Grego… Eu precisava me apresentar na delegacia. Apertei Renata contra o meu corpo, sentindo o calor dela e a respiração trêmula contra o meu peito. Eu não queria soltá-la, mas sabia que precisava ir. — Não chora — murmurei, segurando seu rosto com as mãos. — O Capitão fica na casa com você, e a gente se vê amanhã. Ela fungou baixinho. — Grego… — Não chora. Sou um peão chucro, mas se você chorar, vai me fazer fraquejar. Chora não. Amanhã tudo isso acaba, e a gente tá junto de novo. Ela respirou fundo, tentando conter as lágrimas, mas não conseguiu. Chorou. Passei a mão pelo cabelo dela, beijando sua testa com carinho. — Escuta… O Capitão vai levar você para comprar o que quiser. Eu tenho um dinheiro guardado na moeda local e quero que compre. Ela balançou a cabeça, ainda chorando.

