ENCONTRAMOS HELENA!

2031 Words
Cena 01: Loja de Laura – Diurna – Interna.   (Laura e Maria estão ajeitando as roupas de Maria para o bazar em um canto quando Agatha e Mel adentram o recinto).                                                               LAURA: Bonecas! Vocês vieram mesmo! (todas se cumprimentam com batidas de cotovelos).                                                                 MEL: Preparadas para a busca?                                                                 MARIA: Nasci pronta! (sorri alegre). (Todos celulares começam a tocar e as amigas se entreolham, em sequência buscam pelos respectivos aparelhos os atendendo prontamente).                                                                  VOZ: Meninas assim que encontrarem Léo vocês terão uma nova missão, por isso espero que o encontre o quanto antes!                                                                  AGATHA: Acho desnecessário ligar para todas ao mesmo tempo quando estamos todas juntas.                                                                      VOZ: (Sorrindo) É que é mais impactante quando todas atendem ao mesmo tempo. Beijinhos e boa sorte.  Cena 02: Externa – Praça – Tarde   (Helena está deitada no banco da praça como se fosse um sem-teto, um homem embriagado se senta no chão próximo ao rosto de Helena, este homem fica olhando para o rosto de Helena que se encontra com os olhos fechados com muita atenção, após alguns segundos Helena abre os olhos, ela mira para o olho do bebum a sua frente e dá um grito muito alto, o bebum em um impulso coloca a mão na boca de Helena calando-a).                                                                HOMEM: Não grita mulher! Não lhe farei m*l! (Helena mira os olhos do bebum e sente verdade em suas palavras) Eu quero tomar uns goles, mas estou sem um real, me dá um trocado pra eu comprar uma cachacinha? (Helena se levanta do banco se pondo sentada nele) Eu quero beber só mais um gole! (Helena se levanta do banco e fica de pé, ela de cima mira o bebum sentado ao lado do banco a mirando de baixo)                                                                  HELENA: Se eu tivesse com dinheiro já teria comprado algo pra comer, estou pior que o senhor. Boa sorte. (Helena deixa o homem ali sentado a fitando se distanciar). Cena 03: Externa – Rua – Tarde.   (As quatro amigas andam pelas ruas, todas devidamente mascaradas, elas caminham olhando ao redor).                                                                      LAURA: Eu prefiro fazer a busca a pé porque ele também está a pé, ele não está de carro.                                                                      AGATHA: Então, se ele pegar um carro será difícil achá-lo, até mesmo porque o que ele faz de melhor é dirigir.                                                                         MARIA: Você tem razão! Se ele ter a ideia de pegar um carro, aí lascou!                                                                           MEL: (Apontando uma direção): Ali naquela rua se andarmos até o final é o hospital, como ele saiu a pé, creio que possa estar por aqui na região..., mas talvez esteja escondido em algum local ou algum canto, a policia está atrás dele, a televisão estampou a cara de Dona Helena, ou seja, teremos que ter muita sorte para achá-lo primeiro.   Cena 04: Externa – rua – fachada de um boteco.   (Dona Helena para na frente de um boteco onde tem uns bêbados na calçada bebendo, eles ficam a olhando dos pés a cabeça, porém ela mira pra dentro do bar onde na TV se mostra o rosto dela todo maquiado, com traje de luxo, totalmente diferente de como ela se encontra no momento, um dos bêbados nota que ela está atenta à TV e percebe semelhança entre ela e a mulher que mostra na foto estampada na tela).                                                                          BÊBADO: A senhora está muito bonita na foto da TV. (Helena olha para o bêbado e este sorri pra ela, ela então de forma rápida sai depressa sentido rua afora). Cena 05: Externa – Rua – Tarde.   (As quatro amigas passam em frente ao boteco).                                                                       MEL: (Olhando ali a quantidade de bêbados): Vamos perguntar se eles a viram?                                                                      AGATHA: (Os homens percebem-nas ali na frente, na calçada do boteco): Estão todos nos olhando!                                                                       LAURA: Boa tarde rapazes alegres! Boa né tomar umas de vez em quando? (os homens olham para Laura atentos) Por acaso vocês viram passar por aqui uma mulher de camisola? (Os homens se entreolham como se estivessem confuso, já o bêbado que percebeu Helena anteriormente levanta o braço como se estivesse no colégio e logo responde):                                                                        BÊBADO: Ela seguiu para aquela direção quando se viu na TV toda arrumada e bonita. (As amigas se entreolham e logo sai disparadas sentido o lado que o Bêbado apontou).                                                          TODAS RESPONDEM UNÍSSONAS: Obrigada! (Se auto percebem sincrônicas e sorriem seguindo).   Cena 06: Rua – Externa – Tarde.   (As amigas seguem depressa como se estivessem correndo, Maria olha para o outro lado da rua, na outra calçada mais a frente e percebe Helena quebrando uma rua).                                                                                MARIA: Olhem gente ali, ela virou pra aquele lado, vamos mais depressa!                                                                                 MEL: Correr com essa máscara não é nada agradável!                                                                               AGATHA: Concordo plenamente, mas bora! Depressa meninas! (ela dispara na frente a correr). Cena 07: Rua – Externa – Tarde.   (Dona Helena para em frente a uma Doceria e mira um bolo de chocolate, a cena se assemelha com a de Maria quando está perdida na realidade paralela, as quatro amigas avistam Helena parada mirando pra dentro da Doceria). Cena 08: Rua - Externa - Tarde – Pelo ângulo onde estão as quatro amigas.   (Maria nota a cena e tem um Déjà-Vu).                                                                      MARIA: Caracas, eu já vivi isso! (As amigas a olham). Sério gente! (elas se aproximam mais de Helena).                                                             TODAS JUNTAS UNÍSSONAS: (As amigas param nas costas de dona Helena): Boa tarde Léo! (Helena reconhece as vozes e logo se vira, ao olhar para cada uma das amigas ali em sua frente seus olhos se enchem de lágrimas).                                                                                  LÉO: Vocês vieram me salvar! (lágrimas rolam). (Num grande impulso todas correm e abraçam Léo no corpo de Helena).                                                                                MARIA: Vamos a um lugar seguro porque a polícia está atrás de você.  Cena 09: Dentro do carro de Marquinhos – Em movimento – Tarde.   (Marquinhos dirige e dentro estão dois homens que trabalham com ele na firma do pai de Amanda Nunes, um deles fuma um cigarro todo a vontade).                                                                           HOMEM UM: Então a filha do patrão fica te fazendo de motorista também, você sai do serviço e volta pra trabalhar pra mesma família (riso debochado).                                                                        MARQUINHOS: Não sou só o motorista!                                                                       HOMEM DOIS: Você dá aquele trato na Patricinha fala aí! (o homem um sorri com o comentário).                                                                        MARQUINHOS: Ela que arranjou este trampo pra mim!                                                                         HOMEM UM: Então você já conhecia a filha do patrão antes de entrar na firma? (espantado).                                                                         MARQUINHOS: Sim e muito bem por sinal! (olha de canto de olho para o homem notando-o pensativo).                                                                           HOMEM DOIS: Toma cuidado com ela! Tipos assim são perigosas! (Marquinhos olha o homem dois pelo retrovisor).                                                                          MARQUINHOS: O que você quer dizer com isso?                                                                        HOMEM DOIS: Quando eu era jovem assim como você, me envolvi com a filha do dono da antiga firma que trabalhei, por sinal perdi o emprego por causa dela, enfim, eu era como você, a levava pra cima e pra baixo, fazia tudo que ela queria, um dia soube que ela estava saindo com um médico filho do amigo do pai dela, eu soube pela boca do próprio pai dela lá na firma, ele disse que ela iria se casar com este tal médico todo orgulhoso pelo casamento, meu coração se dilacerou naquele instante, fiquei em frangalhos total, ela já estava meses com este tal médico e eu nem sonhava, ela era toda doce comigo, toda amiga, toda carinhosa, na mesma noite, ela apareceu lá no meu cafofo toda amorosa com um vinho em mãos, pois transávamos muito gostoso após beber um vinho, eu falei: Não quero mais ficar com você já que irá se casar!                                                                           HOMEM UM: Já conheço esta história!                                                                           MARQUINHOS: (Mirando o homem dois pelo retrovisor): E ela falou o que?                                                                             HOMEM DOIS: Ficou espantada olhando para mim, estática, depois de alguns segundos me olhou e disse que iria me contar, mas que não estava com coragem pois me amava. Eu falei que não importava mais o amor dela, porque de qualquer forma ela iria se casar com outro. Ela começou a chorar e dizer que não saberia viver sem mim, eu então fiquei ainda mais nervoso e pedi pra ela ir embora e nunca mais me procurar, ela surtou, jogou o vinho no chão e começou agir de maneira histérica me ameaçando.                                                                              MARQUINHOS: Te ameaçou como?                                                                                HOMEM UM: (Responde no lugar): Disse que iria dizer que ele a estuprou e ainda por cima teria como provar por conter esperma dele dentro dela.                                                                               HOMEM DOIS: Sim a gente transava sem c*******a, ela era, minha princesa. (Marquinhos fica em total espanto). Cena 10: Loja de Roupas de Laura – Interna – Tarde.   (No tapete macio da loja estão todas sentadas, Helena se encontra ao centro do círculo de amigas).                                                                           HELENA: E como vocês irão me ajudar, essa voz que vocês a mencionam disseram que vocês podem me ajudar, mas como? (todas a miram com atenção)                                                                            AGATHA: Também não fazemos ideia! Ela disse que juntas somos a chave.                                                                              MARIA: E se fizéssemos um Reiki com aquela meditação guiada que a Agatha uma vez colocou pra nós?                                                                               MEL: Pode ser que conseguimos levar Léo conosco! Boa ideia Maria! Se conseguirmos o levar, pode ser que ele fique já por lá! Cena 11: Casa Amanda Nunes - Quarto Amanda - Interna - Tarde. (Amanda está deitada em sua cama e se concentra em tentar ler um livro, ela olha para a mesinha em sua frente e nota a foto de sua mãe Helena, ela suspira e coloca o livro ao lado, se levanta e caminha até a mesinha pegando o porta- retratos).                                                                     AMANDA NUNES: Onde será que você está dona Helena? (Ela passa o dedo na face de sua mãe, após este gesto larga o porta-retratos na mesinha e sai do quarto). Cena 12: Interna Loja de Laura – Tarde.   (Todas as amigas se encontram em posição de lótus, Helena também faz a mesma posição no centro da roda formada pelas quatro amigas, as amigas estão cada uma delas com a mão direita elevada como se transmitisse o Reik em Helena, estão todas de olhos fechados seguindo o comando da meditação guiada que rola através do celular de Agatha). Cena 13: Dentro do sonho das amigas – Lúdico.   (As amigas estão no corredor de portas, elas estão caminhando lado a lado, porém Helena não se encontra com elas, as quatro caminham devagar sentido uma imensa luz, mas então Agatha para de andar ao notar a mesma porta do sonho de quando ela encontrou sua mãe criança, as outras amigas percebem que Agatha parou e está mirando a porta, todas se entreolham):                                                                  AGATHA POR TELEPATIA: Essa porta é a mesma porta que me leva ao quarto de minha mãe, preciso vê-la.                                                                   LAURA POR TELEPATIA: Precisamos encontrar Helena, ela se perdeu, depois voltamos aqui. (Agatha se vira com a cabeça para onde as amigas as aguardam, porém num impulso volta a olhar para a porta e a abre, um clarão toma conta e Agatha desaparece, as amigas notando a cena se entreolham e correm até a porta, o mesmo clarão as pegam também e assim são jogadas como Agatha pra dentro do quarto, quando as três amigas caem no quarto da mãe de Agatha, notam Agatha sentada na cama de sua mãe).                                                                      MEL POR TELEPATIA: Sua mãe não está aqui, melhor voltarmos a tentar encontrar Helena! (A porta do quarto se abre e a mãe de Agatha adentra o recinto com uma cartinha na mão, ela agora aparenta ter seus 15 anos de idade e está com o rosto de apaixonada, todas a notam e ela não as percebem ali dentro). (A mãe de Agatha abre o envelope e retira um papel de dentro dele e começa a ler em voz alta):                                                                     MÃE DE AGATHA: “Princesa, hoje eu não consegui parar de pensar em você, precisamos dar um jeito de nos ver sem que seu pai perceba, que tal nos encontrarmos atrás da igreja enquanto todos estão em culto? Por favor diga que sim! Amo você!  Seu Fernando!” (Seu sorriso vai de orelha a orelha e ela simula uma dança como se fosse uma valsa com a carta em mãos, Agatha se levanta da cama se pondo de pé e admira sua mãe dançar de forma apaixonada, no outro canto do quarto as três amigas admiram a cena de forma contemplativa).   
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