espanta, com os papéis, e a rapidez que fiz tudo e questiona-me: - Assinar? Você esta me dando o seu nome, vou ser um Ricci? Ele levanta-se, bruscamente, eu vou de frente a ele, coloco as mãos no ombro dele e o respondo: - Claro Mateo! É meu irmão, vou dividir tudo com você, você é a pessoa que mais confio na minha vida. Ele abraça-me, tão repentinamente, que não tenho reação, ele solta-me, e fala: - Eu vou ter uma Família!? Respondo, com ironia, acho que pela primeira vez: - É... pequena, mas sim, somos eu e você. Ele sorri, e eu junto, discretamente, ele assina, agora Mateo Ricci, e já assina o seu novo cago na organização, o meu primeiro Capo, abaixo de mim, vem ele, que também me questiona: - E agora sou Chefe? Não precisa, eu gosto do que faço…. Acendo um cigarro, estava quase livre do cigarro, mas, o porquê voltei, já sabe, sirvo 2 doses de whisky levo a ele, e repondo ele novamente. - Você é um Ricci, não pode ser um subordinado, agora, você é o primeiro capo, da organização e da província, e eu posso ter umas férias, quando quiser. sorrimos juntos ja emendo para o Dr.: - Dr. já avisa a organização sobre as novidades, e marca uma reunião para as próximas semanas, vamos comemorar e integrar Mateo Ricci na nova função. O Advogado confirma, checa se esta tudo em ordem, da a via do Mateo e vai: - Escolhe um quarto, para ser seu, vou dar a notícia a todos da casa, agora você é um Sr. Aqui. - Tony, você não queria se mudar, pediu que eu procurasse outra mansão. - Mudei de ideia, aqui é a casa do nosso pai, vamos continuar aqui. Ele consente, então vou dar a notícia a todos, vejo que a minha ama não fica surpresa, e ainda nos diz,“ demoraram muito a fazer isso”, mas se mostra muito feliz. Durante as semanas, nos enfiamos, nos trabalhos, e tínhamos muito a fazer, fiquei ausente, cobranças, visitar as ‘boates’, e casas de jogos, e julgamentos, nos esgotaram, enfim chegou o dia da reunião, para a apresentação de Mateo, praticamente uma festa, vem todos da província, e alguns de outras também, tem muita bebida, charuto, e mulheres, assim poderemos relaxar. Estamos na mansão, que é nosso covil, antes de sair, deparo-me com o quarto que ficou Aurora, estou impecável, de terno, cabelos e barba bem-feitas, eu só queria, abrir a porta e vê-la, num vestido de festa, ou sem nada, sentir o seu cheiro, e sua pele, seus lábios, o s**o, virou um caos depois dela, satisfaço-me, mas, na verdade não me satisfaço. Na nossa reunião, anuncio Mateo, e digo que não permitirei, de forma alguma, usarem com ele a palavra, bastardo, na nossa organização, todos já o respeitavam, então foi mais uma festa mesmo, nos divertimos muito, estava leve, e sorri de uma forma que não sorria há tempos, anos. Numa mesa de carteados, encontrei um velho amigo de outra província, Dante Montenegro, temos a mesma idade, ele acabara de se tornar Don, da sua organização, eles tem muitas casas de jogos e casinos, passamos a noite conversando, jogando e bebendo, no final ele nos convida a conhecer o seu novo casino, um que ele ira inaugurar algumas semanas a frente, ele está milionário com esses negócios, este novo, fica em Mônaco. Confirmo que irei, sem ao menos saber o que o destino me reserva.
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