CAPITULO 31

1300 Words
TONY: Passar os dias integrando Mateo, como um Ricci, ajudou-me, a amenizar a falta de Aurora, e a raiva pelo que Laura me fez passar, por segurança, aposentamos o pai dela, Sr. Castellani, ele não gostou, vamos continuar sustentando-o, com uma boa mesada, mas, por ser sangue de Laura, prefiro ele longe, fora da organização. Mateo, demorou uns dias, a acostumar com o quarto novo, e as regalias de um herdeiro, compramos carro, roupas, tudo novo, e todos têm-lhe respeitado, como um Chefe. Essa semana ele aprendeu sobre a nossa empresa multinacional, que fabrica e exporta munições, é a maior da Europa, onde sou CEO e ele acionista, o dia acaba e vamos até a nossa ‘boate’ favorita, beber, relaxar, e pegar algumas mulheres, Mateo tem chamado atenção das mulheres, ele é um homem bonito e agora com poder, ele torna-se mais chamativo, então brinco: - Agora que você é o mais velho, precisamos arrumar uma esposa para você. Falo, e solto uma gargalhada, ele engasga com o charuto, bate no peito e responde: - Casar! Não quero não! Tô bem sozinho, depois de Laura, fiquei traumatizado. Então ele ri, e eu faço uma careta, mas já logo emendo: - Será diferente da época do nosso pai, você pode escolhê-la e se for confiável, você casa, eu, já desisti de casamento, você sabe, só tem uma que seria a minha Sra. - Melhor você solteiro, olha a sua volta, só escolher. Ele, se escora, na poltrona, e olha na direção das várias mulheres que estão pela área do camarote, realmente, só mulheres belíssimas, que fazem de tudo para nos agradar, mas não é quem quero, esse assunto, trouxe Aurora para os meus pensamentos, são semanas, e não consigo esquecê-la, não entendo, sinto o meu peito apertar, e quase explodir, uma vontade imensa de me drogar, e beber para esquecê-la. Mateo percebe, ele me conhece, até no meu silêncio, bate no meu peito e insiste: - Tony, olha! Escolhe uma, e vai ocupar a cabeça, sem drogas, só bebidas e mulheres. - hoje não! Prefiro ir para casa, pode terminar a sua noite, irmão, tô bem. Mas, não estou, no caminho de casa, passo em um dos nossos fornecedores e pego o que preciso para esquecer Aurora, vou para o covil, trago mais bebidas e o meu charuto, eu e Mateo, temos a localização um do outro, ele sabe que estou seguro. Entro no quarto, da Aurora, já tiro as minhas roupas, fico só de calças, estou sufocando, sento no chão, encostado na cama, e continuo, me embriagar, mas não resolve, piora, a vejo, em todas as partes, escuto a sua voz, me enfio em baixo do chuveiro, de roupa, saio sem me enxugar, volto para o chão, agora próximo à sacada, com as janelas abertas, ela amava dormir e acordar de janelas abertas. Escuto um barulho na porta, alguém bate, e pergunta se preciso de algo, uma voz feminina, suave, me levanto como um louco, na minha viagem, imagino ser Aurora, já vou falando o seu nome, quando abro, vejo uma moça, não é Aurora, então me decepciono. - ahhh é você! E quem é você? - Sou Stela, sou sobrinha da sua ama, estou trabalhando aqui, comecei essa semana, vi quando o Sr. Chegou, e vim ver se esta precisando de algo. Ela tem o jeito de Aurora, olhar Angelical, olhos castanhos, lábios vermelhos, pele bronzeada, deve ser de trabalhar ao sol, mas, que a deixa linda, cabelos longos lisos castanhos, com algumas mechas douradas, também do sol, ela está com um vestido bem decente, até os joelhos, e a sua estatura é mediana. Quando ela me responde, com sua voz suave, me desperta um desejo, um pouco animal, ela estava olhando para baixo, pego no seu queixo, e levanto o seu rosto para olhá-la, ela morde os lábios timidamente, e fica tremula, pego uma mecha do seu cabelo, cheiro e falo: - Seja bem-vinda, Stela! Pode ser, que você possa-me ajudar, sim. Pego na sua mão, tentando a trazer para o quarto, estou fora de mim, m*l paro em pé, embriagado, drogado, e anestesiado de saudades de Aurora, ela abre a boca para argumentar, e tenta dar um passo atrás, olha para os lados, como se pedisse socorro, então eu entrelaço-a na cintura, e fecho os seus lábios com os meus dedos, ela fica apavorada. Mateo chega, a tira de perto de mim, e pede que ela vá, ela sai correndo, assustada, ele pega-me no braço, me enfia de novo no chuveiro. Me segura forte, me imobilizando, enfia dois dedos na minha garganta, me fazendo vomitar, me coloca, de novo na água, então, volto um pouco a realidade. Sento no chão, com muita falta de ar, ele se abaixa e fala firmemente. - Tony! Vou ter que te internar? - Não Mateo…. Isso não vai mais acontecer, eu só….. - Você só, quase estuprou a sobrinha da mulher que te criou como filho, isso, já está-te fazendo m*l, ou busca ela e casa, ou esquece. Não sei como sai do banheiro, só sei que acordei na cama, minha cabeça dói, lembro-me pouco de ontem, agora, tomo um banho decente, encontro Mateo, tomando café, me junto a ele, que me conta o que quase fiz, então desculpo-me, com minha Ama e a menina, que acabou de vir para a cidade trabalhar e estudar, tem 18 anos. Percebo Mateo, encantado por ela, não desgruda os olhos dela, a deixando com vergonha, e ela por sua vez, troca olhares tímidos com ele, sorrio, bato nas costas dele falando. - Cuidado irmão! Essas são as perigosas, ai você vai entender o que to passando, se quer, não perca tempo. Ele disfarça, bebe um gole do café e desconversa, levantando e chamando-me. - Para de bobeira Tony, ela é linda, não tem como não olhar, só isso, e vamos, temos trabalho para acertar, esse final de semana viajamos a Mônaco. Levanto-me seguindo ele e respondendo: - É verdade, tinha esquecido, não to mais tão a fim de ir, cancela. - Você vai, já confirmamos, temos reservas, e você precisa se distrair, é isso, ou uma clínica de reabilitação Ele fala e gargalha alto, eu só olho e faço uma careta, pode ser que me faça bem, viajar, sair um pouco daqui, tudo me lembra Aurora, meu pai, Laura, estou intoxicado de tantas situações difíceis que passei. MATEO A minha vida, mudou rapidamente, descobri que sou um Ricci, perdi um pai e ganhei um irmão, mudei-me para a casa grande, e sou chefe direto da organização, e acionista da maior multinacional da Europa. Confesso, está difícil, acostumar-me, mas o fato de eu ter que cuidar de Tony, que anda descontrolado depois que conheceu Aurora e perdeu o pai, tem-me ajudado, a não pensar em toda essa história da minha mãe e o Sr. Ricci, e de ela ter-me deixado para trás. Tony, esta tentando esquecer tudo que passou, mas, foram muitas situações, ele até, é bem forte. Hoje percebi ele distante, e fiquei de olho, tentei levar ele para curtir a noite, ele fugiu, ele não foge de uma farra, temos a localização um do outro no celular, vejo que ele parou em um dos nossos fornecedores, preocupo-me, mas vejo ele fazendo o caminho da outra mansão, penso estar tudo bem, porem….. Os meus sentidos, me dizem, para ir até ele, e vou. Chego, no momento que ele estava, quase atacando uma funcionária nova da mansão, e consigo ajudá-la, quando a peguei nos braços, foi diferente, os nossos olhos encontraram-se, ela se segurou em mim, como se sentisse protegida, nos meus braços, eu senti algo acender, ela também demonstrou sentir o mesmo, os seus olhos tentavam decifrar o que sentimos, mas vejo Tony, muito alterado, então, peço para ela ir, e vou ajudá-lo.
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