154

1337 Words

SOL NARRANDO Depois da nossa conversa, minha cabeça tava latejando, mas botei o corpo pra funcionar. Vesti minha mãe como quem veste santo: blusinha leve, calça nova que eu comprei pra ela, brincão de argola, batonzinho cor de goiaba. Soltei os cabelos dela, arrumei os cachos bem caprichados e joguei um perfume suave no ar. — Tá linda, dona Rosa. — falei, ajeitando a barra da calça. — Ah, deixa de graça, menina. — ela riu, mas o olho brilhou. Deu nem dez minutos e o Márcio buzinou lá embaixo. EcoSport prata parou de mansinho no portão, com o banco do passageiro já rebatido pra ela entrar confortável. — Opa, dona Rosa! — ele desceu do carro todo alinhado, camisa polo cheirosa, barba feita. — Bora ver porta, janela e o rejunte da sala? — Bora, Márcio. — ela respondeu toda serelepe, me

Free reading for new users
Scan code to download app
Facebookexpand_more
  • author-avatar
    Writer
  • chap_listContents
  • likeADD