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1650 Words

SOL NARRANDO Madrugada já tinha tomado conta, aquele vento gelado batendo do lado de fora e a luz piscando no meu rosto toda colorida. Eu já tinha perdido as contas de quantas vezes dancei, quantas vezes gargalhei com a Ingrid, quantas vezes olhei pra ele só pra cutucar a paciência. Eu gosto de provocar o chato. Gosto de ver o queixo subir, a sobrancelha dele dar aquela tremida mínima, o olhar duro fingindo que não liga enquanto o dedo segura o copo com força. Aham, sei. Ele liga. E eu também. Só que não dou o braço a torcer fácil. — Vai, Sol! — Ingrid gritou no meu ouvido, batendo o copo no meu. — Desce até o chão, p***a! Desci rindo, cabelo colando no pescoço, vestido colado no corpo, a batida me carregando. Fiz questão de virar de frente pro Brasa, mãos no alto, rebolando na maldade,

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