Capítulo 1

3318 Words
Desalmada: o mesmo que perversa, desumana, que não se comove nem se sensibiliza diante do sofrimento alheio, que não consegue nem pode corresponder o amor recebido. Assim é Consuelo Álvarez del Rio Moreno, uma garota linda e ambiciosa que passa por cima de todos para conquistar o que deseja afinal se ela quer, ela tem! César Capetillo é um milionário viúvo de 52 anos, sempre se dedicou aos filhos desde a morte da esposa e nunca quis se casar novamente. Até se envolve amorosamente com algumas conquistas, mas nunca quis oficializar nenhum de seus casos...até encontrar a mais c***l das mulheres e entregar seu coração. Damião Capetillo belo e sonhador de 24 anos de idade, foi jovem estudar no exterior. Tem alma aventureira e desde criança sempre foi apaixonado pela prima Soraya, com sua volta ao país pretende em fim tentar viver esse amor interrompido pelas circunstâncias da vida. Logo descobre o caso de amor de seu pai com uma jovem de apenas 20 anos e prontamente se opõe a esse relacionamento, pois acha que ela pretende dar um golpe milionário no patriarca da família. Maurício Ramirez é casado com Angélica a 8 anos e é mais jovem que ela, vivem bem pois são um casal que curte grandes aventuras. Gosta da boa vida que ela lhe oferece, não curte trabalhar e passa o dia inteiro na piscina tomando seu champanhe importado e admirando belas mulheres. Soraya Antunes é prima e grande amor de Damião, quando finalmente acredita que está no caminho certo para se casar com ele encontra um grande obstáculo para realizar este sonho. Ela sempre se mete em confusões, mentiu para a família durante anos morando na capital para estudar quando na verdade trancou o curso no segundo período. Angélica Capetillo é a filha mais velha de César tem 34 anos, sua primogênita adorada. Muito divertida é o equilíbrio em forma de mulher, sempre aconselha os casais e um poço de bom senso. Não sabe ela quantas puladas de cerca do próprio marido, ela sonha em ter filhos mas a tantos anos tentando ainda não pode realizar seu maior objetivo na vida. Daniela Romão uma mulher divorciada .cruel e sem escrúpulos, o caso amoroso mais duradouro de César. Ela lutará com todas as forças para impedir o casamento do homem que sempre sonhou ter. Ana Martinez é governanta e anjo da família Capetillo, viu nascer todos os herdeiros e os ama como uma verdadeira mãe. Pressente que o .diabo habitará aquela casa assim que César decidir se casar novamente. Flor melhor amigo e confidente de Consuelo, ele ajudará sua musa e não poupará esforços para que ela consiga seu principal objetivo. Fernando é um jovem e sedutor advogado é sobrinho de Daniela. Ele se encantará por Consuelo, mas despertará o amor de Angélica. Padre - Consuelo Álvarez Del Rio Moreno é por livre e espontânea vontade que aceita se casar com César Capetillo? Apenas respirei fundo enquanto todas aquelas pessoas me olhavam, todas sem exceção ali eram minhas inimigas... São muitas as decisões que levam alguém ao altar: a necessidade de formar uma família, solidão talvez...mas não para mim, havia muito mais por trás daquela escolha. Há cinco meses atrás... Secret. - Olá moça, em que posso te ajudar? Consuelo - Eu soube que precisam de uma secretária aqui na empresa... Secret. - Parece muito jovem, tem experiência? Consuelo - Não, mas se me der uma oportunidade eu sei que dou conta do serviço. Secret. - Deixe seu currículo aqui, mas não posso te prometer nada. Consuelo - Me deixe falar com o senhor César então, sei que ele já chegou eu o vi entrar mais cedo. A funcionária sorriu e me olhou bem irônica. Secret. - E por que acha que ele pessoalmente te atenderia, garota? Ele é um homem atarefado não se ocupa de entrevistar candidatas a secretárias. E mais, com sua idade acho que deveria começar na limpeza. Inclusive temos uma vaga para esse cargo. Enrolei as pontas do meu cabelo enorme, me debrucei sobre a mesa dela. E altiva como sempre fui, apenas dei a ela o que pediu. Consuelo - Quando for dona dessa empresa eu mesma vou varrer o lixo daqui, mas não com uma simples vassoura, será com classe e você vai engolir o que me disse hoje! Saí de lá desfilando meu belo corpo até entrar no elevador a secretária ficou uma fera com aquela afronta, ouvi ela amassar meu currículo assim que me virei. Porém a satisfação de ver o quanto minhas palavras a atingiram era impagável. ... César estava em sua sala pensativo, pegou o telefone. César - Antônia passe a ligação para meu filho Damião por favor. Secret. - Sim senhor, um instante. Damião - Papai como está? César - Bem filho! liguei para saber, quando finalmente pretende voltar? Damião - Vontade não me falta e o senhor sabe, só preciso organizar algumas coisas para ir. César - Então teremos finalmente um fisioterapeuta na família. Sabe que tenho muito orgulho de você e sua irmã! Damião - E nós do senhor meu pai! Depois daquela conversa e horas mais tarde a secretária de César entra com alguns documentos para que ele assinasse. César - Mais algum documento? Secret. - Por hoje apenas esses. César pegou sua pasta com alguns relatórios para revisar em casa e saiu pegando as chaves do carro, abriu e colocou sua pasta no banco de trás. Suspirou forte de cansaço afinal aquele dia havia sido esgotador e tudo o que ele queria era uma cama e muito sossego. ... Passei toda a tarde esperando que ele saísse, eu tinha que saber jogar minhas cartas no momento certo e definitivamente era aquele. Assim que ele saiu do estacionamento me joguei na frente daquele carro de luxo, ele estava em velocidade média porém assumi o risco. Ele me jogou alguns metros, no momento do impacto eu senti a perna quebrar e gritei de dor. César - Meu Deus garota, você enlouqueceu? Consuelo - Sinto que vou morrer de tanta dor! César - Chamem uma ambulância agora mesmo. Rápido! César se abaixou e tocou meus cabelos, senti o gosto do sangue e a dor daquela fratura era terrível. Fiquei imóvel, mas precisava deixar ele muito mais comovido do que já estava. Consuelo - Não quero que chamem o resgate, me deixe morrer. César - Não diga uma coisa dessas você é jovem demais para morrer. Não me lembro quanto tempo o socorro demorou a chegar, parecia uma eternidade e cada vez que eu respirava parecia doer mais. Ele não saiu do meu lado ficou segurando minha mão enquanto uma multidão de curiosos se formava, alguns homens me olhavam desejosos pois apesar da fratura minhas belas pernas estavam á mostra. César - Não podem respeitar a moça nem sequer em uma situação como essa? Gritou forte com aqueles imbecis e eu adorei que ele me defendesse, retirou seu paletó e colocou sobre mim. Quando os socorristas chegaram eu respirei aliviada...não sabia eu o que passaria, quando colocaram o osso no lugar a dor foi tão grande que desmaiei no mesmo instante. ... César - Quero que a levem para o hospital Albert Einstein, vou custear todo o tratamento. Afinal eu que a atropelei e isso é o mínimo que posso fazer. Alguns minutos depois ele chegou e logo perguntou na recepção. César - Trouxeram uma moça para cá a uns instantes, eu a atropelei... Recep.- Sim, ela está na sala de emergência e está fazendo alguns exames o que sabemos é que sofreu uma fratura de fêmur. Ele se sentou naquele sofá. Quando seu celular tocou... Daniela - César? Como você está? César - Bem Daniela, apesar de um certo contratempo que aconteceu agora minutos atrás. Daniela - Aconteceu alguma coisa contigo? Sua voz está meio aflita. César - Uma moça se jogou na frente do meu carro agora a pouco! Daniela - Com certeza ela deve ser louca, não fique preocupado eu tenho certeza que ela não terá como te processar afinal ela que provocou. César - O que me preocupa é que ela fique bem, proposital ou não é um ser humano! Daniela - Entendo, suponho então que nosso jantar terá que esperar outro dia. César - Tinha me esquecido completamente, desculpe! Daniela - Tudo bem e até outro dia então. Médico - O senhor é acompanhante da Consuelo? César - Consuelo? Sim a moça que foi atropelada, ela está bem? Médico - Felizmente sim, apesar da fratura que sofreu e algumas escoriações ela só precisa de repouso e alguns remédios para dor. César - Graças a Deus, posso falar com ela? Médico - Está ainda meio sonolenta da sedação, mas pode ir vê-la. Me acompanhe. ... Fui acordando aos poucos, ainda me sentia dolorida mas sem dúvidas bem melhor do que antes. Vi César entrar com o médico para me ver, ele se sentou ao meu lado. César - Como se sente menina? Eu me chamo César! Consuelo - Não sei o que dizer... César - Comece então me falando por que fez essa loucura? Consuelo - Eu não tenho outra saída. César - Seja qual for o seu problema, existe uma solução e que com certeza não é a morte. É jovem e linda demais para desistir de viver. Forcei um choro... Consuelo - Para o senhor é fácil dizer isso, bem vestido, rico! Não tem do que reclamar, não sabe o que é fome, desemprego...solidão. César - Está enganada, nem sempre tive dinheiro na vida. Lutei muito para chegar onde estou, nada cai do céu Consuelo e não é justo se acovardar assim sendo tão jovem ainda. Consuelo - Agradeço por ter me ajudado e se preocupado comigo, mas quero ficar sozinha agora. César - Está me expulsando? Disse que se sente sozinha, por que não abre comigo? Consuelo - Eu só quero descansar, por favor me deixa sozinha! César - Está bem, mas amanhã eu volto para te ver. Ele pegou em minha mão, estava quente e eu gelada. César - Fique bem e me prometa que não tentará mais nenhuma loucura. Consuelo - Eu prometo senhor César. César - Me chame apenas de César. Consuelo - Está bem César! Ele deu um beijinho rápido em minha mão e eu sorri tímida mordendo meu próprio lábio. A semente estava sendo plantada, eu já sabia como chegar ao coração dele...passei dias estudando cada passo, seus horários, sua vida amorosa anulada por tanta dedicação ao trabalho e aos filhos. Trabalhar na empresa era minha primeira opção, mas com a má vontade daquela secretária desgraçada eu precisei partir para o plano B. ... César chegou em casa e se sentou naquele sofá enorme, suspirando de cansaço. Ana - César eu já preparei o jantar como o senhor gosta, dona Daniela já deve estar quase chegando... César - Ela não virá, desmarquei o nosso jantar. Tive uns problemas na empresa e achei melhor deixar para outro dia. Ana - O senhor parece meio preocupado, aconteceu alguma coisa com minha Angélica ou com o Damiãozinho? César - Você trabalha a tantos anos que me conhece talvez melhor que eu mesmo, felizmente nada com meus filhos, mas atropelei uma garota na saída do trabalho. Ana - E ela está bem? César - Felizmente não aconteceu o pior. Mas quebrou a perna. Ana - Graças a Deus, mas se tudo está bem por que toda essa preocupação? César - Ela se jogou na frente do meu carro, queria morrer. Parece estar deprimida e desgostosa da vida é tão novinha e bonita...bonita demais para sofrer assim. Ana - Parece que gostou muito dela! César - Apenas como alguém que quero ajudar, uma filha talvez! Ana o conhecia bem demais, sabia que aquele desejo de proteção não era algo paternal e que aquela garota havia mexido com o coração dele. Porém algo naquela história não parecia se encaixar e ela podia sentir o cheiro de armação. César subiu, tirou as roupas e foi para o banho. Ficou pensando em Consuelo enquanto a água percorria todo o seu corpo cansado daquele dia esgotante e cheio de contratempos, vestiu seu pijama e foi para cama nem sequer quis jantar por que estava sem fome apesar de tudo. Recebeu uma chamada de vídeo e era sua filha Angélica. Angélica - Papai que saudade! César - Como está a viagem? O caribe é tão belo quanto nos cartões postais? Ele sorriu e ela também... Angélica - O senhor nem pode imaginar, devia ter vindo também...quem sabe com a Daniela? Sei que estão saindo e já está na hora do senhor encontrar uma boa companheira de viagens e de vida. Ele abaixou o olhar e respirou fundo como se quisesse fugir do assunto. Angélica - Sei que o senhor amava demais minha mãe, Damião e eu sabemos. Mas já se passaram tantos anos, precisa seguir em frente! Não se cansa de viver só para o trabalho? César - Chega de falar de mim e Maurício tem se comportado? Disse que assim que voltassem dessa viagem começaria a trabalhar comigo na empresa, ele precisa deixar de ser tão encostado e viver as suas custas. Angélica - Papai, por favor eu já disse para deixar esse assunto comigo, estamos aqui para que eu consiga engravidar. Não vou encher a cabeça dele com isso, pelo menos não aqui! César - Está bem, mas assim que voltarem eu quero ele ás 7:00 da manhã e de terno na empresa! Angélica - Eu te amo! Resmungão! César - Também te amo princesa. Os dois desligam... "Algumas garotas nascem com tanto e outras com tão pouco, pensou ele." Se lembrou do que Consuelo havia lhe dito, por quais dificuldades ela poderia ter enfrentado para tentar tirar a própria vida? Mensagem no w******p: Daniela - Já que nosso jantar foi adiado, será que podemos nos ver amanhã? Ás vezes acho que te sufoco, mas é que quase nunca tem tempo para você e isso me preocupa. César - Claro você está certa, passarei para te buscar ás 20:00. ... "César eu preciso te conquistar por inteiro, entrar em sua mente e roubar seus pensamentos de uma vez por todas. Não importam os meios...eu vou ser rica, vou ter tudo o que eu mereço custe o que custar!" Passei a noite inteira acordada naquele leito de hospital, o cheiro de doente me deprimia e aquele lugar era sufocante. Eu clamava por dentro para que César me tirasse logo dali e me desse tudo o que eu mereço, pedi a uma das enfermeiras um batom delicado pois eu queria que ele me visse sempre bela. Mall terminei de passar e ele surpreendentemente cedo chegou para me ver. César - Bom dia Consuelo. Como se sente hoje? Eram perceptíveis os olhares dele para os meus lábios, desde o primeiro instante sei que ele imaginou muitas coisas. Consuelo - Me sinto ainda dolorida...e essas flores tão bonitas? César - As trouxe para você, para deixar esse quarto mais alegre e melhorar seu astral também. Me sentei na cama,ele colocou as flores na mesinha ao lado e se sentou na cadeira bem de frente para mim. Estava como sempre bem perfumado e elegante eu sabia que aquele olhar insidioso, não era só compaixão paternal. Consuelo - Por que está me olhando assim? César - Me desculpe, tenho que admitir que você mexeu comigo. Toda essa situação... Consuelo - Por favor, já chega! Eu agradeço por tudo o que fez por mim, sei que esse hospital é caro estou sendo bem tratada aqui como nunca fui antes, mas ainda me resta um pouco de orgulho apesar de tudo. Prefiro que o senhor vá embora, devem me dar alta em poucos dias e não quero que venha me olhar assim como se eu fosse digna de pena! Ele se levantou e colocou as mãos na cintura e depois passando-a nos queixo visivelmente irritado. César - Quanta amargura, vim lhe trazer flores e assim como ontem me expulsa! Seu plano de acabar com a própria vida falhou e para sua tristeza se jogou na frente do carro errado. Isso significa que ainda que me expulse mil vezes, não vai me convencer a te largar a própria sorte. Consuelo - Então... César - Quero te ajudar, mas antes tem que me dizer por que está assim tão deprimida e revoltada com tudo e todos? Consuelo - Não posso! César - É claro que pode e vai me contar. Ou prefere que eu converse com um psiquiatra, alguém que atenta contra a própria vida precisa no mínimo ser acompanhada por um bom médico. César se sentou mais uma vez naquela cadeira e me olhou nos olhos, não poderia adiar mais iria ter que contar a ele de uma vez. Consuelo - Não faça isso por favor, não me interne...estou cansada César, me sinto sozinha e fraca. César - Soube na recepção que não pediu que entrasse em contato com ninguém. Não tem família? Consuelo - Eu tinha mas... César - Anda menina, confie em mim. Fale o que te aflige tanto! Suspirei fundo... Consuelo - Éramos uma família comum meu pai me amava tanto, eu era a princesa dele até que minha mãe morreu e ele se casou novamente. Felizmente minha madrasta era uma boa pessoa e tinha um filho, ele era mais velho que eu, tinha 19 anos quando foram morar com a gente. Mas meu pai foi assassinado e uns anos mais tarde minha madrasta morreu de câncer, ela adoeceu de tanta tristeza...eu só tinha 12 anos e não havia ninguém mais que pudesse se responsabilizar por mim.... Desta vez chorei de verdade, doía ter que trazer a tona tantas coisas horríveis do passado. Mas era preciso César tirou um lenço do bolso e me deu. César - Por favor não chore, se acalme e continue contando. Consuelo - Me levaram para um abrigo de menores, fiquei lá por alguns meses até que meu irmão foi me buscar. Ele havia conseguido um trabalho e a casa ficou de herança toda para ele até que eu fosse maior e pudesse reivindicar minha parte, me lembro como se fosse hoje...respirei aliviada por que iria para casa. Ainda que não encontrasse minha madrasta ou meu pai aquilo ainda era meu lar! César - E depois...? Consuelo - Eu cozinhava e ele pagava as contas por que obviamente eu não podia trabalhar ainda. Os dias passaram e ele começou a se aproximar de mim, com carinhos estranhos e muito além do que devia. César - Meu Deus, mas você era só uma criança! Que maldito! Consuelo - Ele me tocava, sempre fui bem bonitinha as coisas foram piorando conforme os anos iam passando e eu como ainda era inocente não entendia onde ele queria chegar, assim passamos alguns anos até que quando eu completei 15 anos de idade ele e eu... César - Ainda era uma menina, você ainda é uma! Consuelo - Eu sabia sim César, o que estávamos fazendo e deixei acontecer, até não aguentar mais. Eu o denunciei ele está preso...fugi daquela casa para não me mandarem de volta para o abrigo. Passei fome nas ruas até encontrar um anjo da guarda, o Flor! César - Flor? E quem é ela? Consuelo - Na verdade é ele, ou melhor...você me entende não é? César - Entendi. Consuelo - Ele me encontrou em uma noite e eu tinha acabado de levar uma surra das outras meninas de rua, brigávamos por tudo um pedaço de papelão para deitar em cima, um lençol velho e rasgado. Eu estava toda roxa em um canto de rua e ele me viu, me olhou assim como você aqui nessa cama de hospital e me levou para casa dele. Recebi cuidados, carinho e o pouco que tinha dividia comigo, ele até pagou para que eu estudasse pelo menos até o ensino médio. César - Percebi que você fala muito bem, parece bem instruída...graças ao Flor!
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