Capítulo- L. Entrega
" Que me leve pela vida o coração sendo versos da canção, porque essa paixão não tem explicação, é deixar acontecer e se entregar. "
Cícero
— Marryna! — grito desesperado. A ruiva não responde.
Desço apressado pela pequena encosta onde minha mulher rolou.
— Que vergonha... não sei nem o que dizer — ouço a voz da mãe de Verônica.
— Pois eu sei, mulher! — escuto a voz trêmula do pai da menina.
No momento em que me abaixo para socorrer Marryna, escuto os gritos de Verônica e o barulho de cinto cortando o ar.
— Pai! A perna dela tá cravada nos espinhos! — falo em desespero, o peito apertado, as mãos trêmulas.
— Afasta devagar, Cícero. Não pode quebrar nenhum, tá ouvindo?
Os gritos de Verônica e suas súplicas para o pai parar com a surra ecoam pela faze
