Capítulo 2

2020 Words
Corei e sorri timidamente, César tinha uma voz especialmente sensual ainda que as vezes parecesse autoritária. Eu já conhecia seu rosto pelas revistas, mas poder ouvir sua voz assim tão de perto era fascinante. Sempre acreditei que chegaria mais perto dele, porém não tão rapidamente. Consuelo - Sim, graças a ele eu aprendi a me virar. Mas o destino de novo me pregou uma triste cilada, armaram para ele e o acusaram de um crime que ele não teve culpa, tanto que o pobrezinho teve que fugir para não ser preso. Estou morando no apartamento dele, mas logo terei que sair por que não somos parentes e irão me descobrir morando lá sem ele. Cesar alisou as próprias mãos demonstrando preocupação, eu queria dar o golpe perfeito então estudei um pouco sobre linguagem corporal e a dele era fácil perceber. César - É mesmo uma situação bem complicada, mas para tudo há solução nesse mundo. Consuelo - Ontem eu tinha ido até sua empresa buscando uma oportunidade de trabalho e disse a mim mesma, que se eu não conseguisse iria dar fim a toda essa luta... César - Devia ter entrado e falado com Antônia. Consuelo - Eu tentei, mas ela nem sequer me deu uma chance. Me olhou como se eu fosse uma completa incapaz! César - Apesar de tudo o que me disse, ainda acho que desistiu muito fácil dos seus sonhos, não pode se dar por vencida quando as dificuldades aparecem no caminho. Eu vou te ajudar, mas tem que parar de sentir pena de si mesma, passe a ver tudo o que te acontece como uma boa oportunidade. Consuelo - E por que o senhor me ajudaria? (Suspirei) Com certeza por pena. César - Não vou mentir, sua história me comoveu muito, mas vejo em você um potencial enorme. É jovem e inteligente, pode crescer na vida e chegar muito longe...deve ser mais ambiciosa! Consuelo - Você acha mesmo César? Sorri e ele retribuiu olhando para os meus lábios. César - Tenho certeza absoluta Consuelo! Eu sorri e mais uma vez César tocou minha mão, ele também estava aproveitando aquelas oportunidades e sua pele clamava por mim, tanto quanto eu pela minha vingança. ... A noite chegou e César voltou para casa, retirou sua gravata e foi tomar um banho. Ficou pensando naquela jovem que havia conhecido, era linda demais...poderia ser sua filha, mas não era e havia entrado com força em sua mente. Não podia negar que ela o deixava muito excitadoo. Era muito novinha e não usava aliança, mesmo sendo milionário e tendo tantas mulheres aos seus pés...jovens, maduras ele nunca havia ficado com uma, naquela faixa de idade. Procurou Ana para passar sua camisa branca, se vestiu e se perfumou enquanto trocava seu relógio de pulso por um mais elegante. Ana - Vai sair com dona Daniela essa noite? César - Sim, ela está me cobrando a dias um jantar, tenho trabalhado muito e estava difícil conseguir tempo. Ana - Tem que dar mais atenção ao seu namoro, dona Daniela é muito elegante. César - Daniela e eu não temos nada sério, sempre deixei as coisas bem claras entre nós. Ana - Me perdoe por dizer, mas acho que deveria pensar em refazer sua vida se casando de novo. Logo Damião vai também construir uma família, assim como Angélica e não quero ver o senhor sozinho aqui nessa casa enorme. César - Não fique pensando nessas coisas, não me preocupo com nada disso. Ele suspirou, mas não deu muita atenção ao que Ana lhe disse, por que sua cabeça estava em outro lugar. César parou na porta da casa de Daniela, desceu do carro e ela o cumprimentou comum selinho...ela sempre achou que beijos mais ardentes eram coisas para se fazer apenas na cama. Daniela - Está especialmente elegante esta noite César! César - Você também Daniela, vamos? Ele abriu a porta do carro e foram para o restaurante, chegou e entregou as chaves do carro para o manobrista e de mãos dadas os dois entraram no lugar. Um dos restaurantes mais caros e luxuosos do país, o garçom puxou a cadeira para Daniela enquanto César se sentava e pedia a carta de vinhos...fizeram seus pedidos e alguns minutos depois... Daniela - Parece que está aqui só de corpo presente, nem sequer tocou na comida e diga-se de passagem, está excelente. César - Me desculpe querida, hoje sei que estou sendo uma péssima companhia. Daniela - Tudo bem. Sabe que pode me dizer tudo, está com problemas na empresa ou com o marido de sua filha talvez? César - Felizmente não é nada com Damião ou Angélica, tampouco sobre a empresa. Vamos esquecer os problemas e brindar a volta de Damião que acontecerá em alguns dias. Daniel - Fico feliz em saber que ele estará logo de volta, vamos brindar! "César deve subestimar minha inteligência ou capacidade de perceber quando a atenção dele me era roubada, ele havia conhecido outra, mulher esse sinais eram claros para mim depois de três divórcios no currículo. Aquela inquietação, sempre de olho no relógio como se estivesse aqui comigo para cumprir uma obrigação profissional, só me resta saber quem é ela." Depois de beberem aquela caríssima garrafa de vinho Irlandês, ele pediu e pagou a conta. César - Vamos? Daniela - Sim! Os dois saíram juntos e assim que Daniela saiu do carro, lhe deu um forte abraço e um beijo desta vez mais forte e apaixonado. Daniela - Quem sabe assim, eu consiga ficar nem que seja um pouquinho nos seus pensamentos. César - Tenha uma boa noite. "Achei que iríamos para a casa dele, César nunca foi homem de frequentar motéis...jamais deixaria de estar no conforto de sua cama para se deitar em outro lugar. Achei que eu tivesse um lugar especial em sua mente, já que havia dormido aqui em casa por algumas vezes, mas ele estava distante demais nessa noite." Ele sorriu e voltou para a casa, parou na cozinha e conversou com Ana como sempre fazia, e deu um profundo suspiro olhando para a parede e depois para ela. César - Se lembra da garota de ontem? A da empresa... Ana - A maluca que se jogou na frente do carro do senhor? como eu poderia me esquecer de tamanha maluquice. Os dois sorriram, mas ele logo se lembrou da triste história que havia descoberto sobre o passado dela e aquilo estava entalado em sua garganta. Não quis contar a governanta que já estava pensando em muitas formas de ajudar aquela jovem e seria muito mais do que dar um simples emprego, por que ai sim daria total liberdade para que pensassem em um romance entre eles. César - Consuelo precisa da minha ajuda, quero mudar o futuro dela. Já sofreu demais na vida e nem sequer tem onde morar. Acha que estou me precipitando por querer isso para alguém que mall conheço? Ele é um homem vivido, mas Ana era ainda mais experiente e sempre lhe aconselhava por que era muito mais que uma empregada e sim uma amiga da família. Ana - Acho que não e quem sabe, pode dar um emprego em alguma das filiais da empresa, pois são muitas e sempre surgem novas vagas. E senhor disse que ela é bem jovem, pode crescer profissionalmente e mudar o destino dela mesma. César - Ela tem ambição, eu pude sentir no jeito imponente com que ela fala comigo. Não teve receio de se abrir, mesmo sabendo que poderia julga-la por coisas que ocorreram no passado. Vou ser uma espécie de mentor, transformarei essa garota em uma grande profissional. Ana - Cuidado meu caro César, muitas vezes o leão devora o domador! Ele negou com a cabeça. César - Você não sabe o que está dizendo, Consuelo é um anjo de garota...se vê a léguas que não é mais uma no meio da multidão. Nunca havia visto olhos como os dela e se algum dia ela chegar a ser mais competente que eu nos negócios, será por mérito próprio. Chega de tanta conversa, preciso acordar bem cedo amanhã e organizar a reunião com os novos acionistas. Tenha uma boa noite Ana. Ana - Boa noite César, durma bem. Ela se preocupou ainda mais com esse desejo excessivo do patrão em querer instruir e dar poder a essa jovem, que m*l conhecia, Ana não era de fofoca, mas sua posição de protetora da família permitia a ela se envolver em tais assuntos. Resolveu ligar para Angélica e dizer o que o pai pretendia sobre essa tal jovem tão promissora e saber o que ela achava disso, mas não atendeu. "Angélica precisa voltar e logo, essa moça não sei por que...quando César diz seu nome, eu sinto arrepios." César entrou no quarto, desabotoou os botões dos punhos da camisa e se sentou em uma poltrona alisando o queixo enquanto se lembrava da conversa de mais cedo: Consuelo - E por que o senhor me ajudaria? (Suspirou) Com certeza por pena. César - Não vou mentir sua história me comoveu muito, mas vejo em você um potencial enorme. É jovem e inteligente, pode crescer na vida e chegar muito longe...deve ser mais ambiciosa! Consuelo - Você acha mesmo César? O que posso fazer para te ajudar garota? Por onde devo começar? ... Ainda naquela noite... Consuelo fazia uma importante ligação. Consuelo - Pode passar minha ligação para o Flor? Quer dizer...para o Júlio! Sandra - Sim, um instante por favor. Flor - Finalmente entrou em contato sumida. Me atualiza, como anda seu plano? já se aproximou do poderoso César Capetillo? Consuelo - Sim, mas infelizmente não consegui trabalho naquela empresa e tudo por causa daquela secretária do diabbo! Tive que apelar para o plano B e não tive outra saída... Flor - Não me diga que você teve coragem de...? Consuelo - Exatamente isso, me joguei na frente do carro do velho paspalho em frente ao estacionamento.(Risos) Tinha que ver a cara que ele fez na hora, estou aqui em uma cama de hospital com a perna quebrada e muitos arranhões! Flor - Você sempre me surpreende pela coragem e loucura. Mas é como você sempre diz, não importam os meios desde que chegue ao seu objetivo! Consuelo - Contei a ele tudo, quase chorou comigo e não perde a chance de me tocar sempre que pode. Flor - Acha que ele já vai te levar para casa dele? Consuelo - Ainda não, ele não é tão impulsivo. A anos não se relaciona sério com ninguém, esse peixe não é tão fácil de fisgar e é justamente esse desafio que me excita nele. Flor - Devia ter pego o filho, ele seria mais fácil de manipular. O coroa é vivido e não cai fácil na lábia de vigaristas. Consuelo - De jeito nenhum, eu só aposto alto, o dono da fortuna é o César. O cabritinho só há de colocar a mão na empresa quando ele morrer, ainda terá que dividir boa parte com a sonsa da irmã. Você é a única pessoa neste mundo que sabe o que realmente quero e só o César pode me dar. Flor - E como sei, só toma cuidado para não ser descoberta antes de conseguir seu objetivo. Sairei em alguns meses do meu esconderijo e assim vou te ajudar, mas até lá precisa se virar e quando conseguir a proteção dele, nada mais poderá sair errado. Consuelo - Pode deixar e não se preocupe comigo, agora vou poder te ligar com mais frequência. Te amo! Flor - Também te amo, você é uma diaba! Consuelo - Eu sei. A parte de mim que sentia pena de dar um golpe, havia morrido no dia em que decidi me vingar. Nesta vida só existem duas coisas que não te deixam em paz o ódio e o desejo de vingança e eu tenho os dois na dose certa. Fiquei nua em frente ao belo espelho daquele quarto, alisei os meus seioss desenhando delicadamente cada uma das minhas curvas. Consuelo - César nunca poderá me resistir, tenho tudo o que preciso para remover o pouco juízo que lhe resta!
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