Gabriel
Parei minha moto na porta do cemitério e fiquei olhando pra ele, como se estivesse pedindo permissão. Quando entrei, o vento era como uma navalha atravessando o ar, cortante, frio, levantando folhas secas que rodopiavam antes de se espalharem pelo chão gasto de pedra. Caminhei devagar, sentindo cada passo que eu dava, até parar diante da lápide de Sophia. Eu sabia onde ela estava, porque era junto de seu pai, como ela havia pedido em vida e deixado informado nos documentos da polícia.
Senti um aperto no peito, quando vi naquela lápide fria, uma foto dela, com aquele sorriso alegre, linda. Ao lado da foto de mármore, tinha outro mármore com a imagem do distintivo da corporação, como um símbolo de homenagem.
O ódio subiu à minha garganta. Peguei minha arma, segurei pelo cabo e ta
