Padre Era o horário do almoço quando liguei para Lavínia. Estava com saudade dela, precisava ouvir sua voz, mas, assim que ela atendeu, algo no tom de sua voz me alertou, a voz dela estava trêmula. — Meu amor, o que houve? — Perguntei imediatamente. Houve uma pausa do outro lado da linha. Um silêncio que dizia mais do que qualquer resposta. Então, finalmente, ela respondeu: — Nada. Fechei os olhos por um instante, porque conhecia bem aquele "nada". Não era um "nada" verdadeiro. Era um "nada" que escondia tudo. Um "nada" que significava que ela estava magoada, ou pio.r, que algo estava pesando em seu coração e ela n]ao queria dizer o que era — Não faça assim, Lavínia. — Pedi, tentando manter a voz suave, mas firme. — Me diga o que é. Se você não me contar, como posso resolver? Eu fiz

