Sete

1482 Words
Ponto de vista de Sheila Todo o meu corpo parecia ter sido atingido por um raio e meus sentidos estavam acelerados. Eu não conseguia pensar. Não conseguia respirar. Com os lábios de Killian nos meus. Seu cheiro e toque consumiam meu corpo, me deixando fraca e necessitada por dentro. Isso acendia faíscas eletrizantes que faziam o meu corpo responder ao dele. Ele segurava minha cintura firmemente e puxava meu lábio inferior, o chupando delicadamente. Eu gemi, Killian aproveitou a oportunidade para mergulhar sua língua na minha boca. Minhas pernas ficaram fracas, perdendo a força, e eu me joguei nos braços fortes dele, que me acolheu com as mãos ao redor do meu corpo. Killian deslizou sua mão em meu cabelo e me puxou para mais perto dele enquanto seus lábios continuavam explorando minha boca. Era mágico. Ser beijada por Killian fazia tudo ao meu redor desaparecer e parecer irrelevante. Eu não tinha ideia do que estávamos discutindo um minuto atrás. Eu me perdi na sensação. Oh, deusa! O que esse homem estava fazendo comigo? Será seguro sentir assim perto de um homem que nem é meu? Mas eu não consigo controlar a forma como ele me faz sentir. Era bom sentir cada parte de mim se encaixando a cada parte dele. Eu gemi e corri minhas mãos pelo seu peito, tentando acompanhar seus beijos possessivos. Ele pressionava mais os lábios enquanto sua língua continuava a saborear cada canto da minha boca. Eu gemi enquanto ele soltava mais grunhidos, acariciando meu corpo. Eu fiquei faminta por mais. Deslizei minhas mãos por debaixo de seu peito, esfregando meu quadril contra o dele. Minhas mãos subiram por suas costas, encontrando seu cabelo que puxei com força. Continuei esfregando meu quadril contra o dele como se minha vida dependesse disso. Eu queria muito senti-lo contra a minha pele desnuda. Tê-lo dentro de mim. De repente, eu odiava a modéstia das nossas roupas que nos separava. Killian rosnou contra meus lábios enquanto me levantava do chão e me carregava em seus braços, me prendendo contra seu peito e eu enroscava minhas pernas ao redor de sua cintura. Ele procurou pela cama e senti minhas costas pressionadas contra ela com o corpo dele sobre mim. Eu tremi sob seu imenso corpo. Eu estava ofegante quando seus lábios deixaram minha boca e traçaram beijos leves pelo meu pescoço, onde sua marca deveria estar. Ele chupou minha nuca, suas mãos deslizando por debaixo do meu vestido. Senti seu toque na minha pele, deixando um rastro sensual que eu estava acostumada, e de repente, Killian congelou no lugar. Por que ele parou? Seus olhos se ergueram para me encontrar e eu o observei com confusão. A névoa escura havia sumido de seus olhos, parecendo tê-lo acordado de qualquer transe em que ele estava. Killian se afastou de mim como se eu fosse uma praga e se levantou da cama, resmungando palavras amaldiçoadas enquanto me encarava com ódio nos olhos. O que eu fiz agora? Killian passou o dedo pelo cabelo loiro, olhando para mim na cama. Com um olhar indecifrável, ele saiu furiosamente do meu quarto, me deixando sozinha. Eu caí de volta na cama, lutando contra a vontade de gritar nos travesseiros. O que diabos está errado comigo? Como eu pude me permitir cair tão profundamente? Meu corpo ainda não tinha voltado ao normal, eu me sentia muito quente para o meu gosto, e somente Killian Reid poderia saciar essa fome intensa dentro de mim. Eu odiava esse sentimento. *** Ponto de vista em terceira pessoa Kaiser Black desceu do cavalo, deixando as rédeas nas mãos de um dos guerreiros do bando. Suas pernas se moveram rapidamente enquanto ele entrava apressadamente na casa do bando. Seu rosto não mostrava nem um indício de seus pensamentos. Ele passou pelos longos corredores, acelerando os passos ao virar para os aposentos dos Alfas. Uma última curva e ele se aproximou da porta alta no final do corredor. Ele deu uma batida forte antes de empurrar a porta aberta. Seus olhos percorreram o quarto até caírem na bela mulher sentada em uma cadeira enquanto penteava seu cabelo. Os olhos da mulher se ergueram, notando-o.  "Kai, o que aconteceu? Você parece...", a mulher se levantou abruptamente da cadeira, seus olhos preocupados avaliando Kaiser. "Estou bem, Denise. Realmente não é nada. Onde está o meu irmão?", ele questionou a mulher apressadamente.  Ela pôde sentir a urgência extrema em seu tom e respondeu rapidamente: "No escritório." Sem perder um segundo, Kaiser se dirigiu à porta, caminhando rapidamente em direção ao escritório de seu irmão. Assim que chegou à porta, ela foi aberta com um movimento brusco. O quarto estava escuro como sempre. Apenas o fogo crepitante nos cantos da sala tentava fornecer um pouco de calor e luz. Mas não era suficiente. No final do grande escritório, uma figura alta e enorme estava posicionada atrás da mesa de madeira, imersa na pilha de papéis espalhados em sua mesa. Ele não ergueu o olhar. Kaiser suspirou, fechando a porta atrás de si e atravessando a sala.  "Ainda trabalhando até tarde, irmão?" Kaiser se acomodou na cadeira em frente ao homem, mas suas palavras não obtiveram nenhuma reação por parte dele. Os irmãos compartilhavam uma semelhança marcante. Ambos tinham corpos que pareciam ter sido esculpidos pelos deuses e cabelos que caíam ao lado, com a cor de um marrom escuro. Enquanto os olhos de Kaiser Black eram castanho-avelã profundos, o outro homem tinha olhos magenta-escuros que combinavam muito bem com ele. "A cerimônia da Luna para a Alcateia Crescente do Norte foi realizada hoje à noite."  Colocando os cotovelos na mesa, Kaiser esfregou o queixo, ignorando o grunhido habitual que sempre escapava dos lábios de seu irmão ao mencionar aquela alcateia. "Leonard, eu estive lá", enquanto Kaiser falava, sua voz se tornava suave. Mas o homem, Leonard, ainda não respondeu, ocupado mergulhando sua pena de tinteiro na poça de tinta preta na mesa. Embora não estivesse dizendo nada, sua expressão facial trazia as palavras: "Por que você sequer foi lá?" Kaiser ignorou as preocupações não ditas de Leonard.  "Leo, eu vi...", Kaiser pausou, parecendo considerar um pensamento por um quarto de segundo antes de continuar, "Ela." As últimas palavras pareciam ter algum tipo de magia, porque Leonard parou de se mexer, seus olhos em magenta-escuro caindo sobre seu irmão. Seu aperto no pincel foi firme, quase em uma tentativa de dividi-lo ao meio. "Ela realmente...", ele parou suas palavras, engolindo um nó na garganta.  Era óbvio que ele estava tendo dificuldades para completar aquelas palavras. Mas Kaiser fez um aceno com a cabeça, mesmo assim.  "Ela parece completamente diferente, mas eu posso sentir. É ela", ele parecia mais certo conforme suas palavras deixavam seus lábios. "Você não pode ter tanta certeza; faz muito tempo", Leonard disse. Kaiser parecia um pouco ofendido pelas palavras de seu irmão. Ele retraiu o cotovelo da mesa, inclinando-se na cadeira.  "Eu a reconheceria sem dúvida. Ela realmente é…" "Chega, Kaiser", Leonard fechou os olhos, beliscando a pele em sua testa. Ele estava frustrado; todos eles estavam, "Por favor", acrescentou, suplicante, afastando uma mecha de cabelo castanho. "Eu não gosto dela lá", Kaiser disse novamente depois de um tempo, "Por que Killian, de todas as pessoas? Por quê?", Kaiser podia ouvir os rosnados sutis que saíam dos lábios de seu irmão.  Ele odiava tudo sobre a Alcateia Crescente do Norte. Era como um gosto amargo na boca. Não importava o quanto tentasse se livrar disso, o nome daquela alcateia amaldiçoada sempre deixava um mau cheiro para trás. "Isto muda tudo, certo?", Kaiser esfregou a palma da mão contra o rosto, olhando para seu irmão. Leonard soltou um: "Não", seco em resposta, "Não muda nada." "Então o que fazemos agora?", outra pergunta veio de Kaiser Black. Leonard voltou seus olhos para encontrar os de seu irmão. Ele sabia que Kaiser não gostaria do que ele tinha a dizer, mas eles já haviam esgotado tantos anos, eles não podiam arruinar tudo agora. Era difícil, Leonard podia admitir, mas sua decisão era a melhor.  "Não podemos nos dar ao luxo de cometer mais erros, irmão." Era evidente no rosto de Kaiser que ele não gostou do que seu irmão estava dizendo, mas mesmo assim, ele ouviu. "Lembre-se, não podemos confiar em ninguém. Então, fazemos o que temos feito nos últimos quatorze anos", Leonard disse. "O que é?", veio a voz de Kaiser. "Nós continuamos esperando. Eu prometo que teremos nossa vingança contra todos que arruinaram nossas vidas. Só então poderemos pegar o que é nosso", Leonard concluiu, seus olhos implorando a seu irmão. Kaiser soltou um suspiro firme de resolução.  "Tudo bem. Mas não posso prometer ficar longe." Leonard queria lutar contra isso. Mas ele conhecia muito bem seu irmão. Nada do que ele pudesse dizer faria com que ele ficasse longe da Alcateia Crescente do Norte. Então, ele se resignou com um suspiro.  "Apenas não arruine nada."
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