A reaproximação com Isadora ainda era um fio de luz na escuridão em que eu tinha vivido nos últimos tempos. Nós estávamos nos reencontrando com cuidado, como quem segura porcelana fina nas mãos: qualquer movimento brusco poderia quebrar tudo de novo. E, apesar do peso que ainda me rondava, havia esperança. Havia amor. Mas Melissa não parecia disposta a permitir que eu respirasse em paz. Foi numa noite de sexta-feira que tudo começou a se intensificar. Meu pai me chamou para jantar na casa dele, como gesto de desculpas pela nossa discussão. A mesa estava posta como sempre — impecável, talheres brilhando, taças reluzindo sob a luz amarelada do lustre. Ele parecia particularmente animado, e Melissa, ao seu lado, exibia aquele sorriso treinado que, à primeira vista, enganava qualquer um. Eu

