Nunca fui bom em lidar com o silêncio.
Depois daquela conversa com Isadora, depois de ter pronunciado aquele “adeus” que soou como uma sentença para mim mesmo, percebi que o silêncio se tornou meu pior inimigo. O silêncio dos corredores da minha nova mansão, o silêncio que ficava quando as reuniões terminavam, o silêncio do quarto enorme com lençóis impecavelmente arrumados e intocados ao meu lado.
Ele me esmagava.
Então, como sempre fiz na vida quando não sabia o que sentir, busquei a saída mais prática: me distrair.
E quando se tem dinheiro, poder e influência, não faltam formas de se distrair.
As primeiras tentativas
Na semana seguinte, aceitei todos os convites possíveis que antes eu rejeitava. Festas beneficentes, inaugurações de galerias, coquetéis de empresários, até lançament
