CAPITULO 188
MATTEO CONTI NARRANDO
A madrugada ainda envolvia São Paulo num silêncio pesado, o tipo de silêncio que só aparece antes de algo r**m acontecer. Camila dormia tranquila no meu peito, a respiração leve, como se finalmente tivesse encontrado um refúgio. Ela não fazia ideia da tempestade que crescia dentro de mim. Até que meu celular vibrou.
Peguei o aparelho da mesa de cabeceira com cuidado, tentando não acordá-la. A tela iluminou o quarto com a mensagem de Estevão:
— Meu contato confirmou. O desgraçado do Jorge tá num galpão abandonado perto da Avenida do Estado. Tá com outros dois caras. Tô aqui te esperando.
Levantei devagar, retirando o braço debaixo do corpo de Camila. Ela se mexeu, murmurou algo em voz baixa, mas não acordou. Ajeitei o lençol sobre ela e fiquei parado
