Episódio 01

1371 Words
MARJORIE NARRANDO 2 anos atrás! A minha vida nunca foi das melhores, mas a faculdade e o meu emprego e meio período sempre me ajudou bastante a sustentar a minha casa, desde que eu perdi os meus pais eu vivo assim, tentando fazer tudo para dar certo, a minha sorte é que essa humilde casa é nossa, foi a única lembrança que sobrou dos meus pais, para mim e meu irmão. É eu cuido do meu irmão ele só tem 16 anos, apesar que esses dias ele vem passando um pouco m*l, eu até já falei pra ele ir no hospital para tentar ver o que é isso, mas ele falou que não gosta de hospitais, e claro eu não mando ele sozinho, a minha vizinha ela é muito gentil, ela sempre diz que qualquer coisa posso falar com ela para ela possa nós ajudar de alguma forma, e eu sou muito grata a senhora Maria, ela é uma excelente vizinha e uma boa pessoa, gosto muito dela. Por mais que eu goste de viver no meu cantinho como a minha mãe sempre ensinou, ela também deixou claro que mesmo na dificuldade, sempre mantemos a essência. A nossa dignidade é a coisa mais preciosa que temos, e é isso que minha mãe sempre ensinou para nós dois, embora ela tenha se entregado de vez a depressão, e a todo o tipo de doença que habitava o seu corpo, eu sinto falta dela, eu sinto uma saudade imensa e isso me deixa tão triste, que as vezes eu só queria que ela estivesse aqui junto comigo para me ajudar. Queria também o meu pai com a gente, isso é tão r**m sentir essa solidão imensa. Joshua: Maju. — meu irmão chama a minha atenção. Maju: Oi meu irmão. — digo olhando o mesmo. Joshua: Depois da aula posso assistir um pouco? — ele pergunta me olhando. Maju: Pode meu amor. — digo tocando o rosto dele. — Saiba que eu te amo muito viu? — digo esboçando um sorriso. Joshua: Eu também te amo muito minha irmã, você é como uma mãe para mim. — ele fala sorrindo. — Agora vamos se não vamos nós atrasar. — ele fala e dou risada. Maju: Vamos, tenho que te deixar na escola e depois eu sigo para o meu trabalho. — digo e ele sorrir. — Outra coisa, se você se sentir m*l, me ligue para que eu possa sair mais cedo. — digo séria. Joshua: Tudo bem minha irmã. — ele fala e pega suas coisas, logo depois saímos de casa, assim que saímos acabamos esbarrando com a dona Maria que estava chegando na sua casa. Maria: Bom dia, meus amores. — ela fala gentilmente. Joshua: Bom dia, senhora Maria. — digo gentil. Maju: Bom dia, senhora Maria, como está? — pergunto e ela sorrir. Maria: Estou bem, minha menina, e vocês tá tudo bem mesmo? — ela pergunta e sorrio. Maju: Está sim, senhora Maria. — digo e ela vai entrando. — Bom a gente já vai, preciso deixa-lo no colégio. — digo e ela sorrir. Maria: Tenham um ótimo dia. — diz sorrindo, e então seguimos caminhando pela calçada, rumo a escola do meu irmão. Maju: Meu amor, não está com frio? — pergunto e ele n**a com a cabeça. — Tudo bem, a verdade é que sou um pouco mais frienta, e você sabe que esse tempo de chuvas é bem a minha cara de ficar resfriada. — digo sorrindo e ele rir. Joshua: Você é incrível, mas ainda sim eu estarei aqui para cuidar de você minha irmã. — ele fala e finalmente chegamos em frente ao colégio no qual ele estuda, o mesmo me dar um abraço e retribuo. Maju: Já sabe, qualquer coisa me ligue. — digo e ele vai entrando, eu me preocupo com ele, até porque ele é a única família que eu tenho, e sei que tudo é complicado, mas eu vou ter fé que tudo vai dar certo. Camila: Maju? — ela chama minha atenção enquanto estava ali parada, olhando meu irmão entrando no colégio. Maju: Oi, Camila. — digo olhando a mesma. Camila: Como tem passado? — ela pergunta se aproximando. — Você sumiu. — ela fala olhando pra mim. Maju: Tenho me preocupado mais com os problemas de casa, e preciso apenas focar na minha faculdade, e também cuidar do meu irmão, e isso tem pegado bastante do meu tempo. — digo e ela revira os olhos. Camila: Seu irmão não é mais nenhuma criança, Marjorie, você precisa desapegar um pouco desse seu pedestal de irmã/mãe. — ela me repreende. Maju: Olha Camila, pelo tempo que a gente se conhece e tudo mais, eu peço que por gentileza não questiona o modo que eu vivo, porque é assim que sobrevivo acredite. — digo séria. — Agora preciso ir eu tenho que trabalhar. — digo séria e vou saindo dali. A Camila, é uma amiga antiga, mas o problema dela é que ela não pensa, a única coisa que ela pensa é em si própria e que os demais se ferrem, e para ela isso é comum, já que a vida dela é viver nas festas que o pessoal dar, é viver bebendo e curtindo a vida como ela bem entende. E na cabeça dela eu sou a estranha, sou a pessoa mais certinha que precisa de incentivos de como viver a minha vida, isso é tão patético, as pessoas não cansam de querer se meter na vida alheia isso é tão desnecessário. Fiquei com esses pensamentos enquanto eu caminhava rumo a cafeteria na qual eu trabalho, eu estava bem irritada com tudo aquilo, então quando atravessei a rua e finalmente cheguei na cafeteria, entrei na mesma e já fui para o vestiário colocar o meu avental e guardar minhas coisas no armário. Quando acabei sair dali e seguir para o meu posto, comecei a fazer os café, e depois fui servindo ao pessoal que estava chegando e saindo. Carly: Majuzinha. — ela fala sorrindo. Maju: Oi minha linda. — digo a olhando. Carly: Está calada hoje. — diz olhando nos meus olhos. Maju: Não é nada demais, apenas estou um pouco distante dos meus pensamentos. — digo olhando para ela, e logo chega um moço querendo café, e então fui fazer, quando terminei entreguei e a Carly se aproximou. Carly: Eu te conheço bem Maju, você está irada com alguma coisa. — diz me olhando, então acabo suspirando. — Sabia! — diz me encarando. Maju: Apenas a Camila achando que a vida gira em torno dela, que só ela sabe se divertir na vida. — digo séria. Carly: Não dá atenção pra ela, você sabe que o que ela inveja é a sua capacidade de trabalhar e ser alguém na vida com a sua faculdade. — diz tocando meus ombros. — Estou aqui amiga para você. — diz e me dá um breve abraço, logo nos afastamos e assim foi o nosso dia. Eu estava quase saindo do serviço quando o meu celular tocou e ao tocar, peguei o mesmo e vi no identificador que era o meu irmão, mas quando atende não era ele, era a diretora do colégio me avisando que estava indo para o hospital, que o meu irmão começou a passar m*l, e isso me fez desesperar, então falei com o meu gerente o mais rápido que eu pude, e logo mais eu sair do serviço em agonia rumo ao hospital, eu estou nervosa, eu não sei o que ele tem, e eu sempre pedi para que ele fosse junto com a dona Maria no hospital ver o que ele tinha mais ele é tão teimoso quanto o nosso pai, e por isso agora ele tá indo querendo ou não. Apenas peguei um táxi e dei o endereço para que ele me levasse até o hospital que a dona Ellie me enviou, o que me fez começar a orar e pedir a Deus para que a saúde do meu irmão esteja bem, e que ele fique bem logo. Quando finalmente cheguei no hospital, desci do táxi, paguei o mesmo e sair correndo para a recepção, e ao chegar lá a senhora Ellie estava a minha espera.
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