Alemão Entrei no galpão e o cheiro do lugar me atingiu como um soco. Não era agradável, mas combinava perfeitamente com o tipo de gente que estava ali. Peguei uma mangueira enrolada num canto, junto com um litro de sabão industrial, daqueles usados para limpar chão. Meu olhar caiu sobre Jorge Luís e Júnior, ambos sentados no chão, com as costas contra a parede, sujos, abatidos, como a escória que eram. — Tirem as roupas. — gritei, não sentia pena deles. Jorge Luís levantou o olhar, os olhos cheios de medo e vergonha, mas não disse nada. Começou a desabotoar a camisa com mãos trêmulas, como se cada botão fosse um martírio. Júnior hesitou, olhou para mim e depois para Jorge, como se procurasse alguma salvação. Mas ele sabia que não havia. — Vocês estão esperando o quê? Um convite especia

