A mansão estava estranhamente silenciosa depois da conversa que eu ouvira entre meu pai e Isadora. Cada cômodo parecia guardar a lembrança daquelas palavras, cada sombra parecia sussurrar o peso de arrependimentos e desejos ocultos. Eu caminhei pelos corredores com passos leves, tentando controlar a respiração, a mente fervendo com a raiva e a frustração que ainda queimavam por dentro. Mas havia algo mais agora, algo que eu não podia ignorar: Isadora estava vulnerável, mas viva, pulsante, humana de uma forma que ninguém mais conseguia perceber, nem mesmo meu pai. Entrei na biblioteca novamente, onde costumávamos ter nossas conversas mais sérias, aquelas em que cada palavra carregava uma carga quase elétrica. Ela estava lá, de pé perto da janela, observando a luz do entardecer filtrando-se

