CAPÍTULO 132 MATTEO CONTI NARRANDO: O som abafado do osso quebrando ecoou pelo galpão como música para os meus ouvidos. O homem gritava, implorava com a voz carregada, a voz tremida entre soluços e súplicas. Mas eu não sentia pena. Pena era um luxo que não fazia parte da minha vida. Quem trai a Camorra… morre. E antes de morrer, aprende. Aprende com dor. Peguei a faca de lâmina fina e tracei mais um corte preciso no abdômen dele, nada letal, apenas o suficiente para arrancar mais um grito e ver o terror crescer nos olhos. O sangue escorria lentamente, tingindo o chão frio de concreto. Meus dedos, enluvados, firmes como sempre. Meu pulso, controlado. Frieza aprendida com meu pai. Aperfeiçoada por mim. — Você devia ter pensado antes de se meter com a polícia — sussurrei perto do ouvido

