Alemão Sentei no sofá da sala de Gleice com Douglas ao meu lado. Ele segurava um copo de whisky, mas parecia incapaz de beber. Estava quieto, como se estivesse preso em seus próprios pensamentos. Foi ele quem quebrou o silêncio. — Eles estão mortos mesmo? — — Estão. — Respondi sem hesitar, encarando-o diretamente. — Estão mortos. Ele assentiu, mas não parecia aliviado. Deu um gole pequeno no whisky, como se o gosto fosse amargo demais. — Como foi? — Ele perguntou, a hesitação clara na sua voz. — Quero mesmo saber, Douglas? Não foi... bonito, tem faca, muito sangue e fogo. Mas eles mereceram. Cada segundo. __ Mereceram. Ele abaixou o olhar, segurando o copo com força, como se tentasse encontrar coragem para continuar. — Meu tio me transformou em um abusa.dor, sabia? — Ele disse, a

