CAPÍTULO 165
MATTEO CONTI NARRANDO:
Saí daquela maldita boate com o sangue fervendo. O cheiro da fumaça, o gosto do whisky na boca, a visão da Camila chorando, a p***a do Jorge esmurrando a porta… tudo isso rodava na minha cabeça como uma tempestade que não queria cessar.
Entrei no carro com raiva. Sentei no banco de trás e bati a porta com força. O motorista olhou pelo retrovisor, mas eu levantei a mão avisando pra não falar nada. O silêncio era melhor. Eu não estava com cabeça nem pra escutar minha própria respiração.
Soquei o banco com força. Uma, duas, três vezes. Até minha mão doer.
— Cazzo! — gritei, deixando a raiva escapar pelo vidro fechado.
Peguei o celular no bolso, procurei o contato do Pablo e disquei. Ele atendeu no segundo toque.
— Signore?
— Pablo… prepara o jato. A
