CAPÍTULO 61 Narrativa do Autor A madrugada chegou pesada, como se o céu inteiro tivesse prendendo a respiração. O morro do Turano estava em silêncio absoluto. Não era o silêncio da paz, era o silêncio que antecede o caos. Marratimah já tinha recuado as crianças, as mulheres e os inocentes. Agora o morro era só pólvora, fúria e mira calibrada. Às 03h47 da manhã, os primeiros caminhões apareceram. Três veículos de coleta de lixo, sem identificação, desceram pela estrada do lado da obra abandonada da Linha 3 do metrô. Exatamente como Nilo tinha avisado. Mas o chão ali já tava minado. — Alvo confirmado. — sussurrou Joel pelo rádio. Marratimah tava na laje, binóculo em mãos, dedo no gatilho do fuzil. Zulu e Mano Cão já tavam posicionados nas laterais, e dois drones vigiavam do alto. O p

