Era curioso como a vida tinha o hábito irritante de colocar a gente em situações que, por mais que a gente quisesse evitar, pareciam inevitáveis. Eu já tinha experimentado de tudo desde que pus os pés no Brasil: reencontrei meu pai depois de anos, me apaixonei por uma mulher que já tinha sido dele, descobri jogos sujos dentro da empresa e, de quebra, passei a conviver com a ameaça constante de Lara. Mas nada disso me preparava para o que Isadora estava prestes a me propor. — Enzo… eu estava pensando… — ela disse, olhando para mim com um misto de hesitação e coragem. Estávamos na cafeteria da empresa, uma daquelas tardes cinzentas em que a chuva ameaçava cair a qualquer momento. — Pensando no quê? — perguntei, levando a xícara de café à boca. Ela respirou fundo. — Em marcar um jantar. Eu

