SOMOS UM!

1887 Words
Cena 01: Noite – Carro Marquinhos em movimento – Externa. (O som reverbera alto em um eletrônico enquanto Marquinhos dirige absolto em seus pensamentos, ele nota a cidade ponto a ponto conforme passa com seu carro, ele tira um cigarro ali mesmo acendendo-o na sequência, ele reduz a velocidade e em seguida estaciona, retira o celular do bolso e disca). MARQUINHOS: Cheguei, tá por onde? Cena 02: Noite – Quarto Amanda Nunes – Interna. (Amanda está adormecida com o quadro de sua mãe ao seu lado, Jorge Nunes abre a porta do quarto da filha se deparando com a cena terna, ele se aproxima olhando com ternura, pega devagar o quadro e olha para a fotografia com emoção, ele caminha sentido mesinha de canto e coloca o retrato ali posicionado, volta a olhar Amanda no mesmo momento que sai do quarto fechando a porta). Cena 03: Carro Marquinhos – Noite. (Marquinhos olha para as fotos que Maria tinha postado em sua rede social, um rapaz se aproxima do carro e bate no vidro ao lado da porta do motorista, Marquinhos logo olha para o lado onde o rapaz bateu e abre o vidro). RAPAZ: Não posso me demorar, nem vou entrar, pega logo aqui. (Ele dá um dinheiro na mão de Marquinhos, Marquinhos conta a quantia, coloca no bolso e retira do porta luvas um saco com muitas balas coloridas). MARQUINHOS: Cuidado com isso viu, sem exagerar! RAPAZ: Relaxa, não irei tomar sozinho, tô com um pessoal lá em casa, por isso tenho que voltar logo, fica em paz. (Dá um toque com as mãos e logo sai, este rapaz entra no carro estacionado atrás do de Marquinhos e liga-o em sequência, no banco passageiro dele está uma ruiva muito bonita, Marquinhos nota pelo retrovisor e quando o carro ultrapassa seu carro seguindo adiante a ruiva olha para ele, Marquinhos liga o carro e também sai com a música alta a ressoar e um leve sorriso nos lábios). Cena 04: Noturna – Loja Laura – Interna. (As amigas e Helena se encontram na mesma posição em total transe, o telefone da loja de Laura começa a tocar). Cena 05: Lúdico – Quarto espelhado. (As quatro amigas estão de frente para todos espelhos, Helena está posicionada de uma maneira que se consegue a notar em todos os espelhos refletida). AGATHA: Tenho uma ideia, mas não sei se irá funcionar... MARIA: Estão escutando isso? (todas se entreolham): Sério gente, não estão escutando? MEL: Acho que notei um sino algo assim... LAURA: Gente, depois vemos isso, vamos deixar Agatha contar sobre o plano, temos que sair daqui. AGATHA: Que tal quebrarmos esses espelhos? (todas se entreolham em espanto e curiosidade). MEL: Talvez conseguimos sair daqui, talvez um desses espelhos seja um portal, eu topo quebrar contigo! MARIA: Mas dizem que quebrar espelhos dá azar!... LAURA: Azar é ficarmos aqui presas! Bora quebrar espelhos! (Todas as amigas começam se preparar para quebrar os espelhos, Agatha em um impulso dá uma grande pesada no espelho direito, o espelho se espatifa e desaparece sem deixar cacos, como se virasse fumaça, todas se entreolham sem entender). MARIA: Aqui é como um sonho gente, então tudo é possível! (ela corre e dá uma grande pesada no espelho esquerdo, ele se quebra e desaparece sem deixar rastros, Helena fica inerte a observar toda cena, Mel em um impulso gira e dá uma pesada giratória no espelho direito, ele também se quebra desaparecendo, Laura corre e dá uma pesada no espelho ao lado esquerdo, então um redemoinho começa a surgir, os cacos viram pontos brilhantes, Helena olha maravilhada assim como todas as amigas, o redemoinho começa pegar força, as amigas correm para mais perto de Helena, o redemoinho sobe tanto que quebra o teto, as amigas e Helena são sugadas e assim sobem, elas gritam, um imenso clarão toma conta do local). Cena: 06 – Lúdico – Campo Verde – Diurna – Externa. (As amigas caem rolando no gramado como se tivessem atravessado um portal, Helena aparece logo depois de alguns segundos caindo no gramado também). LAURA: Que lugar estamos agora hein? (Todas miram ao redor, percebendo uma imensa fazenda). MARIA: Nossa, aqui se parece com a fazenda do meu bisavô, estive aqui criancinha, antes mesmo de mamãe falecer. HELENA: Estive aqui uma vez também! Quando seus pais se casaram, afinal a grande e bela festa foi bem aqui. MARIA: Dona Helena é a senhora mesmo? HELENA: Eu não sei como, mas Léo desapareceu. Não o sinto aqui em meu corpo. AGATHA: Por que será viemos parar aqui na fazenda de seu bisa hein Maria? MEL: A gente visitou sua mãe naquele quarto, e agora, estamos aqui... Acho que exista algo que temos que ver nesta fazenda relacionada a Maria. LAURA: Falando em ver, olha ali (Aponta para o lado oeste onde se mostra um arco íris lindíssimo). Vamos lá bonecas! (Maria faz um sinal para Helena dar as mãos para ela, de repente surge um cavalo branco lindo com um belo jovem montado nele, Maria fica encantada ao olhar para ele, por coincidência o rapaz mira em direção as amigas percebendo o olhar de Maria, ele caminha com o cavalo mais devagar sentido as mulheres ali olhando para ele). RAPAZ: O que buscam? (diz ao se aproximar delas). AGATHA: Desculpe, mas estamos um pouco perdidas... Onde estamos? (O rapaz a mira sem entender e em seguida olha dentro dos olhos de Maria, Maria sente algo percorrer em sua energia e sua pupila dilata, as amigas de alguma forma capta todo este sentimento que Maria emergiu e acabam dilatando as pupilas também. Helena nota o ocorrido e se integra a mesma energia, sua pupila por fim se dilata). Cena: 07 – Loja Laura – Noturna – Interna. (Em transe total as amigas juntamente com Helena se encontram, o semblante de cada uma transmite seriedade e calmaria, com respiração em uma fase relaxada, na fase delta, como se estivessem em um sono profundo). Cena: 08 – Lúdico – Diurna – Externa – Campo. (Helena se encanta com o cavalo branco e chega mais perto para poder acariciá-lo, o cavalo por sua vez reconhece afeto e se mostra carinhoso, o rapaz ao notar resolve descer do cavalo ficando em uma altura mais confortável para conversarem). RAPAZ: (Notando os olhos de cada mulher ali): Nossa vocês estão com as meninas dos olhos gigantes, todas, como se tivesse tomado algo, usado algo..., sei lá! MARIA: Como você se chama? (O encara nos olhos se aproximando cada vez mais). RAPAZ: (Como se entrasse em transe também): Você é tão bonita! (encantado em ambos sentidos). LAURA: (Em telepatia): Estou sentindo algo que tenho certeza que provém de Maria. MARIA: (Em telepatia): Não sei porque, mas sinto algo especial por ele. Será que isso é amor? MEL: (Em telepatia): Só sei que quero sentir isso pra sempre! (pupilas mega gigantes). RAPAZ: (Em transe com pupilas dilatas): Me acompanhem até a ponta do arco íris. Que bom que chegaram bem. (mira Maria nos olhos). MARIA: (Em telepatia olhando o rapaz no fundo dos olhos): Pode me ouvir? (As amigas a olham em espanto, o rapaz sorri). RAPAZ: (Em telepatia): Estava com saudades. (Maria tem os olhos marejados). (Todas as amigas param e contemplam o casal que se olham profundamente um nos olhos do outro, elas sentem um arrepio percorrer pelos seus corpos, como se estivessem eletrizadas, Maria e o Rapaz se olham como se o mundo naquele instante estacionasse). MARIA: Agora entendi tudo! RAPAZ: Sim, somos um, você sou eu e eu sou você. (As amigas assistem a cena em completa emoção, como se sentissem exatamente tudo que Maria sente naquele instante). E você também é elas! Elas são você, são eu. (olha profundamente nos olhos de Maria). Dessa vez não tive escolha, precisei vir antes e preparar o terreno pra você meu amor. MEL: (Invadindo a conversa do casal): Que tipo de terreno você fala? E..., essa coisa de um ser o outro e vice versa é alguma metáfora? (Todas quebram o encanto olhando para Mel que está com o semblante mega curioso e atenta a resposta). RAPAZ: Assim..., somos da mesma família de Alma, somos da mesma Mônada, mas no caso entre eu e Maria, somos a mesma energia que nos dividimos em duas partes, somos chama-gêmeas, e também somos vocês... Entenderam? (Todas encaram o rapaz com seriedade e muitas interrogações). HELENA: E no caso eu? Por que tenho essa ligação com vocês? (O Rapaz se aproxima de Helena e pega na mão direita da mulher, olha dentro dos olhos dela). RAPAZ: Helena, você também pertence a nossa Mônada, por isso sente o que elas sentem, Somos Um! Você e o Léo são os mesmos, você é Léo e Léo é você, no entanto antes você apenas confundiu as existências, Léo na outra realidade é você também, mas lá você escolheu o avatar masculino e na realidade atual um avatar feminino. Mas agora as coisas se acertaram, você não terá mais este bug. Enfim, de qualquer forma estou aqui para auxiliar voltarem para seus avatares que meditam na loja da querida Laura, eu estive nesta realidade como bisavô de Maria, por isso o terreno que digo que preparei antes, foi tudo que ela hoje usufrui, Temos um acordo que jamais deixaremos nos acometer de pobreza enquanto estiver na vida terrena, nossa missão com relação a pobreza já finalizamos a séculos, não iremos regredir, nem que seja para nascermos em tempos diferentes mas na mesma família biológica para garantir nossa existência mais afortunada. MEL: Acho que agora quem tá na missão “vencer a pobreza sou eu” (cara de desânimo). RAPAZ: Você está quase lá também Mel, fique tranquila que acabará antes mesmo de você notar. MEL: Minha ansiedade que me mata..., (todos sorriem e assim o Rapaz segue rumo arco-íris com Helena de mãos dadas para ele, Maria e todas as outras amigas seguem atrás). LAURA: Agatha você está bem boneca, estou te achando muito calada? AGATHA: Estou fazendo aqui os cálculos na minha cabeça..., creio que dona Helena seja uma de nossas missões cumpridas. (O Rapaz responde por Laura). RAPAZ: Sim, Helena já está ciente e voltará ainda mais para aquele plano, pra poder então se despedir da família e depois seguir a planilha. MARIA: Como assim seguir a planilha? (O Rapaz para de andar e mira Maria em seguida). RAPAZ: Meu amor, você sabe, mas tem medo de acreditar. (Ele respira fundo e caminha pra perto de Maria largando a mão de Helena e ela fica ali parada a aguardar). (Laura, Mel e Agatha assistem a cena se aproximando de Helena). MARIA: Ela vai deixar o plano terreno? (O Rapaz pega nas mãos de Maria, ele brinca com os dedos com os dedinhos dela, Maria sorri): Fazia tempo que não sentia esses dedos danadinhos! RAPAZ: Estava com muita saudade! (ambos se abraçam em sobressalto como se não quisessem mais se soltar um do outro, os olhos se enchem, choram e se agarram bem apertado, as amigas e dona Helena choram olhando a cena, num impulso correm e abraçam o casal, quando elas tocam o casal um imenso clarão toma conta e o Rapaz então fica sozinho abraçando a si mesmo no local). Cena 09: Loja Laura – Noturna – Interna. (Todas acordam do transe recuperando o fôlego inclusive dona Helena).
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