CAPÍTULO 186
MATTEO CONTI NARRANDO:
Ela dormia como se finalmente tivesse encontrado paz.
O rosto ainda marcado pelos hematomas, os lábios entreabertos, o peito subindo e descendo com suavidade. Camila, mesmo machucada, era linda de um jeito visceral. Um tipo de beleza que parecia vir de dentro, como se a dor dela tivesse esculpido uma mulher forte… e, ao mesmo tempo, frágil.
Passei a mão com leveza pelo cabelo dela, afastando uma mecha que cobria a testa. Ela não se mexeu. O sedativo que o médico prescreveu pra ajudar no sono estava fazendo efeito. E isso me dava o tempo que eu precisava.
Me levantei da beira da cama devagar. Peguei minha camisa sobre a poltrona e vesti. Antes de sair do quarto, deixei um copo de água e o celular dela carregando ao lado da cama. Liguei pra recepção e
