capítulo 06- Doni

1353 Words
Doni narrando capítulo 06 cont ... - Oo dona onça… para de drama, na moral. falei, encostando o cotovelo na mesa. - Não é pra eu pegar a mina não… quer dizer… não agora. É só pra saber qual é a dela, entender o que ela tá fazendo na minha quebrada. -Sei… "investigar" . ela fez aspas no ar, com a cara mais debochada do mundo. -Donizete, você acha que eu nasci ontem? -Pô, Dona Cida para de me chamar assim . eu mando aqui. Tudo que entra e sai da Grota passa pelo meu conhecimento quero saber sobre essa Lorena se e oque ta falando mermo . Se aparece alguém de fora, andando de salto no beco, sorrindo pra todo mundo… eu tenho que saber se é amiga ou inimiga. -E precisa saber até a cor da calcinha dela pra isso, é? ela rebateu, me olhando com aquele olhar que atravessa. - Não viaja. dei uma risada curta. -Eu só quero entender se essa Lorena é mesmo esse anjo enviado ou se tá com segundas intenções. Porque tu sabe… ninguém chega aqui à toa. Ela ficou me encarando, como quem tava pesando as palavras. -E desde quando você virou defensor da moral, Donizete? ela perguntou, sem nem virar. -Desde sempre. respondi com aquele sorriso safado. -Só que tu nunca percebeu. Ela deu uma risada curta, balançando a cabeça. Eu sabia que tinha plantado a pulga atrás da orelha. Dona Cida é durona, mas quando se trata de proteger a Grota, ela é pior que eu. E era nessa brecha que eu ia entrar. -Tá bom… ela disse, virando pra mim. - Eu vou descer jaja pro escritório, tá lá na agenda. Mas se eu descobrir que tu tá querendo é meter a tora nessa moça, juro que eu mesma te dou um cascudo. -Fechado, dona onça. falei, levantando depois de secar a xícara de café, e fui da um beijo na testa dela.- Tu sabe que comigo é só trabalho… falei rindo .Saí dali já com o plano na cabeça. Trabalho, claro… mas se no meio do “trabalho” a Lorena resolver se perder no caminho, aí já não era culpa minha. Desci o morro já olhando pro movimento na rua. O sol batia forte, o beco tava vivo criançada jogando bola, rádio ligado em algum pagode antigo, cheiro de café vindo das janelas.Peguei o caminho do boteco do Baixinho, onde costumo bater ponto com os cria fica perto de uma das boca mais movimentada . - Fala aí, Doni... Baixinho chegou já limpando um copo.Fiz sinal com a mão de que não queria a dose . -Ta sabendo que tem uma loira nova na área ne ja vou deixa a sua disposição pra mais tarde. - Tô sabendo... falei, fingindo desinteresse. - Mas tu sabe que se for novinha inexperiente não quero não, muito menos emocionada .Ele riu, mas eu percebi o jeito como ele abaixou a voz. -Dizem que tem a pepequinha apertadinha , gostosa aparentemente. Bonitona, sorriso fácil… dessas que todo mundo para pra olhar. Eu fiquei só ouvindo. Já sabia quem era mais ou menos , tava na boca de geral já não tem jeito fi , tava se enturmando rápido demais pro meu gosto. Saí do balcão e fui pra frente do bar , Jhow encontou na merma hora . Com a cara fechadona ja sabia que vinha treta . - Qual foi meu parceiro , sua mina dormiu de calça jeans hoje . gastei com ele . - Mulher é só dor de cabeça meu parceiro .ele falou negando com a cabeça, puxou a cadeira e sentou pedindo uma gelada pro baixinho . Não demorou nada o rádio tocou . -Fala, chefe… o bagulho na rua da laje tá pegando fogo. - Que foi agora? perguntei, achando que era treta de moleque no campinho. - Briga da mulher do jhow com p**a da manuzinha fi… ele falou, segurando a risada. - tão se arrancando na porta da casa .Dei uma risada curta olhando pra ele que levantou na merma hora e já foi montando na moto , fez a volta e subiu disparado igual foguete . -Tá tirando… segura aí que eu tô chegando. Já imaginei a cena gritaria, criançada curiosa, uns filmando pra postar nas página c*****o eu com um monte de B.O pra resolver e essas mina se atracando ,fazendo zona nessa p***a . -Vamo lá ver essa p***a antes que vire bagunça. falei, ajeitando a glock na cintura . Chegamos e o clima tava daquele jeito a Bia com o vestido todo rasgado, a josi berrando que a bia era “p**a de esquina” e talarica , toda descabelada, ameaçando que ia quebrar ela inteira enquanto o jhow abracava ela pela cintura afastando uma da outra na frente de todo mundo. Uns caras segurando a bia . Mas as duas querendo voar de novo. - Acabou a palhaçada! gritei, entrando no meio e dando um tiro pro alto . -Aqui não é circo pra vocês ficarem fazendo show, não p***a .As duas congelaram, bufando, mas sem parar de trocar olhar de ódio. Eu sabia que se eu saísse, voltava tudo. - Ae jhow leva tua fiel daqui p***a ou eu vou cobrar ela tambem . Ou vocês resolvem no papo, ou vou cortar a rua pra ela . Mulher não pode bota a cara pra rua que arruma treta p***a . falei firme. Elas se calaram, cada uma virando pro lado. Mas eu conhecia… a treta não ia morrer ali. Só ia dar um tempo até a próxima faísca. ele custou pra colocar ela pra dentro e bateu o portão. - Não é justo aí só eu que levo r**m , patrão. Ela falou se soltando e vindo pro meu lado . - Cala a boca sua p**a do c*****o . Ce tá se achando demais c*****o veio caçar assunto no portão do cara? vai da o papo . - Eu tava passando ... falou se fazendo . - Te conhecendo como eu conheço. Duvido filha da puta... falei, encarando ela de cima a baixo. - Tu acha que eu sou o****o pra acreditar que tu só tava “passando”? Passando é o c*****o, tu veio foi provocar. Ela levantou o queixo, debochada. -E se eu provoquei mesmo? A mulher dele é toda metida a dona da rua, merece levar uns corte. -Corte é o c*****o ! falei, batendo o dedo no peito dela. -Aqui quem decide quem merece o quê sou eu. Não vou segurar treta de xereca não v***a .Uns moleque do canto começaram a rir, mas eu virei e já mandei calar a boca. Não queria plateia. -Ó… falei baixo pra ela, quase colado no ouvido. - Da próxima vez que eu te ver causando, eu não vou separar não. Vou deixar a mulher te arrancar o couro. Ela riu de nervoso, ajeitou o vestido rasgado e soltou. - Tá bom, patrão… mas se fosse comigo, tu ia gostar da confusão. falou achando que ia me dobrar . virou as costas achando que ia sair ilesa . - Aonde tu pensa que vai p*****a? falei seco, apontando com a cabeça. Ela travou ,virou olhando pra mim novamente . - Pode raspar . Ela aregalou os olhos, e foi andando de costas ,um dos cria empurrou ela pro meio da roda ela ficou entre os cria cercando . A nandão fez ela ajoelha segurando pelo cabelo , e começou o trampo, raspando a cabelo cacheado dela fazendo vários caminho de rato enquanto ela chorava , assisti a cena de braços cruzados e sorriso largo . Essa p*****a procura fi . Eu sei que a josi também não leva desaforo tá sempre arrumando treta mais não dou o direito dela tá bagunçando na comunidade só porque o marido dela e meu braço direiro. Esperei a Nandao termina o trampo e parti pro escritório da dona onça pega o número de quem eu tô querendo . Quando eu cheguei lá não perdi tempo já fui mandando mensagem e agora , é só espera . comentem meus amores deixe bilhetinho.
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