Jogos de Verão, parte final

1016 Words
Enfim, estava satisfeita. Consegui colocar todos nos devidos lugares. Eu não minto que fiquei, ou melhor, ainda estou meio receosa quanto a isso. Mas, se eu provei um gostinho da popularidade e não gostei tanto, deveria dar o mesmo aos meus amigos, talvez eles se dessem melhor que eu ou, aprenderiam da mesma forma. O fim das aulas não foi tão interessante. Donnie não deu sequer vestígios de vida a não ser pela ligação que fiz a ele. Jurei escutar barulho de máquinas, homens e se meu ouvido não me enganou bem... Ondas, mar, gaivotas, coisas semelhantes. Eu não encuquei com isso, embora parecesse um pouco estranho. Deveria estar em alguma casa de praia, ou perto de navios. Não me importa tanto. Sinto arrepios quando fico perto dele então... Quanto mais longe, melhor. Pelo menos até conhecê-lo de verdade. Mesmo com o pensamento longe, minhas mãos estavam trabalhando muito bem sobre um p*u! Não o p*u que vocês indecentes estão pensando. Falo sobre o cabo da vassoura. Enquanto Jason fazia o almoço, eu terminava de limpar a bagunça da festa. Por sorte, eu estava quase lá. Só faltava terminar de recolher a poeira do centro da sala. — Vai jogando assim empina, vai jogando assim empina! — Segurava na vassoura, cantava e requebrava. — Jogando o bumbum para cima! — E continuava a rebolar na batida de Harmonia do Samba. Me distraí um pouco, até esqueci que estava limpando. Só pensei em dançar, fechando os olhos e me deixando levar. Isso não durou muito quando a mão dele segurou atrás em minha cintura e me puxou contra seu corpo. Ao sentir os quadris bem encaixados, soltei a vassoura, saltei levemente e dei um pequeno grito. — i****a! — Berrei com a mão no peito, ofegante. — Adoro pegar você assim, distraída. — Jason me disse num tom sério. Aquele modo que me encarava sempre me deixava sem jeito. — Adoro quando está longe! — Rebati. — Não devia estar trabalhando? — Me abaixei para pegar a vassoura. — Ao contrário de você, eu já terminei minhas obrigações. — Se gabou. — Bom saber. — Retrucava, me escorava na vassoura e o encarei com um ar de riso. — Aproveita e troca a lâmpada do porão, já que vamos passar a tarde toda juntos limpando aquele buraco. — Comentei nada animada. — Não vai conseguir fugir de mim por muito tempo. — Cheio de si, Jason começou a andar de costas enquanto vidrava o olhar no meu. — Ajeita ao menos a mesa enquanto isso. — Ele pediu. Acenei positivamente. Só terminei de limpar algumas coisas e parti para a cozinha. Pelo que pude perceber, o cheiro era muito gostoso. Quem diria que Jason sabia cozinhar? Era um molho especial e um Spaghetti na outra panela. Não entendia nada de massa italiana. Peguei um pouco com a colher, provei e fiz uma feição de nada m*l. Se eu chegasse a casar com ele, de fome não morreria. Meu estomago roncou. Fui na direção da dispensa para pegar os pratos e escutei a porta se abrir. Aquelas fechaduras envelhecidas não deixavam ninguém passar por despercebido. Como sempre entravam pessoas na pensão, não deixávamos a porta fechada durante o dia para recebê-las. Eu não estava nem um pouco a fim de recepcionar hóspedes, principalmente com minha tia fora, mas, não tinha outra escolha. — Oi? — Discretamente fui até a sala, a porta estava meio aberta. Não havia ninguém. Olhei para fora e também estava deserto, portanto, tranquei novamente. Escutei som de passos. Estranho... Não fiquei com medo e sim atenta. Rapidamente fui até a cozinha e ouvi um barulho meio oco. Como se fosse uma pancada. Por precaução, peguei a peixeira da cozinha bem afiada que cortava até ossos. Uma frigideira do outro lado da mão caso necessitasse e segui cautelosa. — Alguém aí? — Novamente perguntei e todas as vezes que escutava passos, me virava de vez, porém, não via nada! Foi então que a ficha caiu. — Jason! — Corri na direção do porão, no fim do corredor. Vi a porta aberta. — Jason? — Gritei, mas, ele não me respondeu. Coloquei roboticamente a face dentro da escadaria e vi a luz acesa que ele havia trocado. — Ué, mas o que... Uma mão me empurrou bruscamente e eu caí rolando escada abaixo. — PORQUE NÃO VEIO MANO-A-MANO, FI DE RAPARIGA?! — Berrei enquanto caia, a porta se fechou bruscamente e escutei o trinco de aço lacrar. — Argh, que ótimo! — Subi correndo as escadas e comecei a bater contra a madeira. — Abre essa caralha! Quando eu sair daqui, vou te comer no c****e sua b***a fera do d***o! — Esmurrei, gritei e nada. Eu só queria saber por que tudo nessa casa era a prova de som! Desci lentamente e uma cena me chocou. Jason estava caído, inconsciente e sua cabeça estava sangrando. — JASON! — p**a que pariu, ele já não é certo da cabeça e fazem isso. — Espero que seu chifre tenha amortecido o impacto. — Já que ele estava inconsciente, não iria me ouvir. Fui ao seu encontro e tratei de fazer os primeiros socorros. O porão estava quente, abafado e meu corpo um pouco melado de sangue. EU IA SURTAR! *** A porta mais uma vez se abriu na sala e ele entrou. — Deu um jeito neles? — Donnie perguntou a Black. — Sim senhor. — Respondeu. — Onde estão? — Donnie retirou a arma com o silenciador. — No porão, é a prova de som. — Disse. — A prova de som é? — O leão riu. — Não me admira nada vindo da Diana. — Soltou no ar. — Vou ficar na porta, se precisa, pode chamar. — Black virou as costas e foi. — Não hesite em atirar, caso necessário. — Foi na direção da cozinha. — Mas espero não precisar chegar a esse ponto. — Terminou. — Sem a Diana aqui, não terei tantos problemas para encontrar o que quero e enfim essa acabar com essa maldita caçada! — Resmungou.
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