*Julia* 1

858 Words
Desde pequena eu sempre vi meus pais lutarem para que eu pudesse ter estudo e pudesse ser alguém na vida, as coisas sempre foram difíceis, meu pai não concluiu os estudos e sempre trabalhou em obra, a minha mãe também não concluiu os estudos e o único dinheiro que ela tinha vinha através das costuras que ela fazia. Então sempre tive na cabeça que eu teria que me esforça bastante para ter uma vida diferente da que eles tem. Em todos esses anos eu sempre sofri preconceito por morar na favela do Vidigal, todo mundo acha que aqui só tem bandido e gente que não presta mas não é bem assim, tem muita gente boa. Hoje tenho que ir na empresa do senhor Bruno, ele é um grande advogado e por coincidência ele foi um dos professores da faculdade que sempre me ajudou e sempre viu o meu esforço. Saio de casa indo direto pra casa da Sara, antes de sair do morro e ir na empresa. A Sara é a minha melhor amiga, sempre foi eu e ela contra o mundo, a gente se conheceu na escola quando a gente m*l sabia falar, e essa amizade dura até hoje. Assim que chego na casa dela já entro gritando por ela ... Julia: Sara, cadê você Assim que termino a frase dou de cara com o irmão dela o FP (Felipe) ele é subdono do morro, somos amigos desde que eu comecei a minha amizade com a Sara, a gente sempre conviveu e mesmo que ele seja do tráfico ele nunca foi m*l comigo, na verdade ele sempre quis namorar comigo mas eu nunca tive um interesse por ele, no máximo o que rolou foi uma beijos e nada mais. FP : para de gritar cara, ela tá lá em cima, mas vc só pode subir se me der um beijo - ele fala me olhando de cima a baixo e rindo Julia: foi m*l pelo grito, e o único beijo que vc ganha é na bochecha - do um beijo na bochecha dele e subo pro quarto da Sara Assim que subo bato na porta e ela não responde, já entro pulando em cima dela e acordando ela que dormia feito pedra Julia: acorda flor do dia, o sol tá lindo lá fora e vc ai nessa cama Sara: sai de cima de mim sua obesa, me deixa dormi Julia: acorda amiga, preciso da sua opinião e te contar uma coisa A mesma se senta na cama me olhando de cima a baixo com uma cara de desentendida e logo pergunta Sara: pra que essa preparação toda? Julia: hoje eu tenho que ir na empresa do senhor Bruno, ver a vaga de estágiario Sara: sério amiga? crlh que notícia boa, mas vc nn pode ir vestida assim na empresa daquele gostoso Julia: eu tenho que ir formal, não posso ir igual piriguete, afinal eu estou querendo um trabalho e não um namorado Sara: mas vc poderia tentar arrumar um, já passou da hora de vc arrumar alguém, nem que seja pra ter uma noite e nunca mais olhar na cara Julia: cruzes Sara, você sabe que não sou assim e também sabe que só quero me entregar pra alguém que eu realmente ame Sara: amiga eu te amo, mas vc já tem 23 anos, deve ser a única virgem nesse morro Julia: enquanto eu não achar a pessoa certa vou continuar virgem Sara: com esse pensamento vc vai ficar pra titia isso sim Julia: vamos mudar de assunto que não vim aqui pra falar da minha virgindade, eu quero sua ajuda pra fazer uma make simples mas que me deixe com um ar de séria Sara: ok, vou só escovar os dentes e já venho aqui te ajudar com a sua make A Sara sai do quarto indo ao banheiro e eu fico pensando no que ela falou, eu não acho certo perde a minha virgindade com qualquer um, isso é algo sério e eu quero que seja especial. Depois de fazer a make a Sara sai de casa comigo indo na padaria da dona Dina, assim que chegamos lá já demos de cara com a p*****a da Juliana sentada no colo do dono do morro. A uns anos atrás a Juliana era nossa amiga, mas desde que ela começou a se envolver com o JG, a mesa nunca mais falou com a gente e agora só vive atrás dele e arrumando barraco na favela com as mulheres que ele pega, a relação deles é pura baixaria, ele nunca assume ela como fiel e sempre pega o morro todo e ela paga de apaixonada mas dá pra todos os vapores do morro. Fizemos o nosso pedido que não demorou muito ficar pronto, eu pedi um empadão de frango e uma coca e a Sara pediu um bolo de banana com suco de caju. Assim que acabamos de comer pagamos a conta e já fomos saindo da padaria, e eu me sentia sendo observada a todo tempo mas nem dei ideia e continuei andando até a saída do morro, chegando lá peguei um Uber e segui para empresa.
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