Capítulo 3 – A visão.

1319 Words
"Perder as coisas faz você gostar delas... Muito mais do que quando as tinha." – A escolha. *** Colin — Vira, vira, vira... Uhuul... – Eu e Ravi gritamos enquanto Darnew tenta virar outro shot. — Que isso hein ruiva, está no quinto ainda e está andando para trás. – Diz Ravi. — Jade disse que era para chegar são em casa, ou eu ia dormir com o pipox. — Quem coloca o nome de um cachorro de pipox? – Ravi da uma gargalhada. — Sua mulher é o cão Huts. – Digo virando um shot. — Quando chegar em casa, pega ela pelos cabelos, da uns belos chupoēs no pescoço dela para ver se ela não prefere, você na cama de vocês do que com o cachorro. — Cão? É uma ofensa pros coitados, sua mulher Darnew é o tipo que quando coloca os pés no chão pela manhã, até o d***o fala: "Droga, ela acordou." – White e eu rimos e Darnew segura a risada. — Eai? Vocês vão ficar aí competindo quem tem o p*u maior ou nos vamos dançar? Desde quando chegamos estamos aqui nessa mesa. E é verdade, já fazia horas que tínhamos chegado. Estamos um pouco alterados por conta das várias bebidas, e fora as bebidas que recebemos com números de garotas que os garçons trazia. Ravi já guardava todos no bolso, e eu? Fazia o mesmo. Penso em Olívia o tempo todo, mas tento não deixar sua lembrança me consumir, porque pensar nela casada está me matando. E todas as chances que achei que tinha foi por água abaixo. Estou morrendo sem está doente. — Então vamos. – Huts diz. — Olha ele, cuidado Jade pode pode está por aí te vigiando. – Ravi fala e Darnew vira a cabeça freneticamente à procura da esposa. — Não seja m*l Ravi. – Digo dando um tapa no ombro dele e levantando. Descemos as escadas, saímos da área vip e começa uma música que logo reconheço it feels like. As luzes mudando a todo momento de cor, as mulheres rebolando suas bundas a nossa volta, olho Ravi já grudou na cintura de uma e Darnew coitado esquivando de algumas e mostrando sua aliança, mais não adiantava... Dou uma risada e balanço a cabeça em negação. Ele vai chegar com esse cheiro de mulher em casa o coitado está ferrado. Enquanto danço com uma garota, de repente as luzes mudam de cor, a música também muda e no meio daquela multidão vejo uma em especial vindo em minha direção. Olívia? Então ela para em minha frente com o olhar mais sexy que ela tem, me deixando doido. O que ela faz aqui? Quando menos espero começa a passar a mão pelo meu rosto e desce para meu abdômen, não hesito nenhum momento e agarro nos seus cabelos, puxo-a pela cintura e mato toda a minha saudade em único beijo. Desgrudo dela para recuperar o fôlego, quando vou dizer para sairmos dali, abro os olhos pisco três vezes, não acreditando o quanto Liv estava em mim. Eu sei disso por quê quando olho para a pessoa à minha frente não era Olívia. Eu afasto dela e quando me vejo já estou dentro do meu carro, com a cabeça no volante frustrado com a dor sombria que tenho vivido há anos, uma vez que você toca nas trevas, elas nunca mais vão embora. Essa é a minha vida e tenho que aceitar porque a luz da minha vida já se foi... Inferno! Chego em casa jogo as chaves no sofá e vou logo pro chuveiro para tentar aliviar toda tensão do meu corpo, coloco a cabeça na parede e deixo a água cair pelo meu corpo. É tão difícil carregar uma saudade sozinho. Termino meu banho, enrolo uma toalha na cintura e vou ao meu closet pego uma calça de moletom preta e deito na minha minha cama fitando o teto, me concentrando na luz entrando no meu quarto vindo da lua através da minha sacada. Viro-me para o lado e vejo o meu violão e penso porquê, não? — ...Tudo tem um começo e um fim Eu vejo a dor em seu olhar E mesmo sem querer eu te deixo partir Pra que possa tentar ser feliz Outra vez recomeçar E quando eu me perco em suas memórias Vejo um espelho contando histórias Sei que é difícil de esquecer essa dor E quando penso no que vivemos Fecho os olhos, me perco no tempo Pra mim não acabou. Sei que você vai seguir Mas eu não vou desistir Eu espero que você se entregue neste amor Sei que você vai seguir Mesmo com a dor Vai lembrar de mim... Paro de cantar quando ouço meu celular vibrar ao meu lado, número que desconheço. — Alô? – Falo. Olívia — Gente, preciso fazer xixi. – Digo levantando da mesa, pego a minha bolsinha de mão e saio. — Estamos esperando aqui. – Dany diz gritando e percebo o quanto ela já está doida. Saio trocando as pernas, coloco a mão na cabeça e sinto uma dor, acho que já bebi muito, minhas vistas estão um pouco turvas. Já faz horas que estamos neste bar com os meninos, sempre fui meio fraca para bebidas. Mesmo tendo praticado muito, afinal, foi o que restou quando estou longe da minha família e quando quero esconder qualquer sentimento. Vou para fora e vejo que tem quatro mulheres para fila do banheiro, tenho que esperar encosto na parede porque parece que vou cair a qualquer momento. Pego meu celular no bolso, acho que irei chamar um táxi pois não tenho condições de dirigir e muito menos t*****r com o bonitão que está sentado ao meu lado no lá dentro do bar. Enquanto desço a lista me deparo com um número, Colin. Porque tenho o contato dele ainda? Então lembro-me que nunca tive coragem de apagar, no fundo sabia que era por causa de Megan. — Seu desgraçado. – Falo em voz alta e vejo a morena ao meu lado me olhar como se eu fosse louca, e encolho os ombros. Quer saber o que importa, só tenho que clicar nesta lixeira aqui embaixo e acabo com todo esse tormento, mais não, quando vejo estou discando para o número, louca...Sem saber o porquê. Por sorte este número já deve está desativado. — Alô? – Diz sério, meu coração para ao ouvir sua voz, é talvez eu estivesse iludida, ele ainda tem o número ativo. Merda! — Alô? Se não dizer quem é, irei desligar. — Oi. – Começo a rir sem saber o por quê e por qual motivo... — Liv? É você? – Diz surpreso. — Ha, ha, ha, buu... Acertou! Sabia que você foi o único cretino que passou pela minha vida nesses 8 anos? Culpa sua seu desgraçado, nunca mais tive nenhum relacionamento estável. – Falo com a voz arrastada e claramente bêbada. — Olivia você está bêbada? Aonde você está? Já são 1h da manhã mulher. Qual sua localização, eu irei te buscar agora. — Humm... E desde quando se importa? Você só se importa em mentir, mentir e mentir... — Olivia King me responde agora. — Não...ops! – Digo, quando saio correndo e vomito no meio fio. — Olivia? — Tchau. Desligo o telefone e continuo a colocar toda a merda que bebi para fora. Levanto e quase caio, seguro em um poste e fico ali respirando fundo e agora realmente ligo para táxi e o espero. Minutos depois a minha carona chega e sinto algumas tonturas, minha cabeça gira, meu estômago doi... Quando abro a porta do carro e faço mensão para entrar, sinto um aperto em meu braço e a tal mão puxa-me. Olho para trás para ver quem é, mesmo com as vistas meio embaçadas consigo nitidamente reconhecer o homem à minha frente. — Colin? E então não vejo mais nada, tudo simplesmente fica escuro.
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