GADERNAL NARRANDO Saí do quarto do Breno com a mente borbulhando. Moleque precisava de linha, precisava acordar pra vida, mas o que tava martelando mesmo na minha cabeça… era o nome dela. Maria Júlia Dias de Oliveira. Eu repetia isso mentalmente igual reza. Nome bonito da p***a. Combina com o rosto, com o corpo, com aquela voz grossa de professora que parece que te bota na linha mesmo quando tá só perguntando se tu esqueceu o caderno. Desci as escadas devagar, a mente lá nela, mas o corpo ainda naquele barraco abafado do Cocão. Quando cheguei na sala, ele ainda tava na poltrona, com a garrafa de cerveja pela metade, o pé apoiado no ventilador quebrado que só girava pro lado errado. — Valeu, Cocão… vou pra casa. — falei, pegando meu boné no encosto do sofá. Ele ergueu a garrafinha e

