INRID NARRANDO Eu tava ali jogada no sofá, perna pra cima, celular na mão e cabeça fervendo. A casa cheirando café com bolo — cortesia da Dona Cida, minha mãe, que acorda sete da manhã e parece que bota despertador até no fogão. Dona Rosa sentada ali também, com a xícara na mão, falando baixo com ela, como sempre faz quando vem aqui em casa. As duas rindo, cochichando, fazendo comentário de novela, de vizinha e de gente que nem devia tá na boca do povo. Enquanto isso, eu tava tentando organizar minha semana no w******p. Agenda de cliente, horário apertado, uma mandando áudio, outra mandando foto de cabelo destruído querendo milagre em duas horas. Um caos que só quem trabalha na correria entende. Passei o dedo pela lista e suspirei alto. — Muita cliente, hein, minha filha — minha mãe co

