Lavínia
Elize se sentou no sofá, dobrando as pernas e apoiando os pés no estofado. Ela parecia cansada, e não era só pelo peso da gravidez. Alemão alisou a barriga dela com carinho, o olhar atento, como se quisesse protegê-la de tudo.
Eu segurava a mão de Jarbas com força, como se aquilo fosse o que me mantinha firme no meio daquela tempestade.
— Eu não quero nada. — Elize disse, a voz firme, mas sem agressividade.
Alemão suspirou, parecendo já saber que essa seria a resposta dela.
— Mas depois de muita insistência, consegui que Alemão organizasse esse dinheiro para ser doado. — Ela continuou. — Os prédios com casas populares podem ser doados para os moradores. Podemos destinar tudo para algo bom. Mas para que isso aconteça, você precisa aceitar.
Ela me olhou,
— Também está especifi
