Rodrigo Narrando Eu entrei no quarto já sabendo que ela ia estar ali, deitada igual uma morta viva, toda cheia de emoçãozinha guardada. A Maju é assim: leva tudo pro coração, faz esse drama todo, se fecha, fica muda… e eu, sinceramente, não tenho paciência pra ficar nesse silêncio gelado dentro da minha própria casa. Não suporto. Me incomoda. Me tira do eixo. E eu odeio perder o eixo. Odeio perder o controle. Principalmente sobre ela. Porque a Maju é minha. Minha mulher. Minha casa. Meu território. E eu não deixo p***a nenhuma sair do meu controle. Por isso que eu sentei do lado dela, mesmo sabendo que ela ia fingir que tava dormindo, respirando fundo igual quem quer escapar. Ela pode tentar, mas nunca escapa de mim. Eu sempre trago de volta. Sempre. Porque no final, ela precisa

