Eliza Abraçamos Lavínia, e ela desabou em nossos braços, chorando de uma forma que parecia vir do fundo de sua alma. Não eram lágrimas comuns; era como se ela estivesse expulsando anos de dor, medo e silêncio. Ficamos ali, segurando-a, enquanto ela chorava sem parar. Seus soluços enchiam o quarto, mas ninguém disse nada. Ela precisava disso. Precisava colocar tudo para fora. Ofereci um copo de água quando os soluços diminuíram, mas suas mãos tremiam tanto que precisei ajudá-la a segurar. Ela deu um gole pequeno, ainda ofegante. — Estão mortos... mortos. — Lavínia murmurou, a voz quase um sussurro. — Estão, Lavínia. Você está viva, e isso é o que importa. Eles nunca mais vão poder machucar você. Nunca mais. — Gleice respondeu, com uma firmeza suave, enquanto acariciava o cabelo dela, co

