TH NARRANDO A madrugada estava congelante, e os tiros estourando pelo morro, não tem para onde correr. A guerra no morro tava a mil, e eu, com a minha mulher ao lado, tava no meio do tiroteio. O frio cortava como uma faca, mas a adrenalina fazia a gente esquecer um pouco do gelo. Keila, sempre forte, tava lá comigo, de arma na mão e com um olhar de quem não tava pra brincadeira. Ela se movia rápido entre as barricadas, atirando com precisão, e eu lá botando pra quebrar. Cada vez que nossos olhares se cruzavam, a confiança e a determinação trocadas sem precisar de palavras me davam forças pra continuar. Os caras que tavam atacando não eram qualquer um. Eram forças especiais, com equipamentos pesados e uma estratégia afiada. As granadas explodiam por todo canto, criando buracos e forçand

