Uma ironia amarga me atinge quando percebo a analogia entre a escuridão em meu coração e a escuridão que agora me envolve fisicamente. Talvez seja um sinal, uma metáfora c***l da minha condição atual. Ou talvez seja apenas mais uma prova de que a vida é cheia de ironias e contradições. Marcos coloca gentilmente a mão sobre a minha perna, num gesto de solidariedade silenciosa que me aquece por dentro. Mesmo que eu não consiga ver, sinto-me grato por sua presença ao meu lado, por seu apoio inabalável em meio à tempestade que assola minha alma. — E quando irei para casa? Marcos respira fundo antes de responder, suas palavras carregadas de cuidado e compaixão. — Pedro, os médicos estão esperando que você fique mais estável antes de te liberar. Ainda precisam monitorar sua recuperação e gar

