CAPÍTULO 146 ARTHUR NARRANDO O mundo podia ter desabado naquele momento… que eu nem ia perceber. Porque quando a Beatriz entrou naquela igreja, tudo parou. O tempo, o som, o ar. Era ela. A mulher da minha vida. E eu nunca vi algo tão bonito quanto ela caminhando na minha direção, com aquele vestido branco como se tivesse sido feito pela própria sorte. O véu leve, o buquê firme nas mãos, o olhar emocionado. Era ela. Inteira. Real. Minha. Engoli em seco. Tentei sorrir, tentei manter a postura… mas a verdade é que eu tava prestes a desabar. Porque o amor que eu sentia por ela… não cabia mais dentro de mim. E aí, como se não bastasse, ela viu a mãe. Aquele era o meu presente escondido. Eu sabia o quanto doía a distância. O quanto ela carregava essa ferida quieta, disfarçada com força.

