CAPÍTULO 147 MATTEO CONTI NARRANDO: O casamento foi bonito. Clássico. Quase poético. Um daqueles eventos em que todo detalhe parece cuidadosamente planejado pra arrancar suspiros. A noiva estava deslumbrante, o noivo firme como um general em campo de batalha. E eu, bem… eu observei tudo à distância, como um bom estrangeiro em terra de sorrisos falsos e alianças caras. Cheguei pouco antes do início da cerimônia. Meu terno preto, sob medida, contrastava com o branco da decoração e a luz suave do entardecer. A igreja era bonita, cheia de flores claras, câmeras discretas e convidados ainda mais discretos. E apesar de toda aquela ostentação, havia algo ali… sincero. Vi Arthur olhando pra ela como se o mundo pudesse acabar e ele ainda assim seguraria a mão dela até o fim. Respeitável. Talvez

