CAPÍTULO 154
BEATRIZ NARRANDO
Entrar no jatinho do Arthur foi como atravessar uma nova porta da minha vida. Literalmente.
A noite ainda guardava resquícios da nossa festa, o rímel meio borrado, o vestido branco já sem fôlego, e meu corpo exausto… mas o coração? O coração tava inteiro. Pulsando rápido. Pulsando forte. Pulsando por ele.
Subi as escadinhas com cuidado, segurando na mão dele enquanto o segurança carregava nossas malas logo atrás. O vestido longo arrastando nos degraus, e eu ainda sentindo que tava sonhando. Mas quando olhei ao redor, lá dentro da aeronave… era real.
Tudo impecável. Assentos de couro claro, flores discretas num vasinho de canto, e uma bandeja com taças e espumante nos esperando. Do jeito dele. Do nosso jeito.
— Esse é o tal “tudo organizado”? — perguntei,
