A Alquimista e o Cavaleiro

Parte 2

O plano deles deu certo!

Uma noite, Edward e seu senhor foram até a Taverna do Bosque, onde Mariah ofereceu a sua bebida com o tal ** alucinógeno. No dia seguinte, o mesmo foi procurar o rei de Woodstock, para Edward iniciar os estudos da cavalaria. E como prometido, ele foi dar as boas notícias a Mariah.

_ Oh isso é maravilhoso! Eu sabia que conseguiria, parabéns!

_ Não conseguiria sem você, minha bela! Obrigado!

E assim ele foi apresentado ao rei e deu início aos seus estudos. Geralmente o garoto começa a estudar com a idade de entre sete ou oito anos. Edward já havia passado da idade, mas mesmo assim foi aceito, porque seu senhor pagou uma bela quantia em moedas de ouro.

As moedas forjadas por Mariah.

Primeiro começou como pajem, aprendendo as habilidades sociais básicas das mulheres da casa do lorde para começar o treinamento básico no uso de armas e a cavalgar. Se dedicou a máximo em seus estudos e era o único da turma que sabia ler e escrever. Aprendeu com Mariah.

Muitos estranharam o fato de um humilde servo saber ler e escrever, pois era uma técnica destinada apenas a nobreza. Ainda assim, nem todos sabiam. Perguntaram a ele com quem aprendera.

Edward gelou. Prometera a Mariah que jamais revelaria o seu segredo, senão ela seria julgada e morta como bruxa. Inventou que um viajante vindo de terras muito distantes, ficou hospedado na Taverna do Bosque por um tempo e como não tinha muito o que fazer, resolveu ensiná-lo. Rezou para que acreditassem.

E para a sua sorte, acreditaram. Todo o reino sabia que Mariah era de fato, muito acolhedora e muitos sempre passavam pelo seu estabelecimento. Alguns deles chegavam a passar por lá por recomendação de outros viajantes.

Com o seu empenho, ele se tornou um escudeiro em pouco tempo. Logo após a sua nomeação, soube que um dos cavaleiros mais bem-sucedidos do reino, retornou de uma longa viajem em nome do rei de Woodstock e estava à procura de um novo pajem...

O cavaleiro em questão era nada mais, nada menos que Sir John Hawkwood.

Edward já ouvira falar dele. Ficava fascinado com as histórias que escutava sobre o guerreiro, cujo o nome causava temor no coração dos inimigos e ganhava a admiração dos camponeses... principalmente das camponesas.

Precisa ser o seu escudeiro a todo custo..., mas para tal feito, tinha de se livrar dos outros pajens e claro, precisa da ajuda de Mariah.

Como quem não quer nada, se aproximou do nobre cavaleiro e o convidou para ir até a Taverna do Bosque para degustar de um bom aperitivo, acompanhado de um boa cerveja por sua conta. Edward só o viu soltar uma gargalhada.

_ Se eu aceitasse todos os convites que recebi somente hoje para ir até a Taverna... engordaria a ponto de nem poder mais subir no meu cavalo.

_ Mas Mariah é minha amiga, ela pode fazer algo especial para o senhor! _ Teve de apelar para tentar convence-lo. Achando que o escudeiro queria mesmo era fazer bonito para impressionar a bela dona da taverna, ele concordou e aceitou o seu convite. 

Chegando lá, todos se impressionaram ao ver Edward com Sir John Hawkwood... inclusive Mariah. Mas impressionada mesmo ela ficou quando ele pediu para preparar a sua "bebida especial" para quem quisesse ouvir. Curiosos pela tal bebida, a maioria dos clientes também pediram. 

Não tendo outra opção, ela fez... e no dia seguinte, Edward foi escolhido pelo próprio Sir John Hawkwood para ser o seu escudeiro. Feliz com a nova categoria, ele foi dar a boa notícia a sua amada e fez questão de levar o seu mais novo senhor a taverna para comemorar.

Ela, é claro, ficou muito feliz por ele, porém ficou preocupada. Já ouvira histórias de escudeiros morrerem em batalhas no lugar de seus senhores e temeu por seu amor ficar deslumbrado com a gloria dos cavaleiros e esquecer de quem ele é ou pior, se esquecer dela.

Até porque ela sabia que Edward somente se tornou escudeiro de John Hawkwood porque este ingeriu o alucinógeno misturado no hidromel... ele e os demais clientes da Taverna, que foram induzidos por Edward a convencerem o nobre cavaleiro a escolhe-lo como o seu novo pajem e que por sua vez, foi induzido por eles.

_ Eu dei a minha palavra de um dia desposa-la, não se preocupe. Jamais esquecerei o que fez por mim!

Ali mesmo em sua Taverna, quantas moças choraram por promessas de casamento que jamais seriam concretizadas e Mariah precisou consolar todas elas. 

_ Por favor, não faça promessas das quais você nem sabe se vai cumpri e...

Ele a beijou com intensidade, em uma tentativa de convence-la a confiar nele. Ela, querendo acreditar, aceitou. Esperara anos por aquele momento, quando tivesse maturidade o suficiente para se entregar a ele.

E assim eles fizeram. Pela primeira vez, a Taverna do Bosque seria testemunha de um momento de amor. Não que já não tenha sido. Muitos casais enamorados alugavam os poucos quartos da Taverna por algumas horas para se amarem, ou as cortesãs que queriam um local limpo e mais tranquilo para atenderem melhor os seus clientes.

Mas agora é a primeira vez de Mariah e Edward.

Aproveitando que naquela noite o movimento estava fraco, ela o levou para o segundo andar da Taverna, onde ficam os quartos. Havia uma meia dúzia deles. Mariah dormia em um quartinho nos fundos, junto ao seu laboratório de alquimia...

Mas a ocasião era especial e eles estavam sozinhos.

Ali mesmo no alto da escada, ele desamarrou as cordas do corpete de Mariah, fazendo com que se abrisse, exibindo mesmo que por debaixo da blusa, a sua beleza. Ela o puxou para si para abraça-lo e rapidamente tirou a sua roupa de escudeiro.

Quando entraram em um dos quartos, ela deixou cair o restante de suas roupas. A janela daquele quarto estava semiaberta e a luz do luar refletia o todo o esplendor de seu belo corpo. Ela é do jeito como ele sempre sonhara.

Foi a vez dele. Tirou o restante de suas vestes e ficou de frente para ela, com a mão estendida. Assim que as suas peles se tocaram, um calor radiante e intenso percorreu entre eles. Sem avisar, ele a pegou com tudo no colo e a pôs na cama, como se fosse alguma joia rara a ser contemplada.

Ele se encaixou entre as suas belas pernas. Foi forçando a entrada devagar até senti-la se romper. Agora ela era sua. Foi entrando e saindo, até que finalmente alcançaram o ápice do momento. E assim que acabaram, declararam o seu amor um para o outro e adormeceram.