A futura primeira dama do morro, [11/07/2023 18:36]
Capítulo 4
Ester narrando
Eu vejo que meu irmão sai de fininho com um dos traficantes, até bem bonito, não consigo ver para onde eles vão, então eu vou até o bar e pego uma bebida, fico observando o morro, não era diferente dos lugares que eu gostava de frequentar.
Por causa da minha família eu acabo tendo poucos amigos verdadeiros, tinha amigos da noites e de festas e por causa do meu irmão também, que a maioria das pessoas tinha medo dele por causa de todas as suas falcatruas, mas eu vivia aprontando e me divertindo, era a única coisa que eu poderia fazer. Eu odiava estudar, tinha pavor disso e sempre fui assim.
— Você é nova por aqui? – Uma mulher morena se aproxima e eu a encaro.
— É , sou estou acompanhando meu irmão. – eu respondo
— Alana – ela fala
— Ester – eu sorrio
— Seu irmão é quem?
— João Pedro – eu respondo
— Ele está aqui? – ela questiona me encarando rapidamente.
— Está , falando com um homem que eu não sei quem é – eu falo apontando
— Joca – ela fala – é tio de Sampaio.
— Quem é Sampaio? – eu pergunto
— Você não conhece ninguém aqui? – ela pergunta
— Absolutamente ninguém – eu respondo sorrindo – estou apenas acompanhando ele.
— Ele é seu irmão então? – ela pergunta
— Dizzem que sim – eu falo e ela me encara.
— Seu irmão não é bem vindo aqui – ela fala
— Como?
— Ele deve grana aqui e sinceramente é melhor você vazar daqui – ela fala – porque provavelmente se Sampaio chegar e pegar ele aqui, ele mata vocês dois.
Alana sai andando e eu observo ela indo, vejo onde está o meu irmão e vou em direção a eles.
— João Pedro – eu chamo ele fazendo ele e mais aquele homem cujo o nome era Joca me observarem.
— Agora não Ester – ele fala
— Vamos embora – eu falo e ele me encara – eu já sei que você deve dinheiro aqui no morro, já disse vamos embora – eu me viro mas o cara me segura pelo braço – me solta – eu olho bem fixo em seus olhos – quem você acha que é para me segurar dessa forma?
— Daqui você não sai – ele fala
— Como é? – eu pergunto para ele – do que você está falando?
— Seu irmão acabou de pagar a divida dele – ele fala
— Com quie grana João Pedro? Com o dinheiro da nossa herança?
— Com você – Joca responde e eu fico meio lerda tentando entender o que está acontecendo.
— Que merda é essa? – eu questiono nervosa e bem brava – que merda é essa que estão falando? Como assim ele pagou a divida dlee comigo? Isso é loucura – eu esbravejo de raiva.
— Sim – João Pedro fala – você só me traz dor de cabeça e precisava pagar essa dívida.
— Eu não sou pagamento de dívida dde ninguém – eu jogo a bebida que eu tinha no copo em João Pedro – fica você como pagamento e sendo mulherzinha desses traficantes de merda. Aqui eu não fico, pode me matar, mas eu não fico. Ninguém manda em mim – eu empurro aquele tal Joca e saio correndo do camarote e do baile, mas quando saio para fora do baile sou surpreendida com dois homens armados.
— Peguem ela – a voz de Joca soa atrás.
Eu tento sair correndo mas um me agarra por trás e coloca um pano na minha boca me fazendo desmaiar.
A futura primeira dama do morro, [11/07/2023 18:36]
Capítulo 5
Joca narrando
Eu observo o vapor levando a garota desmaiada para casa, eu dividia minha casa com Sampaio e ela ficaria lá até receber a herança dela daqui alguns meses, depois ela passava o dinheiro e sumia.
— Então a nossa dívida está zerada – JP FALA
— Por enquanto – eu respondo para ele – se ela não receber a grana, aí deixo Sampaio te cobrar.
— Relaxa – ele fala – Ester tem mais dinheiro para receber do que eu. Tô vazando, boa sorte.
Eu observo aquele moleque indo embora descendo o morro e acendo um baseado, Heitor se aproxima e a gente se encara.7
— Os vapores avisaram que está lá já adormecida a- ele fala – sabe que Sampaio não vai gostar nada disso.
— Eu sei – eu respondo – mas eu me viro com ele depois.
— Beleza – ele fala
— Alana estava falando com ela, não? – eu pergunto
— Estava – ele fala
— Foi depois disso que ela foi lá falar com a gente, Alana deve ter dito sobre o irmão.
— E você acha que essa garota não sabe sobre o irmão?
— Sei lá, João Pedro é filho da p**a de mais – eu falo – duvido que ele deva contar algo para ela.
Eu e ele nos encaramos, mas ficamos em silêncio. Realmente Sampaio meio que enlouqueceria quando fosse ver ela, mas não tinha outra forma de evitar uma guerra nesse momento.
Falando em Sampaio ele me manda uma mensagem dizendo que estava retornando porque não tinha encontrado informação nenhuma sobre Kaue.
Eu vou até a minha casa e fico esperando a garota acordar, que não demora muito a mesma se senta na cama e eu tinha amarrado ela.
— Eu ordeno que me solte agora – ela fala nervosa
— Calma – eu respondo
— Calma? – ela pergunta – eu sou pagamento de uma dívida e você me manda ficar calma? Eu ordeno que me soltem agora!
Ela simplesmente estava com muita raiva, eu sentia isso em seus olhos e no tom de sua voz, se ela pudesse me matava apenas com o olhar nesse momento.
— Você só sai daqui depois de pegar a sua herança quando completar 18 anos, a gente fica com a parcela da dívida do seu irmão e depois você vai embora.
— E até lá? – ela pergunta me encarando
— Você fica aqui – eu respondo – no morro.
— Amarrada? – ela pergunta
— Eu te solto – eu falo andando em sua direção e ela me encara – mas você não pode sair do morro.
— Eu serei sua prisioneira? – ela pergunta me encarando e eu encaro. – estou proibida de sair da porcaria desse morro que eu não quis nem vir, eu não tenho culpa se meu irmão é a p***a de um drogado.
— Seu irmão deve grana para Deus e o mundo – eu falo – o negocio é o seguinte, se ele não trocasse você por divida comigo, ele te trocaria com qualquer outro filho da p**a que ele está devendo e vou te falar a real, você está bem aqui, ninguém vai te machucar e encostar um dedo em você. – eu desamarro ela.
— E se eu quiser?? – ela pergunta
— O que? – eu questiono sem entender
— Que você encoste um dedo em mim – eu olho para estranhando sua pergunta e ela agarra meu pescoço me beijando e me puxando para cima dela.
Eu correspondo seu beijo passando a mão pelo seu corpo, os beijos ficam intensos, mas meu rádio toca e eu empurro ela.
— Estamos com problema no baile – Heitor fala
— Estou indo – ela me encara e eu encaro ela – vai ter vapor vigiando a casa. Não tente fugir.
Eu falo saindo do quarto.