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754 Words
Marcela Hoff
Não parecia tão r**m o vilarejo, superou minhas expectativas até. Ainda mais por ter sinal mesmo que fosse meio r**m.
Demi falou que o WiFi era melhor do que o sinal de telefone, por causa de alguma coisa haver com tores de sinal, não prestei muita atenção, ela fala demais às vezes.
Era realmente melhor do que eu esperava, pensei que ver poeira por todos os lados, por sorte não, já que era tudo asfaltado.
Achei que veria um daqueles bolos de matos secos rolando rua à fora como em filmes de faroeste, mas o que vi foram pessoas andando animadas e bem melhores vestidas do que esperava vê — las.
Quando passamos por uma praça havia uma música brega tocando, pelos menos isso foi do jeito que pensar. Grupinhos de adolescentes, adultos e até crianças estavam ali.
Antes de chegar na casa de Demetria, ela parou pelo menos quatro vezes para cumprimentar alguns conhecidos, que ficavam esperando um sorriso meu já que sorriam para mim.
Assim que chegamos à casa da Demi, ela logo me levou para conhecer o que seria meu quarto por um tempo.
- Uh. - Esbocei ao ver três das quatro paredes em tom laranja e a colcha da cama na mesma cor. E o laranja que predominava ali, simplesmente era a cor que mais odiava.
- Não gostou, não é ?! - Demetria riu.
- Eu sei. Também não gostei. - falou fazendo careta. - Palomo, meu noivo, quem escolheu ... Sabe eu deixei só porque o restante da casa foi escolhida minha. - Ela riu. A restante da casa estava todo em tons neutros, e estava lindo.
- Não, tudo bem. Eu me acostumo. - falei e me sentei na cama.
- Pode fazer o que quiser, depois podemos até mudar a cor, é um favor que você me faria. - Ela riu alto.
"Escandalosa ... Mas gente boa."
- Claro. - Concordei.
- Fique à vontade, agora aqui será sua casa também. - falou.
Logo após Demi falar sem parar e explicar algumas coisas, como seria minha vida nova e tal, fui tomar banho para podermos sair para jantar, e depois ir a uma feira dessas típicas. Palomo queria me conhecer.
Por sorte ele não era tão falante como a namorada, mas mesmo assim falava mais do que queria escutar.
*****
Theodora Gutierrez
- Como vai o namoro com Leo, querida? - meu pai, Perez Gutierrez perguntou. Estávamos sentados na varanda de nossa casa. O calor do Texas estava de matareles dias.
- Vai bem, papá. - Menti. Leo era o garoto que papai me arrumou como namorado. Se é antiquado ?! Com certeza. Mas o que fazer se não fingir que estamos realmente juntos.
- Muito bem. - Papai falou e eu concordei com a cabeça.
- Então, papá, estou me sentindo um pouco indisposta, gostaria de ir descansar, tudo bem? - falei com falsa inocência e sendo até um pouco dramática.
- Ah mais já! Pensei que iria ver o céu e tomar mais chá gelado com seu velho pai. - Papai fez drama.
"Não vai ser hoje senhor Perez que vai me convencer com esse drama de quinta."
- É sério, papá, estou cansada. - falei e suspirei.
- Eu sei, hija. - falou risonho.
- Então eu já vou. - Levantei e beijei a testa dele em seguida. - E o senhor não é velho, apenas dramático. - Ele sorriu mesmo negando com a cabeça. - Boa noite, papá!
- Boa noite, hija!
Assim que passei da sala de nossa casa, e coloque os pés na escada dei início à uma corrida para que eu chegasse mais rápido ao quarto.
Como meu pai só me deixar sair com Leo, eu tinha que dar minhas escapadas às vezes ... Dar uma fugidinha!
Liguei meu notebook depois de vestir uma blusinha vermelha, saia e botas pretas.
Verifiquei minhas mensagens no f******k.
Leo Wagner:
Eu te amo, mas você sabe, Milinha ... Meu coração é de todo mundo!
Vou pegar geral hoje, se importa?
Geral até parece, em mim você não encosta hehe
Aqui é pequeno então leve suas vítimas para um local bem reservado.
Ester Campbell:
Theo, você vem, não é ?!
Está lotada a feirinha, tem carne nova no pedaço
E o seu "namorado" tá jogando as asinhas para cima de umas e outras aqui descaradamente * - *
Foda-se o Leo. Carne nova hehehe. Estou indo, Campbell!
Fechei o navegador e saí rapidamente pela janela.
" Adoro carne fresca. "
- Writer
