O relógio na parede parecia zombar de todos nós, cada tique-taque lembrando que o momento decisivo se aproximava. A sala de reuniões estava silenciosa, exceto pelo som ocasional de papéis sendo organizados pelos advogados, e pelo murmúrio baixo de alguns executivos, tensos, apreensivos. Lorenzo permanecia de pé, os ombros rígidos, encarando cada rosto, como se pudesse impor sua autoridade apenas com o olhar. Mas, desta vez, algo estava diferente. Ele sabia, assim como todos na sala, que não era mais o único dono da verdade.
— Vamos iniciar a votação — anunciou o advogado responsável pelo processo de sucessão, ajustando os óculos com precisão e limpando a garganta. — Cada ação representará um voto. O resultado determinará quem assumirá a presidência.
Meu coração acelerou, mas mantive a po
