Capítulo 3

2007 Words
Bem cedo recebi o médico que foi até o meu quarto para dar uma boa nova, quer dizer, ele achava que seria uma boa notícia... Médico - Bom dia Consuelo, te darei alta amanhã mesmo. Já está bem e em alguns meses faremos um raio-x antes de retirar o gesso. Não consegui disfarçar o quanto isso era ruiim para o que eu tinha em mente. Consuelo - Está bem doutor, obrigada. Médico - Parece que não ficou muito feliz com a notícia, estou certo? Consuelo - Não se preocupe comigo, ficarei bem. Receber alta assim tão rápido não estava nos meus planos, César ainda precisaria de mais alguns dias para que tudo o que havia dito a ele surtisse o efeito que eu desejava. ... Na empresa, Antônia atendia a uma ligação de Angélica que estava ansiosa para falar com o pai, mas no momento ele estava dentro da reunião com os acionistas. Ela o aguardou sair para dar a notícia. Secret. - Senhor César, sua filha Angélica pediu que o avisasse que amanhã estarão de volta da viagem. César - Obrigado Antônia, e antes de sair me responda uma coisa. Uma jovem veio aqui atrás de uma vaga de trabalho a uns dois dia, uma morena de olhos verdes e bem jovem. Secret. - Vieram muitas moças senhor, mas algumas não tinham as qualificações necessárias para o cargo. César - Da próxima vez que alguém vier, mande para o setor de recursos humanos, por que o recrutamento de funcionários cabe a eles não a você! Secret. - Sim senhor. Dia seguinte, na casa de César... Ana - Angélica minha filha, como foi a viagem? Eles não pareciam estar voltando de uma segunda lua de mel e ele como sempre, um poço de antipatia e arrogância. Maurício - Vou me deitar um pouco a viagem foi cansativa, mandem subir as malas depois. Angélica - Foi maravilhosa, aquele lugar parece um sonho. Tanta gente bonita! Por mais que as coisas não estivessem como ela queria Angélica sempre buscava ver o lado bom das coisas, até por que isso evitaria mais perguntas. As duas se sentam no sofá de mãos dadas. Ana - Fico muito feliz que tenham voltado logo. Ana parecia querer dizer algo Angélica a conhecia bem, pois desde a morte de sua mãe ela seu porto seguro. Angélica - Ana eu te conheço bem, está acontecendo alguma coisa fora do normal por aqui? Ana - Eu não sei como classificar, é uma sensação e você sabe como eu sou quando implico com alguma coisa. Angélica - Então anda, comece a falar e eu quero todos os detalhes. Ana - A dois dias seu pai atropelou uma garota, na verdade ela se jogou na frente do carro dele e isso aconteceu na porta da empresa. Angélica - Com certeza ela queria um motivo para processar ele e tirar vantagem financeira. Ana - Seu pai não interpretou assim, parece sentir pena dela e da situação em que vive. Angélica - Você conhece meu pai, sabe que ele tem um coração enorme e até por isso tantos se aproveitam dele. Ana - Mas não é só isso... Angélica - Se ele quer ajudar essa garota eu não vejo problema, talvez dê um emprego para ela como já fez por tantas pessoas. Ana - Seu pai está interessado nela como mulher, tem que ver como anda desligado das coisas. Angélica - Mesmo que seja assim, ele nunca se amarra a ninguém. Não vê como faz de boba a Daniela e olha que estão nesse chove e não molha a uns bons anos. Relaxa Ana, mesmo que essa mulher e meu pai venham a ter algo mais ele não é bobo e sabe bem reconhecer uma golpista! Ana - Tem razão, essa minha cisma deve ser da idade depois de alguns anos a gente passa a enxergar maldade em tudo e todos. As duas sorriem e Angélica tira uns presentes que trouxe para ela. Um tempo depois, a primogênita de César faz uma ligação para o irmão. Angélica - Damião? Damião - Anja, como andam as praias caribenhas? Angélica - Infelizmente já voltamos para casa. Damião - Tão rápido assim? Eu te conheço bem, foi o i****a* do Maurício que os fez voltar, não é? Angélica - Não fala assim dele, por favor. Damião - O que ele aprontou dessa vez? Não adianta me convencer do contrário por que o conheço bem. Angélica - Estava flertando com uma mulher do hotel em que estávamos, não sei por sempre faz isso comigo. Damião - Eu já te pedi tantas vezes para deixar esse homem, você é tão incrível Angélica não deixe mais esse cafajeste te pisar. Angélica - Eu não devia ter te contado, você já detesta ele o suficiente para colocar mais esse vacilo na conta. Damião - Como vou gostar de um cara que faz sofrer alguém que eu amo tanto? Não contou isso para a Ana, não é? Angélica - Não, o fã clube contra ele já tem membros demais e nem mesmo o papai vai saber por que apressamos a volta. Por favor guarde mais esse segredo! Damião - Claro, imagino como ele ia ficar se soubesse de mais essa. Pense Angélica se tudo isso vale a pena. Angélica - Quero ser mãe Damião é tudo o que quero nessa vida. Damião - Existem outros homens no mundo, inseminação artificial você não precisa dele para absolutamente nada! Angélica - Chega de falar disso e quando você volta? Soraya me liga todos os dias para saber de você, sente saudade e tem muitos planos para a sua volta. Damião - Também penso muito nela, se tudo sair como eu espero daqui uma semana poderei voltar finalmente. Angélica - Te amo e mall posso esperar para te ter de novo por perto! Damião - Eu também te amo e muito! ... Eu estava no quarto entediada e sem achar posição naquela cama, quando o médico bateu na porta e entrou com o prontuário na mão. Consuelo - Pode entrar doutor. Médico - Está liberada, já pode ir para casa! Assim que ele saiu a enfermeira me ajudou e vestir a roupa do dia do acidente, trouxeram uma cadeira de rodas e fomos saindo em direção a entrada do hospital. Eu parecia estar saindo de um filme de terror onde eu era a final girl, felizmente era um hospital particular e havia sido bem tratada até demais. Consuelo - Pode ligar para um táxi, por favor? Enferm. - Acho que não vai precisar... César estava me esperando encostado em seu belo carro, e ele já até estava arrumado dos amassados da batida. Eu nem pude disfarçar a alegria e alívio de saber que ele estava ali para me levar, nem que fosse para algum hotel. Certamente passou a noite pensando em tudo o que havia dito dentro do quarto do hospital. César - Vamos? Eu sorri timidamente, ainda incomodada pela luz do sol. Ele se aproximou e me pegou nos braços, nos olhamos alguns segundos e com cuidado me colocou no banco da frente a e enfermeira colocou minhas sandálias dentro do carro. Consuelo - Para onde iremos César? César - Apenas confie em mim. Consuelo - Sim senhor! César - Nada de senhor, deixe eu te ajudar com o cinto de segurança. Não queremos que você se quebre de novo por minha culpa. Eu sorri, ele chegou bem perto sei que ele podia sentir meu cheiro assim como eu o dele. Quase me abraçou e travou o cinto. Paramos em frente a um edifício, era muito bonito mas nada comparado ao que sei que ele podia me dar se realmente quisesse me surpreender, César ia me levar nos braços mais uma vez. Consuelo - Por favor não, fico constrangida de você ter que me carregar assim na frente de todo mundo. Eu posso me equilibrar na outra perna e... César - Deixa de bobagem, não estou tão velho assim que não possa te carregar um pouco menina! Entramos no elevador, era realmente estranho estar nos braços dele. Aquele cheiro de perfume caro e estar sentindo seus braços fortes me envolverem era muito excitante. Ele fazia questão de sentir meu cheiro, assim como eu ao dele. Tínhamos acabado de nos conhecer e por mais que eu soubesse a que ponto iríamos chegar em breve, ainda assim havia em mim um pouco de pudor e receio mesclado muito tesãoo. Ele passou um cartão e entramos em um dos apartamentos. Não era grande e nem tão luxuoso quanto eu esperava e sei que mereço, ele me colocou no sofá com cuidado. Deu uma olhada discreta em minhas coxas o vestido teimava em subir, revelando mais do que devia. Consuelo - Esse apartamento é seu? Claro que apenas um dos vários que sei que ele tem espalhados pela capital e fora também. Eu olhava tudo curiosa, a decoração era bonita, mas realmente faltava muito para ser digno de mim. César - Sim, eu o comprei a muitos anos. Quando comecei a prosperar financeiramente ele foi minha primeira aquisição, por isso resolvi te trazer para cá para te trazer sorte também. Consuelo - Entendi. César - Ainda assim, parece assustada. É pelo que estou fazendo? Consuelo - Não estou assustada por estar me ajudando, apenas curiosa e surpresa em estar aqui. César - Pode perguntar o que quiser, esse lugar sempre precisou de um toque feminino e sua presença com certeza vai deixar ele muito mais bonito. Consuelo - Não posso aceitar ficar aqui. É seu e... Ele me silenciou, quase tocando meus lábios com seu dedo indicador. Posso imaginar o que ele pensava só olhar para os meus lábios e tocá-los. César - É nosso...pode ficar o tempo que quiser e não precisa ficar preocupada ou receosa por minha causa. Não sou do tipo de homem que tira vantagem de situações como essa! Consuelo - Sua família não vai gostar de saber disso, que eu estou aqui no seu apartamento e ainda mais morando. César - Com eles deixe que eu me entendo, pedi para que comprassem algumas coisas mais cedo. Não sabia o que você gostava, mas a geladeira e os armários estão cheios. Por que está chorando? Achei que ficaria feliz! Ele chegou mais perto e segurou minha mão olhando nos meus olhos. César - Não se sinta humilhada Consuelo, o orgulho nunca te fará crescer. Eu prometo que em breve você será capaz de comprar um apartamento e talvez muito melhor do que esse, só precisa aceitar a ajuda que estou disposto a te dar. Consuelo - É que você está sendo tão bom comigo, que eu sinto ás vezes que não mereço tanto. Ele se sentou na mesinha de centro ficando de frente para mim e segurando minhas duas mãos. César - Você merece, muito muito mais do que isso. Me joguei nos braços dele, colei meu corpo pequeno no corpo quente dele abraçando bem forte. Senti a mão dele acarinhar meu cabelo com muita destreza, me afastei rapidamente para não fazê-lo pensar que eu seria tão fácil. Consuelo - Me perdoe César eu não devia ter feito isso, por favor me desculpe! César - Foi apenas um abraço não tem por que se desculpar. Eu já vou, mas vou deixar aqui anotado meu contato pessoal. Se precisar de qualquer coisa, seja a hora que for, me ligue. César se levantou e o acompanhei. Consuelo - Sim senhor. Ele me entregou e saiu. Me levantei apoiando o mínimo possível na perna quebrada, dei uma olhada no apartamento. Tinha um telefone fixo no quarto, tomei um banho peguei um roupão que provavelmente era dele e me vesti. Consuelo - Virgínia, sou eu Consuelo. Pode me fazer um favor amanhã bem cedo? Virgínia - Pode dizer, se estiver ao meu alcance. Consuelo - É que preciso que busque minha mala aí na casa do Flor, já está prontinha entre em um táxi e traga nesse endereço... Virgínia - Está bem, pode deixar que eu levo. Consuelo - Obrigada!
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