Capítulo 1
Sampaio narrando
Eu acendo um baseado e fico parado na sacada do quarto pensando na vida e na viagem que eu faria, até que vejo a porta do quarto ser aberta e o cheiro de perfume de nenê invade ele e eu jogo o baseado longe, mas quando eu olho para trás não tinha nada, era apenas a lembrança do seu cheirinho entrando pelo meu quarto.
Flash black onn
— Papai – ela fala me dando um abraço abertado
— Oi meu amor.
— Eu não quero que você vá viajar papai – Barbara diz com os seus olhos cheios de lagrimas.
— Será rápido meu amor, em menos de cinco dias estou de volta – eu passo a mão pelo seu rosto
— Você me traz presentes? – ela pergunta
— Eu trago sim, um monte – ela abre um sorriso.
Flash black off
Eu vou até o banheiro e lavo meu rosto, toda vez que lembrava da minha filha, eu me sentia m*l, eu daria a minha vida para ter ela aqui. Minha filha era uma criança inocente que pagou pelos meus erros e essa era uma culpa que eu levaria para o resto da minha vida.
— Filho – Minha mãe fala
— Bom dia Dona Kayanne – eu sorrio para ela
— Você já está indo viajar? – ela pergunta
— Mais tarde,mas vou direto da boca, não volto para casa.
— Se cuida – ela se aproxima me abraçando – me avisa quando sair e quando chegar lá.
— Pode deixar, aviso sim – dou um beijo em sua testa. – você também se cuida.
— Pode deixar – ela sorri
Minha mãe era uma mulher extremamente guerreira e eu admirava ela mais do que tudo nessa vida e a respeitava também, ela me ensinou valores que por mais que eu fosse bandido, levo para minha vida.
Eu vou até a boca e encontro meu tio sentado na boca com o caderno giganto junto de Heitor que era o nosso gerente responsável aqui dentro.
— E ai – eu falo
— Já está indo? – Joca meu tio fala
— Daqui a pouco – eu respondo
— Tu tem certeza disso que vai fazer – Heitor fala
— Absoluta, eu quero encontrar aquele filho da p**a que matou minha filha e eu quero acabar com ele.
— Deveria falar com Alana – Joca fala – sei lá, ela é a mãe da Barbara.
— Alana não quer nem olhar na minha cara, e eu a entendo, eu tenho culpa pelo que aconteceu.
Eles se encaram e eu respiro fundo, acendendo o baseado.
— Precisamos conversar sobre o Jp – Heitor fala
— Aquele filho da p**a do João Pedro? – eu pergunto
— Ele está devendo grana – ele fala
— Mata, eu já disse passa a bala nesse moleque – eu respondo
— Ele é importante, a família dele é importante, você sabe disso – Joca fala – não podemos matar ele e criar uma desavença com o tio dele.
— Esse moleque é folgado, já mandei passar a bala nele – eu falo – então não me faça ouvir o nome dele.
— Cabeça dura c*****o – Joca fala
— Já disse, deve grana, é filho da p**a, mata – eu respondo – agora preciso ir, quero achar noticias daquele filho da p**a do Kaique.